A primeira coisa de que o Galo Olé se lembra é do araquerar das galinhas calon na carroça que o levava da Feira de Estremoz para o Mercado do Redondo.
Teve uma infância lachi, sempre a brincunchar com os chaborilhos e, menos frequentemente, com alguns lacorilhos.
Só quando estava colcorró é que o nosso Galo Olé, então ainda Frango, se sentia charaburri, porque a sua alma gitana gostava de guilhadar em total techari.
Os gadjós que foi encontrando no drom, não o entendiam , muitas vezes nem lhe davam buti, o que o fazia argurar.
Mas a pacha é mesmo assim...
O Galo Olé não quer ser barbaló, quer só andecrelar com os amale e dedinhar, aqui e ali.
Techari é a palavra que mais preza na Vida.
Com um zueno para La Payita ( com Duende)
Nota do "Galo": Para compreensão do vocabulário Romanon/Calon utilizado neste texto, é favor visitarem o blog da La Payita ( basta clicarem à direita desta página).
A figura do Galo Olé foi criada por António Azevedo 100maosamedir.blogspot.com
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quinta-feira, 4 de junho de 2009
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A La Payita já merecia um post dedicado.
ResponderExcluirVisitei o seu blog e gostei bastante.
Mas a tradução não é fácil...
Boa abordagem, e tudo isto faz parte da integração, ou estarei errado ?
ResponderExcluirOlés com Duende para La Payita, para o Galo e para...os Primos.
ResponderExcluirMinha gente, que lingua estão falando ?
ResponderExcluirO Galo até que encarnou bem a alma gitana.
ResponderExcluirQue guay, Tio!!! :) :) :) :)
ResponderExcluirUm Galo com orgulho gitano, com VENGUE!!!
Uma história bem penada.
Um ayayayyyy que tou a ver tudo rosa!
A radiografia de um barí calon.
... A merecer um quadro flamenco, num qualquer tablao andaluz.
Gostei muito. Bale, bale!!! Gracías!
E um Olé com Duende para o Galo, para o João Viegas e António Azevedo!
Y ahora... Todos a bailar... Arza!!!
Clap, clap, clap...
Costumo passar pelo blog. E mesmo sem compreender a língua, acho-a muito bonita (lida, porque nunca ouvi).
ResponderExcluirQue bela surpresa este Galo preparou a La Payita...
ResponderExcluirE, já agora, a todos nós que não conhecíamos o linguajar gitano!
Sôa mesmo bem, esta cantiga, não sôa?!
Compreender a língua cigana é um desafio. E eu que o diga. Faço parte de um grupo com um nome cigano e cada uma das 'bailaoras' lê e escreve à sua maneira. Olé! Mas batemos o pézinho ao mesmo tempo...pelo menos, na maior parte das vezes!
ResponderExcluirA La Payata, uma apaixonada pelos ciganos, a sua cultura e as suas gentes, faz um grande esforço para quebrar barreiras entre nós e eles. Um dia perguntei-lhe: Porquê, os ciganos? - E a resposta foi clara e saiu natural: Porque são os excluídos, dos excluídos. Os últimos da pirâmide social no bairro social. Calei-me...incomodada com a crueza da resposta.
Parabéns ao Galo e a La Payata...
Bela tentativa de escrever a "geringonça"... mas na vida real, a fala não é bem assim... agora só os mais velhos é que dizem uma ou outra palavra...os mais novos já não a sabem... sobram apenas algumas palavras-chave, aquelas que a sobrevivência obriga a cuidar dos ouvidos indiscretos...
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