Ponta fina e aparada,
Faz do risco uma meada
Ora lisa, ora engelhada.
Sempre a mesma linha, coitada,
Que deve estar, pois, cansada,
Leva a margem e a estrada
Juntas na mesma penada
Passa a ponte bem esgalhada,
Pl’os barcos no porto, à entrada,
Armazéns e carros na parada
Que já foi, em tempos, d’ Armada.
Faz do vento montada
Foge à estação numa rabanada
Que a leva seca, não molhada,
À outra margem, a de Almada.
E sem se dar conta é chegada
Ao mesmo ponto da largada,
Lá começa de novo, bem riscada,
A linha sem fim, e ainda assim, acabada.
Moira de Trabalho
Ideia bem elaborada
ResponderExcluirVista global desenhada
Animação terminada
Que pena estar...desfocada.
A Moira cada vez mais sofisticada.
ResponderExcluirBela ideia, bem concretizada, com rimas de pé quebrado.
ResponderExcluirUm redondo, outro quadrado, um de pé...outro deitado.
Carta alta, fora do baralho
ResponderExcluirDe Trabalho, Moira é chamada.
Bem amada, por todo o galinheiro.
Sem dinheiro, que pague a empreitada.
Não importa se as rimas são assim ou assado, para mim e só para mim, a Moira tem o cognome de caixinha das surpresas.Misteriosa como as moiras que bem conheço além Algarves, nem os olhos nos mostra mas em boa troca dá-nos a subtileza dos seus traços, agora em torno de um Tejo que tanto amo e conheço desde o tempo em que pela mão de meu Pai, ia pela beira rio vendo as fragatas e outras embarcações.O tempo
ResponderExcluirem que havia o espectáculo de golfinhos pulando fora de água junto a Cacilhas , para onde as correntes de vazante arrastavam o peixe que então abundava.In illo tempore !
Obrigado Moira.
O Tejo é um dos meus amores, um dos mais antigos e dos mais constantes.
ResponderExcluirFico contente por a Moira, pessoa que muito aprecio e admiro, o partilhar comigo.
Moira girando feita pião...
ResponderExcluirQue doideira, moça.
Muit'obrigada...
ResponderExcluirMuit'obrigada...
Tenho pena que a definição não seja a melhor; fica muito pequenino e perde impacto, com isso.
Fica o apontamento.
Acrescento, ainda, que:
: fazer desenhos sequenciais é um desafio às regras da perspectiva, uma vez que em cada novo desenho, como eu própria rodo, os pontos de fuga também se alteram
: estes desenhos em particular, foram feitos há 2 anos em frente à Portugália do Cais do Sodré e tenho-os guardados num dos meus diários gráficos
: demoraram cerca de 4 horas a executar e foram feitos em 3 sessões distintas
: a escolha da música deveu-se ao conceito do video clip deste tema da Katie Melua; quem quiser dar-se ao trabalho, procure no YouTube 9 million bicycles e verá porquê...
: por fim, como podem calcular, estes desenhos deram-me um gozo tremendo a fazer, principalmente porque desde o 1º desenho que estava ansiosa pelo último, a ver se a coisa "colava"!
Uma vez mais, obrigada pelos comentários, a todos.