sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ah, Campeão !!! Ou Justiça à antiga !


Avé Maria,
Arquivo Nacional da Torre do Tombo -
JUSTIÇA PRAGMÁTICA !
SENTENÇA PROFERIDA EM 1487
NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo,
Armário 5, Maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de:
ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;
de cinco irmãs teve dezoito filhas;
de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,
da própria mãe teve dois filhos.
Total: duzentos e noventa e nove filhos, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino... .... tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

[Agora vem o melhor:]

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo, e mandou arquivar os papéis da condenação."

Enviado por Mário Ortet

3 comentários:

  1. Todas sabemos que os homens gostam de exagerar os seus feitos sexuais...
    Estes números pareecm-me um "bocado" exagerados.
    E já viram a disparidade entre filhas e filhos?
    De qualquer maneira, o texto tem graça.

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  2. Admitindo, sendo optimista, que para engravidar uma mulher seja preciso um mês, em média, de relações sexuais, temos que para 300 filhos(?) seriam necessários 300 meses consecutivos de árdua labuta.
    Ou seja, cerca de 25 anos.
    Grande padreca...

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  3. Rei sábio, a justificar em pleno a bandeira no edificio camarário !
    Padre sábio, a justificar a minha inveja...

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