O primeiro-ministro Papandreou diz: "Os piores temores sobre a economia grega confirmam-se."
É notícia fresca. Podíamos distrair-nos dela com o vento que passa (rajadas a 160 km/h na Península Ibérica), mas nem isso.
O Parlamento reuniu-se para ouvir José António Saraiva.
Eu sei o que José António Saraiva diz, antigamente frequentava-o.
Primeiro parágrafo: diz coisas.
Segundo parágrafo: começa com "porém".
Eu frequentava-o porque ele acontecia aos fins-de-semana e sou bíblico: descansava-me lê-lo. Agora ele escreve à sexta e à sexta tenho de ter o cérebro a trabalhar.
Pois parte do Parlamento reuniu-se para ouvir José António Saraiva, ontem, sexta.
Continua uma tradição do Parlamento, marcar o ponto e folgar à sexta.
O Governo, entretanto, estava tetanizado, dependente do que ia dizer Saraiva ao Parlamento.
Que Saraiva foi, foi. Mas dizer, o Saraiva?!
Já o PSD tem também a sua breca: parece que o candidato Rangel foi do CDS.
São extraordinárias as preocupações dos nossos partidos.
Olha, o Portas foi do PSD.
Troquem-lhes os passados pelos presentes e o maior partido de Oposição ganhava um líder.
Se me ouvissem as soluções simples (não ouvir quem nada tem para dizer e não nos ocuparmos com picuinhas) podíamos dedicar-nos às notícias frescas.
Ferreira Fernandes in Um ponto é tudo (Diário de Notícias)
sábado, 27 de fevereiro de 2010
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