quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Acerca das "Pinhole"

Depois de um post sobre “Arte Digital”, que tal uma rotação de 180 º
e debruçarmo-nos sobre imagens que estão nos antípodas dessa técnica ?

"… Quem poderia acreditar que um espaço tão pequeno
poderia conter a imagem de todo o universo? “

Leonardo da Vinci

Deixar entrar a luz através de uma pequena abertura
e captar a imagem invertida numa superfície sensível
remete-nos aos primórdios / antepassados da fotografia.
A camera obscura é o velho princípio subjacente
e por detrás das “ pinhole” .



A “Pinhole” é uma caixa muito simples, sem lente
e com uma abertura muito, muito pequena.
A luz que entra por esse pequeno buraco projecta-se
no lado oposto da caixa, onde é colocada a película fotográfica.
Quanto menor for o orifício, mais nítida a imagem
(dentro de certos limites…).
As “câmaras” mais divulgadas - as Pinhole Zero 6x9
- têm um buraco que corresponde,
grosso modo, a um diafragma de f/250.








O “obturador” é operado manualmente
e resume-se a algo que “cubra”
e “descubra” o furo durante
um tempo determinado,
que varia entre
poucos segundos e várias horas.
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Volta Nuno, estás perdoado

O NM3, nosso amigo e seguidor do"Galo", vivia triste e acabrunhado porque Cabo Verde, terra onde se encontra, por razões profissionais, aparecia sempre no sitemeter como unknown.
Como o "Galo" não gosta que os seus amigos sofram, estabelecemos contactos diplomáticos, exercemos pressão junto às Nações Unidas, mandámos avançar um contingente de capacetes azuis, e, finalmente, conseguiu-se a justiça porque o NM3 tanto ansiava.
A partir de agora, sempre que o NM3, lá longe em plena selva africana, enfrentando tigres e leões, correndo risco de vida ao passar pelas areias movediças e pelas cobras pitons, a desbravar o mato com a sua catana, aceder ao nosso blog...nós tomaremos conhecimento imediato, de tal facto ( confesso que me deixei empolgar por este parágrafo.Isto foi muito Salgari à mistura com o King of Apes!!!).
Cabo Verde 1 - Reino Unido 1. Empataram !!!!

Jantar no Bairro Alto

13

A noite ia já adiantada, quando Gabriela Torres e Teodorico Santana
abandonaram o decrépito edifício,
onde se situava o escritório deste último.
A Praça da Alegria começava a receber uma fauna,
onde velhas prostitutas se misturavam com esqueléticas criaturas
agarradas à droga, jovens estudantes subindo a pé em direcção ao
Príncipe Real, e os idosos locais que se espalhavam pelo jardim.
Passaram em frente à esquadra da Polícia e entraram no
velho Datsun, de cor indefinida, com que o detective mantinha
a sua mais demorada relação, de quase dez anos.
“- E vamos continuar a nossa conversa onde ?”
perguntou Teo, fazendo rodar a chave de ignição.
“- Estou a ficar com alguma fome” foi a lacónica resposta.
Teo fez rapidamente as contas às parcas notas
que lhe ocupavam os bolsos.
Parecendo adivinhar os seus pensamentos, Gabriela resolveu-lhe
o dilema. “- Claro está que sou eu que convido,
considere este jantar como o início do seu trabalho”.
Aliviado e incomodado, ao mesmo tempo, Teo arrancou
em direcção ao Bairro Alto,
seguindo as indicações da sua bela cliente.

Depois de estacionar o carro no parque do Camões,
subiram em silêncio até ao Casa Nostra, restaurante italiano
de que Teo nunca ouvira falar, mas cujo nome achou uma
curiosa ironia, dadas as actividades de Cassini.
Gabriela foi recebida com efusão pela dona que fingiu
não reparar na companhia da jovem.
“-Allora bella, onde está o Sérgio?”perguntou-lhe.
“- Em viagem de negócios, sempre em negócios…”
retorquiu-lhe esta.
Pouco depois, já sentados num dos cantos da pequena,
porém acolhedora, sala de refeições, Teo assistiu emudecido
à encomenda feita pela sua acompanhante.
“- Vamos começar com um Carpaccio di Bresaola com Rúcola,
depois continuamos com um Tagliatelle com Salmão
e terminamos com uma Panna Cotta.”
“- E para beber?”
inquiriu o empregado, solícito, debruçado em
demasia, pareceu a Teo, sobre o decote da sua vizinha de mesa.
“- Pode ser um Proseco…”
“- Para mim quero uma Superbock”
interrompeu Teo Santana,
já um pouco irritado pela sobranceria da sua nova cliente.
Gabriela não pode disfarçar um sorriso “- Desculpe, como sou
habituée, estava apenas a ser simpática e a escolher
os melhores pratos da casa. Mas se quiser fazer alguma alteração…”
Teo resmungou algo entre dentes e tentou mudar de assunto.
“- E por onde é que anda o seu marido?”.
“- O Sérgio está no Brasil para onde eu vou viajar depois de amanhã.
E é por isso que temos que combinar todos os pormenores,

porque eu quero contar com a sua presença lá,
enquanto estiver por aquelas paragens”.
O detective engasgou-se com o gricino que trincava, à falta do aipo,
e ficou sem resposta.

Lá fora, no escuro da entrada de um velho prédio,
Miltinho do Pagode observava a silhueta dos dois, bem visível,
através da pequena janela do restaurante.

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A Capa do Dia

Guerra aberta entre Belém e São Bento, um tiro no navio-almirante;
como governar sem maioria, água!; PSD: Direcção convicta
de que líder fica até ao fim, dois tiros no porta-aviões;
MP procura 30 milhões dos submarinos, submarinos ao fundo...

Santana vai à caça


Cartoon de Henrique Monteiro

O último Pôr-do-Sol

Agora que, embora devagar,
o Outono teima em querer aparecer,
façamos o nosso ritual de despedida do Verão,
que tantos momentos bons nos deixou...
Em primeiro lugar, a escolha do sítio.
Pode ser uma varanda, um alpendre, um miradouro público
( embora lugares com muito movimento não sejam aconselháveis),
uma esplanada numa praia, o cimo duma colina.
Deixo isso à vossa imaginação...



















A seguir, a companhia.
Uma boa escolha do parceiro, ou parceiros,
com quem vamos partilhar este momento, é essencial.
O amante ou marido, que até podem ser um só,
a mulher ou amiga, que podem coincidir,
o colega do escritório, desde que não falem de trabalho,
o vizinho, com que se cruza no elevador,
os seus companheiros do poker das sextas feiras...








A bebida, para o brinde de despedida,
tem muito a ver com o seu estilo de vida.
Champagne, um vinho branco seco bem gelado ou a democrata cerveja em lata...
o que mais lhe apetecer, na altura.











Depois, é só esperar o minuto mágico
em que a bola de fogo
se começa a esconder no horizonte.
Erguer os flutes, os copos, as latas...
e lembrarmo-nos de que para o ano,
vamos ter outro Verão, à nossa espera.

O Gato sou eu - Fernando Sabino

- Aí então, eu sonhei que tinha acordado. Mas continuei dormindo.
- Continuou dormindo.
- Continuei dormindo e sonhando. Sonhei que estava acordado na cama, e ao lado, sentado na cadeira, tinha um gato me olhando.
- Que espécie de gato?
- Não sei. Um gato. Não entendo de gatos. Acho que era um gato preto. Só sei que me olhava com aqueles olhos parados de gato.
- A que você associa essa imagem?
- Não era uma imagem: era um gato.
- Estou dizendo a imagem do seu sonho: essa criação onírica simboliza uma profunda vivência interior. É uma projeção do seu subconsciente. A que você associa ela?
- Associo a um gato.
- Eu sei: aparentemente se trata de um gato. Mas na realidade o gato, no caso, é a representação de alguém. Alguém que lhe inspira um temor reverencial. Alguém que a seu ver está buscando desvendar o seu mais íntimo segredo. Quem pode ser essa alguém, me diga? Você deitado aí nesse divã como na cama em seu sonho, eu aqui nesta poltrona, o gato na cadeira… Evidentemente esse gato sou eu.
- Essa não, doutor. A ser alguém, neste caso o gato sou eu.
- Você está enganado. E o mais curioso é que, ao mesmo tempo, está certo, certíssimo, no sentido em que tudo o que se sonha não passa de uma projeção do eu.
- Uma projeção do senhor?
- Não: uma projeção do eu. O eu, no caso, é você.
- Eu sou o senhor? Qual é, doutor? Está querendo me confundir a cabeça ainda mais? Eu sou eu, o senhor é o senhor, e estamos conversados.
- Eu sei: eu sou eu, você é você. Nem eu iria pôr em dúvida uma coisa dessas, mais do que evidente. Não é isso que eu estou dizendo. Quando falo no eu, não estou falando em mim, por favor, entenda.
- Em quem o senhor está falando?
- Estou falando na individualidade do ser, que se projeta em símbolos oníricos. Dos quais o gato do seu sonho é um perfeito exemplo. E o papel que você atribui ao gato, de fiscalizá-lo o tempo todo, sem tirar os olhos de você, é o mesmo que atribui a mim. Por isso é que eu digo que o gato sou eu.
- Absolutamente. O senhor vai me desculpar, doutor, mas o gato sou eu, e disto não abro mão.- Vamos analisar essa sua resistência em admitir que eu seja o gato.
- Então vamos começar pela sua insistência em querer ser o gato. Afinal de contas, de quem é o sonho: meu ou seu?
- Seu. Quanto a isto, não há a menor dúvida.
- Pois então? Sendo assim, não há também a menor dúvida de que o gato sou eu, não é mesmo?
- Aí é que você se engana. O gato é você, na sua opinião. E sua opinião é suspeita, porque formulada pelo consciente. Ao passo que, no subconsciente, o gato é uma representação do que significo para você. Portanto, insisto em dizer: o gato sou eu.
- E eu insisto em dizer: não é.
- Sou.
- Não é. O senhor por favor saia do meu gato, que senão eu não volto mais aqui.
- Observe como inconscientemente você está rejeitando minha interferência na sua vida através de uma chantagem…
- Que é que há, doutor? Está me chamando de chantagista?
- É um modo de dizer. Não vai nisso nenhuma ofensa. Quero me referir à sua recusa de que eu participe de sua vida, mesmo num sonho, na forma de um gato.
- Pois se o gato sou eu! Daqui a pouco o senhor vai querer cobrar consulta até dentro do meu sonho.
- Olhe aí, não estou dizendo? Olhe a sua reação: isso é a sua maneira de me agredir. Não posso cobrar consulta dentro do seu sonho enquanto eu assumir nele a forma de um gato.
- Já disse que o gato sou eu!
- Sou eu!
- Ponha-se para fora do meu gato!
- Ponha-se para fora daqui!
- Sou eu!
- Eu!
- Eu! Eu!
- Eu! Eu! Eu!

Fernando Sabino

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Sonata


Um melancólico, e hesitante, apaixonado espreita a sua amada...

Comida saudável


terça-feira, 29 de setembro de 2009

Auto-ajuda

Por vezes, encontramo-nos em situações desesperadas
tão difíceis que não sabemos como sair delas.
É nessas alturas, que procuramos um ombro amigo
uma palavra de ajuda, um conforto.
Mas, atenção.
Nem todos aqueles que se aproximam de nós
vêm com a intenção
de nos ajudar !!!

Enviado por Patricio Avalos

A leste do Paraíso

12

No exacto dia, 19 de Janeiro de 1969, em que era inaugurada
a grande igreja católica de Medugorje, Velic Ustinov,
jovem de treze anos, cometia o seu primeiro crime grave.
O estupro de uma jovem vizinha, que seduzira
com palavras doces e o seu sorriso eslavo de lobo esfaimado.
Enquanto a rapariga chorava a um canto do palheiro, de dor
e vergonha, o jovem Velic sacou da navalha de lâmina afiada,
que sempre o acompanhava, e encostando-a ao trémulo pescoço
da assustada vítima, ameaçou-a baixinho,
de sequelas terríveis para ela e restantes membros da família,
caso repetisse alguma vez o que acabara de se passar.
Depois acabou de vestir-se e saiu a assobiar, em direcção
à igreja onde decorria a primeira missa.

A igreja, considerada por muitos demasiado ambiciosa
para os 500 habitantes da pequena vila, viria, mais tarde,
com o pretenso aparecimento da Virgem de Nazaré,
e os 2 milhões anuais de peregrinos que se seguiram,
a ser de extrema utilidade
para o desenvolvimento de toda a região.
Para Velic, o roubo, logo na primeira semana, de um par de
castiçais em talha dourada, permitiu-lhe, com o produto da venda,
a que juntou uns talheres de prata existente na casa dos pais,
viajar até Saravejo.
Aí formou-se na escola da rua, em roubos, brigas, assaltos,
violações e até o espancamento até à morte
de um velho vagabundo,
que o incomodou, numa noite menos feliz.

Já com Milosevic no poder e em plena luta fratricida,
que mataria cerca de 200 000 bósnios e sérvios,
Velic Ustinov, alistou-se no exército,
para dar asas ao seu sadismo tresloucado, que o fez alcanças
as divisas de sargento em poucos meses, especializando-se
em pilhagens, matanças generalizadas, torturas e confissões,
arrancadas à força.
O fim da guerra e a sua condenação sumária à morte,
fê-lo repensar o futuro.
Tendo subornado dois guardas, conseguiu fugir da prisão
onde se encontrava, recolheu o dinheiro, ouro e jóias,
amealhados entretanto, e fugiu, por mar,
pelo único porto existente no país – a cidade de Neum.

Só se ouviria falar dele, anos mais tarde, em Moscovo,
em plena dissolução da União Soviética,
já com grandes ligações à Máfia local e especializado
nos negócios de armamento.

A sua associação a Sérgio Cassini começou com a venda
de duas centenas de Kalashnikoves AK-100
e outras tantas HK 416, com que Sérgio
queria presentear os barões dos morros cariocas.
Uma empatia imediata surgiu entre os dois, aliada
ao modo profissional e eficaz como decorreu o negócio
e ao posterior convite para que Velic
viajasse até ao Rio, permanecendo
quase um mês na sumptuosa ilha de Angra dos Reis.
Com todas as mordomias que incluíam mulatas fabulosas,
droga sem limites, jogo até de madrugada, shows lésbicos,
enfim, todo um mundo de cor e sensualidade,
o sérvio ficou subjugado aos encantos do Brasil.

Foi durante essas férias, as primeiras da sua vida,
que Velic recebeu, e aceitou, a proposta de se associar
a Sérgio Cassini,
na expansão internacional dos seus negócios…

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Chegou, viu...


Cartoon de Henrique Monteiro

Serradura - Mário Sá-Carneiro

A minha vida sentou-se
E não há quem a levante,
Que desde o Poente ao Levante
A minha vida fartou-se.

E ei-la, a mona, lá está,
Estendida, a perna traçada,
No infindável sofá
Da minha Alma estofada.
Pois é assim: a minha Alma
Outrora a sonhar de Rússias,
Espapaçou-se de calma,
E hoje sonha só pelúcias.

Vai aos Cafés, pede um bock,
Lê o "Matin" de castigo,
E não há nenhum remoque
Que a regresse ao Oiro antigo:

Dentro de mim é um fardo
Que não pesa, mas que maça:
O zumbido dum moscardo,
Ou comichão que não passa.

Folhetim da "Capital"
Pelo nosso Júlio Dantas -
Ou qualquer coisa entre tantas
Duma antipatia igual...

O raio já bebe vinho,
Coisa que nunca fazia,
E fuma o seu cigarrinho
Em plena burocracia!...

Qualquer dia, pela certa,
Quando eu mal me precate,
é capaz dum disparate,
Se encontra uma porta aberta...

Isto assim não pode ser...
Mas como achar um remédio?
- P'ra acabar este intermédio
Lembrei-me de endoidecer:

O que era fácil - partindo
Os móveis do meu hotel,
Ou para a rua saindo
De barrete de papel

A gritar "Viva a Alemanha"...
Mas a minha Alma, em verdade,
Não merece tal façanha,
Tal prova de lealdade...

Vou deixá-la - decidido -
No lavabo dum Café,
Como um anel esquecido.
é um fim mais raffiné.

Mário de Sá-Carneiro

Enviado por Moira de Trabalho

Terapia

Who killed Amanda Palmer?


Amanda Palmer, líder das The Dresden Dolls, aqui no seu primeiro trabalho a solo. Influências várias com o punk a ganhar vantagem, num cenário de cabaret burlesco e alternativo.

O título, Quem matou Amanda Palmer?, a fazer-nos recordar a inolvidável série de televisão Twin Peaks, de David Lynch.

Carreirismo - Mário-Henrique Leiria


Após ter surripiado por três vezes
a compota da despensa,
seu pai admoestou-o.
Depois de ter roubado a caixa
do senhor Esteves da mercearia da esquina,
seu pai pô-lo na rua.
Voltou passados vinte e dois anos,
com chofér fardado.
Era Director Geral das Polícias.
Seu pai teve o enfarte...
Mário-Henrique Leiria, in Contos do Gin-Tonic, 1973

Henry Fonda, o Rei do Western

Henry Fonda, que estudou Jornalismo, antes de se dedicar de corpo e alma à 7ª Arte, casou quatro vezes e foi o patriarca de uma das mais importantes famílias ligadas ao Cinema.
Os filhos Peter, do mítico Easy Rider, e Jane Fonda, a que se juntou a neta Bridget Fonda, prolongaram no tempo o apelido Fonda, que Henry tornou famoso.
As suas pernas longas e andar desengonçado cruzaram dezenas de plateaux, com destaque para os western, tradicionais ou spaguetti, como foi o caso de O meu nome é Ninguém ou Aconteceu no Oeste.
Mas muitos outros títulos como Jesse James, O regresso de Frank James, O Dia mais longo, Guerra e Paz, As Vinhas da Ira, O segredo de Fedora, Doze Homens em fúria ou A casa do Lago, em que contracenou com a grande Katherine Hepburn, e a sua filha Jane, cimentaram bem o seu nome na indústria cinematográfica.

Aqui o deixamos, numa caricatura com o traço inconfundível de Sebastian Kruger.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os Presidentes são Homens, como Nós






Só que alguns são mais, como nós, que outros...
Enviado por Quimera

Resultados das Eleições Legislativas'09

96 deputados para o PS, 78 para o PSD, 21 para o CDS, 16 para o Bloco e 15 para o PCP.
Em percentagens, 36,56% para o Ps, o PSD com 29,09%,10,46 para o CDS, e o BE e o PCP com 9,85 e 7,88%, respectivamente.

David Hockney, o Fotógrafo

Todos conhecemos a faceta do David Hockney pintor.
Principalmente, o período californiano com a sua obsessão pelas piscinas e casas hollywoodescas e a séries de desenhos e pinturas dos modelos masculinos, no shower...
O que talvez muitos nunca tenham visto
( e que hoje aqui trazemos, por sugestão da Moira de Trabalho)
são as suas fotografias.
Temas vulgares, como o retrato de sua Mãe, acima,
que através da multiplicidade de planos,
ganham uma vida nova.












Dezenas de polaroides, num mosaico imenso que,
ao distorcer a perspectiva e a realidade,
nos transportam para um outro universo paralelo.










Um mundo onde os artistas são livres de recriar a Natureza, a seu belo prazer.













E, assim, vos deixamos um David Hockney,
diferente do famoso e internacional Pintor pop britânico
- o David Hockney, fotógrafo.

Cuidado com o Boss


Hoje que é 2ª feira, tenham cuidado com o boss, quando estiverem a visitar o "Galo"...

Calvin and Hobbes - Sonho e Realidade

Para os fãs mais puristas da tira Calvin and Hobbes que , diariamente, está presente em milhares de jornais à volta do mundo, as reinterpretações que vários desenhadores, com técnicas e estilos muito diferentes, fizeram deste menino traquina e do seu tigre de peluche que só é figura real para ele, talvez estejam longe de agradar.

Mas, eu achei imensa piada e como diz o nosso herói:
"O Mundo não é justo, eu sei, mas porque é
que ele não é injusto. às vezes, a meu favor?"


















































E como palavras finais, as do Autor, o que fica sempre bem.

"...O nome Calvin veio de um teólogo (Calvin, Jean -- 1509-1564) que acreditava em predestinação.
A maioria dos leitores acredita que o nome Calvin veio do nome de um filho meu, ou então que o personagem foi baseado nas memórias da minha própria infância. Para falar a verdade, eu não tenho filhos e, na minha infância, fui uma criança muito calma e obediente -- praticamente o oposto de Calvin.
Uma das coisas mais divertidas em escrever sobre o Calvin é que geralmente eu não concordo com as suas atitudes...
Muitas das facetas do Calvin são na verdade faces de mim mesmo.
Eu suspeito que grande parte de nós envelhece sem crescer, e dentro (às vezes não tão dentro) de cada adulto existe uma criança que quer que tudo aconteça de acordo com a sua vontade.
Uso o Calvin como um modo de deixar a minha imaturidade fluir,
como uma maneira de manter a minha curiosidade sobre omundo natural,
como uma maneira de ridicularizar as minhas próprias obsessões,
e, como uma maneira de comentar sobre a natureza humana.
Eu não gostaria de ter o Calvin na minha casa, mas no papel, ele ajuda-me a levar a vida e a entendê-la."
Bill Watterson