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domingo, 14 de fevereiro de 2010

E a Vencedora foi...

E como é o Dia dos Namorados aqui vai a classificação final de 'O Amor é...'
Só seis autores enviaram trabalhos, alguns com vários pseudónimos, como já vai sendo habitual, e, portanto, de acordo com o Regulamento, apenas esses puderam votar.
São eles a Miss Sixty, a Moira de Trabalho, a Quimera, a Sofia Silveira, o Zé Manel e o 'Galo', o próprio...
Feitas as contas ( 3 pontos para cada 1ª escolha, dois para a 2ª e um para a 3ª) 'A menina ali do lado' da Miss Sixty alcançou os 9 pontos, a 'Passageira, paixão passageira' da Moira de Trabalho somou 8 pontos e a 'Velhinha' da Quimera ficou-se pelos seis pontos.


Assim, a 1ª classificada terá direito a um fim-de-semana numa vila da Quinta da Balaia ( só alojamento ), no Algarve, em data a acordar ( ...Parabéns Miss Sixty!!! ), a Moira de Trabalho irá receber mais um 'Galo' para a sua colecção e a Quimera colocará na sua estante 'O Amor é fodido' do MEC.
A todos, participantes vencedores, ou não, o obrigado do'Galo'...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Amor é...chega ao fim !

Como por estes lados ' o prometido é devido' vamos passar à fase final de O Amor é...
Mais para o lado do flop do que sucesso, esta foi a iniciativa do "Galo" que menos adesão conseguiu, com apenas doze contos enviados.
O passo seguinte será que os diversos autores (Alcoviteira, Santa Ignorância, Isabel Calçada, Maria, Semprepinta, Don Quixote, Meninadoceucorderosa, Santa Paciência, Chata Borralheira, Romeu Capelo e J.F.Pinkerton) voltem a ler os textos deste tag ( basta ir à base do blog e clicar em 'O Amor é...') e escolham os três preferidos, classificando-os de 1º a 3º.
Enviem-me essa classificação directamente para o meu mail jv@lunebleu.pt , para eu, no próximo Dia dos Namorados, anunciar os premiados.
Apenas os autores que tenham enviado textos têm direito a voto, como estabelece o regulamento inicial e, mesmo que tenham utilizado vários nicknames, ou enviado vários contos, só poderão votar uma vez.
Os autores não podem votar nos seus próprios textos.
Só serão considerados os votos recebidos até à próxima 5ª feira.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A menina ali do lado

Quem? A menina ali do lado?
Ná....não pode ser!
Estou-lhe a dizer menina Custódia.
Eu vi – e apontava insistentemente para os óculos grossos, sempre embaciados.
Aliás, não eram só os óculos que eram embaciados.
Toda a sua figura balofa e viscosa o era. Falava sempre a um centímetro de mim, dando-me pequenos empurrões a cada frase. Os empurrões eram a sua pontuação.
Irritava-me sempre que a encontrava na entrada do prédio, de esfregona na mão, fingindo que zelava pela limpeza do prédio.
Já sabia que tinha de aguentar mais umas páginas de um folhetim barato, ainda por cima, sem fim à vista.
De contrário, atirava-lhe com a pressa. Tinha uma frequência dali a meia hora e estava atrasadíssima.
Sempre era uma forma de a deixar a pensar...uma frequência? Que raio será aquilo? Se calhar também anda com algum marmanjo e os paizinhos não sabem...
A menina ali do lado tinha-lhe sugado a atenção.
Os fins de semana era um deserto de informação.
A menina ali do lado metia-se em casa e só voltava a sair 2ª feira bem cedinho.
Às vezes, mesmo antes dela ter tempo de subir da cave, para o átrio do prédio.
Aí o folhetim era escrito a duas vozes, ou três, quem sabe?
Dependia do número de criadas que saíssem para o mercado nesse dia...mercado bem fraco porque à segunda...bem, à segunda comiam-se restos.
O domingo era dia santo de guarda, não se trabalhava, logo nem peixe, nem carne, nem mercado na 2ª feira! Que infeliz dia!
Como iria matar aquela ansiedade, como iria cumprir aquele escrupuloso dever de saber, indagar, perscrutar, sei lá! Inventar?
Olhe, lá vem ela. Ainda há bocado entrou e já vai para a rua outra vez! Galdéria, é que ela é!
Sabe menina Custódia, o Amor é muito ingrato!
Ando há anos nisto, a ver se arrumo um para o meu mais velho e o coitadito não tem sorte nenhuma!
É que ela nem olha para mim!


Alcoviteira

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Moleskine

Abriu o cadernito de capa preta, disposta a escrever aquelas ideias que a assaltavam, ao longo do dia, a propósito de tudo e de nada.
Sítios. Principalmente sítios a visitar.
E também nomes de músicas, avulso. Conforme se ia lembrando.
Também livros. Que não queria deixar de ler.
Fora sempre muito organizada. Aqueles caderninhos pretos arrumavam-lhe os assuntos e assim até parecia que a vida estava arrumada. Como ela gostava.
O primeiro trouxera-lho uma amiga, de Paris, com cheirinho ao Maio de 68.
Cá, nem sabiam o que isso era.
Usou-o como bandeira. Intelectual. Libertária.
Mantinha esse costume antigo, do tempo em que de ouvido colado ao gira-discos, caçava letras de músicas.
Agulha para cá, agulha para lá.
Até acertar, vezes sem fim, na faixa certa. Horas nisto, enquanto sonhava.
E apontava no Moleskine.
Tantas folhas para letras de canções, outras tantas para livros, muitas para sítios.
Sítios, onde sonhava ir.
Depois chegou ele.
O Moleskine continuou a organizar-lhe a vida.
Mais por recordações. Factos novos, muito poucos.
Lembra-se de quando os domingos se espreguiçavam, entrando sem cerimónia nas manhãs de segunda-feira.
E ele sussurava-lhe ao ouvido.
Amor é tarde. Pediste para te acordar mais cedo.
Olhou o caderno e desfolhou-o. Organizado. Como ela gostava.
Primeiro, alguns Poemas.
Amor é fogo que arde sem se ver...
Depois, letras de canções, ordenadas por tendências, acompanhando o evoluir dos tempos.
Love is a many splendored thing…
O Amor é louco. Não faças pouco dessa loucura...
Amor é bossa-nova, sexo é carnaval…
Sítios, muitos. Onde o Amor aconteceu.
Olhou para trás, no tempo.
Ensaiou uma definição.
O Amor está definido por tanta gente!
O que fazia ela, ali? Ás voltas, à procura do indefinível!
Arriscou.
O AMOR É tudo isto. E o céu também.

Santa Ignorância

http://www.youtube.com/watch?v=yuBGHWAo2tw&feature=fvw

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Levante-se a Ré !

A primeira vez que tinha sido levada perante um juiz tinha apenas 12 anos e tal visita saldara-se em vários anos no reformatório, e depois num saltitar permanente entre várias famílias que se fartavam rapidamente daquela adolescente esgrouviada, sem maneiras, suja no físico e no palavreado.

Mais tarde respondera perante os mais variados magistrados por um leque, igualmente vasto, de crimes e infracções.

Pequenos furtos, posse e venda de droga, prostituição, escândalo e desacato em plena via, desobediência à autoridade, agressões diversas, enfim, todo um catálogo da pequena, ou média, criminalidade.

A sua postura, o desinteresse com que ouvia as testemunhas, de acusação pois de defesa nunca existiam, o palavreado dos advogados, os conselhos paternais de alguns juízes ou as ameaças furibundas de outros, faziam com que as penas fossem sempre agravadas.

Achavam, e com razão, que não manifestava qualquer remorso ou sentimento de culpabilidade.
Era um caso perdido, de quem já não se esperava qualquer reabilitação.
Um produto do nosso sistema judicial, um parasita do erário público.

Naquele dia, nem ela sabia muito bem qual a razão que a levava a estar perante aquele juiz com quem já estabelecera outros diálogos, melhor dizendo, monólogos, porque dela quase nunca se ouvia palavra.

Mas este era diferente, não gostava de despachar os casos à pressa, como muitos dos seus colegas. Odiava que lhe retirassem protagonismo, que deslustrassem o brilho e a dignidade da Justiça.

Por isso, depois de ter chamado a acusada três ou quatro vezes, sem ter obtido qualquer resposta, bateu com o martelo de madeira e gritou colérico:

“ Sempre que eu falo, quero que me ouçam. Quando chAMO RÉ, cabe a si levantar-se e responder às minhas perguntas!”.

Só então, a dita Ré pareceu acordar e respondeu, sonolenta:

“ Ya méne, tô a gamar esta cena buéda. Mas agora tenho que bazar, vou dar de frosques…”

E, perante a estupefacção de todo o Tribunal, saiu pela porta larga, com um sorriso cândido no rosto.

Isabel Calçada

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Poema

Sempre imaginou que um dia escreveria uma história em que fosse preciso anunciar “esta é uma história real, embora os nomes das pessoas e dos lugares tenham sido ficcionados”.
Porém, desta vez, embora a história fosse real, os nomes nela contidos também o eram.
Começou a visitar o Galo e rapidamente se tornou obrigatório fazê-lo todos os dias, só mesmo quando era de todo impossibilitada pelo trabalho, não o fazia.
Era uma companhia para aliviar momentos de maior tensão, era um divertimento, era energia, era o apelo de algumas polémicas, era o grupo que se tinha formado quase que seguindo as etapas de constituição de uma equipa: “Form, Storm, Norm, Perform, Transform”.
Lembrava-se bem da fase de tempestade e agora sentia que o grupo estava quase apto a transformar-se, mais maduro, a aceitar as diferenças de cada um.
Em casa passou a relatar com regularidade alguns episódios e acontecia muitas vezes, quando o seu homem lhe dava alguma notícia fresca, dizer-lhe “sim, vi hoje no Galo”.
Quando passava muito tempo sem referir as suas visitas, era ele que lhe perguntava: “tens ido ao Galo?”, ou “como vai o Galo?”.
Muitas vezes também lhe enviava directamente posts do blogue.
Um dia deu consigo a reflectir se não estava a insistir demasiado com o Galo na relação e como é que ele encararia esta cumplicidade, mas ao mesmo tempo sabia que isso estava na partilha que havia entre eles.
E foi precisamente nesse dia que, pela manhã, a habitual mensagem que recebia dele por email, dizia:
“ Como se escrevesse um poema pinto a mulher
Que irrompe da plumagem azulácea do galo”
(Al Berto)
Emocionada, pensou, O AMOR É isto mesmo.

Maria

sábado, 7 de novembro de 2009

Porque hoje é Sábado...

Já disse, hoje, ao seu Amor que o ama?
Então, largue o computador e vá-lhe dizer, escrever, telefonar.
E se ele lhe perguntar a razão de tal acto,
responda-lhe, só, just because...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A velhinha

Durante muitos meses, todos os dias via a velhinha no ginásio. Pequenina, seca e com um rosto de boneca de porcelana, parecia estar sempre a sorrir.
Era enérgica e frequentava a sala de máquinas e algumas aulas. Tinha um passo curto mas rápido, como se estivesse sempre a ir cumprir um qualquer objectivo.
Olhava para ela com ternura e admiração.
Perguntava-se se seria capaz de toda aquela energia diária quando chegasse à sua idade.
Um dia apercebeu-se de que deixara de a ver há muito tempo e não conseguiu evitar pensar no pior: “a velhinha morreu”.
Afinal, o exercício naquela idade tinha de ser mais moderado pensou, aproveitando para ponderar para si própria um abrandamento da actividade física.
Ao fim de quase um ano a velhinha reapareceu.
Mais gordinha e com um olhar muito fixo, sem tanto brilho.
Ficou tão contente por vê-la que, enquanto esperavam pelo início de uma aula e ao contrário do que lhe era habitual, dirigiu-se-lhe: “ há muito tempo que não a via por aqui”.
O rosto iluminou-se-lhe quando perguntou: “Ah! lembra-se de mim?”
E a partir desse dia a cumplicidade entre as duas ficou instalada.
Foi assim que ficou a saber que o afastamento do ginásio se tinha devido à doença e morte do pai e que afinal… ela não era tão velhinha assim.
Hoje, na sua idade, ela já achava que aos 70 anos ainda não se era velhinho.
Todos os dias ficava a saber mais qualquer coisa.
Tinha tido uma depressão a seguir à morte do pai, que não a deixava sair de casa, a tristeza instalada.
Depois os comprimidos começaram a fazer efeito, enfim tinha engordado um bocado, mas também na idade dela já não podia esperar um corpo de menina, e aos poucos tinha retomado a vida. “Agora, nem imagina, faço várias aulas no mesmo dia e também estou na universidade da terceira idade”.
As outras pessoas olhavam para elas com uma expressão que perguntava o que é que aquelas duas têm tanto a dizer uma à outra e havia mesmo uma monitora que chegava a ser ríspida com a velhinha, quando ela perguntava com entusiasmo se a perna era esticada ou flectida. Subitamente, aquela felicidade trazida pelos comprimidos irritava toda a gente.
Para ela, aqueles minutos em que alimentava a fantasia da velhinha de que a vida era bela, já faziam parte do seu dia.
Fazia-lhe perguntas, ensaiava sugestões, fingia aceitar-lhe os conselhos.
Mas já dava consigo a imaginar mais pormenores acerca da sua vida: com quem viveria? teria filhos? animais?
Até que numa manhã ficou a saber que a velhinha era casada e o marido estava vivo.
Contava-lhe ela que nesse dia tinha chegado ao ginásio antes mesmo de a porta abrir, levantou-se muito cedo, tomou um bom pequeno-almoço, o marido levantou-se para ela deixar a cama feita…
Como expressasse uma interrogação, a velhinha apressou-se a explicar: “ o meu marido prefere levantar-se a ter de ser ele a fazer a cama depois e então eu faço-a antes de vir, O AMOR É isso também, não é?”.
A aula começou nesse instante e ela não teve tempo para responder à velhinha.
Mas também não queria ter respondido.

Semprepinta

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O Encontro

António está devastado.
Dois anos depois do nascimento da filha, perde a mulher depois de ter perdido a cabeça com a colega do emprego que também perdeu.
Não aguentou nem os desejos nem os caprichos de uma gravidez tão desejada como indesejada.
O casamento foi ficando duro até amolecer.
E foi tão fácil de acontecer, uma palavra não dita, uma palavra atirada aqui e ali num momento de tensão, gestos que deixam de fazer sentido.
O silêncio porque não vale a pena.
Ah! e a colega do emprego, fresca e compreensiva.
O trabalho na equipa, o copo de fim de tarde e o quarto de hotel que o cartão dourado desvendou.
Diz que foi inábil. Não compreende a ausência de perdão para um episódio sem importância.
O AMOR É perdão, afinal. Acha que deveria prevalecer o sentido de família, a protecção da criança.
Sabe que deu o passo mais em falso na sua vida.
Mas a vida tem de continuar, afirma com a calma de quem atira para trás das costas o casamento e o episódio sem importância.
Um dia, depois de mais uns episódios sem importância com uma vizinha, é convidado para a festa de aniversário de uma amiga de longa data.
Reencontrou amigos que não via há muito, trocou inevitáveis olhares com mulheres que via pela primeira vez. Sentiu-se bem em festa.
O champanhe borbulhava, sobretudo na sua cabeça e deu consigo a fixar o olhar numa bela mulher, sem coragem de a abordar embora ela lhe tivesse devolvido o olhar por uma vez.
Estava literalmente atordoado. A festa continuou sem que nada acontecesse.
Regressou a casa e sentiu-a vazia, tinha saudades da sua mulher.
Mas nessa noite sonhou com a bela mulher que encontrara na festa.
No dia seguinte a amiga telefonou-lhe e disse-lhe que havia alguém que na noite anterior teria querido conhecê-lo.
O coração bateu-lhe apressado enquanto anotava um número de telefone.
Marcou um encontro, um café no dia seguinte.
Compôs o seu ar blasé e ao mesmo tempo desprotegido que tanto encantava as mulheres. Chegou à hora marcada e sentou-se na esplanada.
Não esperou muito até ver chegar uma mulher longe de ser bela e que lhe atirou, enquanto se sentava: “Olá António, que bom teres ligado”.
Percebeu que a amiga lhe falara de outra pessoa.
Fez conversa de circunstância durante um tempo considerado amável e despediram-se com a promessa de que lhe voltaria a telefonar.
Regressou a casa e voltou a sentir saudades da sua mulher.

Semprepinta
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O teatro do Amor

Na esquerda baixa uma pequena mesa, tampo redondo e “pé de galo”, um telefone preto modelo 1950 parecia deslocado num cenário desprovido de adereços que desviassem a nossa atenção.
Escutadas as indispensáveis pancadinhas de Moliére, a porta colocada lá no fundo do cenário abriu-se lentamente e entrou formosa dama, vestido longo, farta e loira cabeleira, jóias quase espampanantes e um sorriso que eu diria, bem matreiro.
-Maria, vem cá e traz o chá, quente por favor.
Olha não esqueças os bolinhos que ontem o Senhor Marquês de Olinda cá deixou.
Uma voz sumida vinda de perto, respondeu:
-Sim minha Senhora, já vai.
Segundos não eram passados entrou a serviçal, fardada e de branca touca com um tabuleiro bem composto que pousou em frente ao cadeirão vermelho onde se sentava a bela dona daquilo que se presumia ser um vetusto palacete, talvez situado na Lapa ou mesmo na Foz.
-A senhora deseja mais alguma coisa?
- Já agora vê se chove porque o Senhor Marquês prometeu voltar se o tempo estivesse ensolarado mas eu ainda há pouco vi pela janela do quarto umas quantas nuvens de mau presságio.
-Sim minha Senhora.
Ela saiu e escutou-se o toque do telefone.
Dois passos lestos e levantando o auscultador, escutou embevecida antes de responder:
-Mas Marquês venha rápido, não consigo esquecer o calor das suas mãos aquecendo os meus seios, a ternura dos seus beijos, a doçura dos bolinhos que me ofereceu, venha rápido por favor, bem sabe o que o espera e para mais a Maria foi ver o céu e o Sol brilha.
Desligou e como que falando para si, escarneceu:
- O AMOR É…ter que aturar este velho babado que só tem forças nos dedos da mão mas há falta de melhor…
Caiu o pano, entre aplausos de uma plateia vazia, melhor, estava lá eu , apaixonado como sempre por aquela bela mulher .
É assim o amor.

Don Quixote

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Déjà vu

Eu: “Então, como te correu o dia?”
Ele: “Péssimo, nem me digas nada! Apanhei trânsito mal cheguei aos primeiros semáforos, no acesso para a ponte é que me lembrei que me tinha esquecido dos óculos de sol e que sem o GPS o dia ia ser mais complicado. Com isto cheguei atrasado,...”

O meu pensamento: “Lá está ele a queixar-se... já nem o estou a ouvir.
A seguir vai dizer que está cansado, e que dói-lhe qualquer coisa... homens!
Vou continuar a olhar para ele com os olhos bem abertos para mostrar que estou muito interessada na conversa... até vou parar de mastigar o bife para parecer mais convincente!
Sabe lá ele o que é que é péssimo!
Cá o meu hoje foi banal!
Acordei e percebi que estava com o período.
Quando assim é, o melhor mesmo é ir tomar um duche.
O calor abrasador do lado de fora da janela obrigava-me a vestir algo, fresco e leve...
Corri a casa à procura daquela saia e da tal camisola que não estava em lugar algum.
Vesti e despi várias soluções que acabaram num monte de roupa espalhada em cima da cama.
Saia encontrada. Vamos lá a despachar.
Oh não! Pêlos nas pernas... de volta à banheira!
Oiço gritar: “Oh mãeeeeeeeeee!”
Corro a preparar-lhe o leite e a vesti-lo.
Entre um “despacha-te” e um “apaga a televisão”, acabei de me arranjar, meti um pacote de bolachas dentro da mala,
mais uns tampões e a agenda que estava na sala. Papel da visita de estudo assinado e o lanche da tarde.
Ainda tinha 5 minutos, é melhor apanhar a roupa.
Mais um raspanete e uma conversa séria da importância de lavar os dentes.
Uma birra. Duas.
Não há duas sem três.
Uma nódoa na t-shirt acabada de vestir. Mãe que se preze não deixa isto ficar assim.

Troca de roupa. Mais uma conversa séria.
Luzes apagadas. Chaves na mão. Duas malas, dois sacos e a mão dele.
A conversa do costume. “come tudo”, “porta-te bem”, “presta atenção”, “não faças asneiras”.
O momento lúcido. Dar-lhe um beijo e um abraço, dizer que o adoro e virar as costas.
Fingir todos os dias que não dói.
Oito horas laborais. Um patrão. Um grupo de colegas de humores variáveis.
Um jantar para fazer, uma casa para tratar, um filho para amar, mimar e ralhar.
Um Trifene200 e um gole de água.
Agora só falta a história e o meu reportório de músicas para adormecer.

Nisto a pergunta dele interrompe o meu pensamento.
Ele: “Dói-me a cabeça. Vou-me deitar, tratas do resto?”

Abano a cabeça num gesto afirmativo.

Respiro fundo, o dia terminou e ainda há muito que fazer.
Todos os dias parecem um déjà vu.

Mas O AMOR É... assim.
Esquecendo-me de mim.
Faço tudo por ele.
Não por ti. Que se lixe o teu dia!

Meninadoceucorderosa

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Amor a falar alto

Não sei o que o Amor é.
De tanto que me explicaram como tinha de ser perfeito, de tanto que consumiram o meu imaginário com regras
e valores, perdi, no tempo,
a cristalina ideia
do que podia ser.
Mas não é! Mas não foi!
Ou será: mas não foi e não é?
Amor, aquele entre duas pessoas? Que começa, ou tinha de começar num namoro de juventude, comportado, censurado, controlado, a horas – sim porque há horas para o Amor!
Sabiam?
E há um tempo, havia um tempo.
Não muito curto, para ter tempo de amadurecer.
Não muito longo para não ter tempo de apodrecer.
Não muito arrebatado porque era de mau-tom.
Nem muito discreto, porque era ausência do tom.
Do tom certo para este compasso.
Havia um compasso para o Amor!
Sabiam?
Havia um compasso e um maestro.
Um maestro que dava o tom!
O tom com que se fazia anunciar a chegada do Amor
(mesmo que fosse em letra pequenina).
O tom de ousar
(qualquer coisa...até um lanche a Branco e Negro)
O tom de falar... de Amor!
Um amor a que alguém - dos que sabiam destas coisas,
chamava de Verdadeiro Amor.
E quando se usa a palavra Verdadeiro,
ainda por cima com letra grande, dito com voz profunda e séria...
Ah, é verdade – e Sério!
O Amor tem de ser Sério. Muito!
E crescemos, Muitos, de mais, a pensar
que era assim que estava certo.
E se não fosse assim, abatia-se sobre nós o pecado e a maldição.
Mas, O AMOR É... isto?
Pode ser.
Ou isto, pode tornar-se um grande Amor!
Porque não posso viver sem ele.
E ele não pode viver sem mim.

Santa Paciência

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Passageira paixão passageira

Naquele elevador, os olhares não têm muito por onde vaguear
Ora confirmam novamente o andar que sabem ter marcado bem, ora passeiam nos dizeres da carga máxima em busca, sabe-se lá, das notícias do dia. Frustam-se, claro, numas letrinhas pequenas sem nada de novo. 16 pessoas. 2000 kg.
Num instante faz as contas. 125 kilograma por pessoa. É muito, pensa.
Cada corpo que aqui está a meu lado, pouco passa de metade disso. Alguns, aquém.
Contarão eles com o peso da consciência, então?
Se assim, for, aquele senhor ali do canto, o que não tira o olhos do chão, só ele deve chegar à carga máxima. Nota-se nos olhos. Carrega um feixe de luz apagada no olhar, como uma lanterna que pinta de escuro ao invés de alumiar. Existe isso?
Se existisse estaríamos nas trevas, aqui no elevador.
Aquela ali, fixa as quatro lâmpadas de halogénio no tecto, com uma mão na cintura e o dedo enrolado sob o queixo. Percebe-se que discerne sobre assuntos que a elevam acima da condição de viajante de elevador. Tem as sobrancelhas numa dança misteriosa que revelam segredos occipitais. Tem peso, também, mas não é de consciência. Pelo contrário, é daqueles que alivia. Dá para sentir uma espécie de paz interior no intervalo daquela dança. Mais ainda, é das que contagia. Gostaria de a conhecer.
Num soluço, o elevador pára, sem aviso. Poucos instantes depois, param também os corpos viajantes. Não foram totalmente cumpridores da ordem de paragem porque sofrem de inércia e levaram, assim, o seu tempo a obedecer. Além disso, padecem de curiosidade e sobressalto e procuraram, por momentos, a causa daquela abrupta paragem.
O escuro, afinal, não vem do olhar daquele homem, como temeu, mas simplesmente da ausência de luz dos quatro halogénios. Pequeninos leds no painel de comando tomam a sua vez o que, reconhece, tem a sua ironia. Quando tudo funciona, ninguém dá por eles; quando as outras se apagam, cá estão eles a imperar. Dá-lhe vontade de fazer uma série de metáforas fáceis com essa imagem mas opta por preocupar-se com a situação, já que os outros fizeram o mesmo.
Primem-se botões, fala-se num microfone ridículo com um homem na central.
Descansa-nos que a ajuda vem a caminho.
Viu-se, naquele grupo restrito, formarem-se espontâneas cadeias de comando, quase imediatamente. O homem do olhar escuro é realmente apagado. A senhora dos olhos no tecto é excelente executante. Mas à frente de todos, está ele. Calmo, parece saber tanto de elevadores como de alta finança. E é com essa sabedoria que nos acalma a todos. Estima, com sobranceria, o tempo de resgate e dá-nos conselhos sobre a forma de respirarmos para mantermos a calma; indaga se há doentes do coração. Não há. Asma e ataques de pânico, idem. Melhor. Mais fácil de resistir e agrupar forças. Por sua sugestão, sentamo-nos no chão e iniciamos uma espécie de jogo adolescente para aliviar a tensão. Devemos dizer o nome, em que andar e empresa trabalhamos e as nossas características mais expressivas.
Como o jogo começa no indivíduo que está ao seu lado e segue a ordem oposta, tem muito tempo para pensar no que dizer, enquanto acena e sorri aos relatos que vai fingindo ouvir. Está, é claro, muito mais interessada na oportunidade de se mostrar, a ele e só a ele. Sente que é agora. Tudo ou nada. Vai dizer-lhe o suficiente, apenas, para que se mostre tão interessante quanto enigmática. A táctica do rabo de fora. Ele virá à procura do resto, seguramente.
Já estou a imaginar os jantares lá de casa, daqui por anos: “E vocês, como se conheceram?”. E a resposta, pronta: “Oh, isso é uma história muito engraçada... Foi num elevador empanado!”, enquanto as crianças correm pela casa, num corrupio de primos de franja.
Durante a roda, é ele quem faz as perguntas e põe ordem nas risotas que se vão gerando. Já sem o nó da gravata apertado, dá-se ares de informal sem nunca, contudo, perder um certo ar aristocrático que só lhe fica bem. Fecha os olhos e facilmente se imagina numa roda à volta da fogueira na praia. O malmequer que lhe coloca na orelha, a guitarra que toca de cor.
Verdade ou consequência! É isso! Parece mesmo esse tonto jogo de verão. Quase consigo sentir-lhe o cheiro a maresia na pele...
E se ele for “Ele”, pronome com direito a caixa alta e tudo?
Se for, estou preparada. O amor pode surgir nas situações mais críticas. Como nas outras. Pode ser inesperado, planeado, ansiado, esquecido, imprevisto, mal-tratado. O AMOR É tudo isso.
E por isso, aqui, neste momento poderei... Espera! É a minha vez! Oh meu Deus! É agora!... Vruummmm!
O elevador reiniciara a sua marcha. Que desilusão! Os outros, no meio da alegria, erguem-se; os casacos a serem vestidos, os cumprimentos do tipo “até outro dia desde que não seja aqui”.
Ela quer outro dia, desde que seja “ali”.
Vê-o afastar-se, gorada a sua chance. Então e o amor...?
Desse dia em diante procura-o a todas as horas. Viagem acima, viagem abaixo, uma vez mais com as metáforas ridículas na sua mente. Agora vê-se de sapatinho de cristal na mão, na procura daquele a quem sabe servir. Finalmente, revê-o. Ele entra no 10º andar e vê-a imediatamente, ao fundo. Os seus olhos nos meus, novamente. Vou aceder ao convite, vou tomar café e contar-lhe a minha história. Eternidades depois de entrar no mesmo elevador, ele roda sobre os sapatos e dá-lhe as costas. Apenas um ligeiro aceno de cabeça e um torcer de cantos dos lábios que nem de sorriso posso chamar.
Ontem, fomos uma irmandade no elevador, dispostos a tudo, juntos. O amor no horizonte, a fogueira na praia, a guitarra só para mim, os jantares de amigos...
Hoje, voltamos ao ramerrame do dia-a-dia. Acenos e nada mais.
Não se contém e aborda-o:
- Olha lá! Vai mas é dar uma volta, tu mais a guitarra e os miúdos de franja, ouviste?


Chata Borralheira

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Produtos, só de Marca

Dizem os antigos que, noutros tempos, era naquela feira que as pessoas se abasteciam de castanhas, amêndoas e nozes, para o resto do ano.
Era também ali que se vendiam, trocavam e compravam, patos e galinhas, bezerros e leitões.
O latoeiro expunha os seus regadores e alguidares, o cesteiro, o seu cento de cestos, artesãos mostravam, orgulhosos, os trabalhos em cortiça, as bilhas de barro com pedrinhas encastradas, os pratos pintados, e até se podiam comprar mobílias completas em cores variadas e com motivos florais pintados na cabeceira das camas e nas gavetas dos móveis.
Os especialistas em alfaias defendiam as vantagens das suas máquinas, os ourives atraíam as mulheres com grossos cordões de ouro, os apicultores vendiam frascos de mel, ao lado daqueles que tinham azeite e vinho, abóboras, fruta, enchidos e queijos das mais variadas proveniências.
Quem quisesse, podia escolher árvores ou flores para plantar, pássaros para meter numa gaiola ou peixes para um, qualquer, aquário.

Mas, como comecei por dizer, isso foi há muito tempo, no tempo em que eu pela mão da minha avó, olhava espantado todo aquele bulício e só me preocupava em pedir-lhe uma fartura, acabada de fritar, ou conseguir convencê-la a deixar-me dar uma volta nos carrinhos de choque.
Agora, com excepção das diversões e das farturas, tudo o mais foi substituído por dezenas de vendedores de roupa.
Roupa interior e maços de peúgas, pólos e sweat shirts, botas e jeans, óculos de sol e bijutarias, perfumes e ténis desportivos, numa autêntica panóplia de centro comercial.
E as vendedoras, de etnia cigana, atropelando-se em apelos chamativos:
“- Querido, não quer experimentar este téni ?”
“- Ó AMOR, É tudo a 5 Euros!!!”
Tenho que confessar que sou incapaz de resistir a um apelo feminino…

E foi assim que, ao chegar a casa, deparei-me com um Perfume Boos, um blusão Hogo, pólos Lacostel, jeans da Doce&Cabana, um par de botas da Tintinberland, uma camisa Rolf Lóren e, last but not least, um cronómetro Rallex.
Eu, para mim, só gosto de usar produtos de Marca…

Romeu Capelo

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Tudo começou no Baptizado

Inicia-se hoje, como anunciado, a publicação dos Contos "O AMOR É".
A primeira impressão é de que o desafio é difícil, porque são muito poucos os textos, recebidos até à data.
Talvez com a leitura deste, os Autores se animem...


TUDO COMEÇOU NO BAPTIZADO

O Padrinho, antigo colega do Pai, na tropa e farras da juventude, era um hippy à moda antiga.
Cabelo pelo meio das costas, preso com uma fita colorida, coletes com crachats “Make Love, not War” e coisas assim.
Nos poucos momentos lúcidos, entre uma e outra viagem envolta em fumos e ácidos, cantava desafinado velhos êxitos da Joan Baez e do Joe Cocker, e criava uns toscos vasos de cerâmica com o símbolo do pacifismo, que tentava impingir à vizinhança e a um ou outro turista, que vinha até ao bairro para visitar a velha igreja do sec.XVII.
E era nessa mesma igreja que o petiz, bebé rechonchudo, filho do Zé do Talho e da Micas da Silva, ia ser baptizado. Tó Zé “Dylan”, a personagem referida acima, seria o Padrinho…
Os familiares dos Pais, alguns vizinhos mais chegados e os colegas do talho, com as suas roupas domingueiras, enchiam o pequeno local. O órgão, que o dono da farmácia martelava embevecido, fazia ecoar uma qualquer música de reminiscências espirituais.
O Padre, pastor daquela paróquia há várias décadas, aguardava paciente junto à pia baptismal.
A Mãe, com o filho ao colo, não escondia a sua inquietude pelo atraso do Padrinho.
O Pai, como sempre, tentava desculpar o amigo, contando umas piadolas que em vez de desanuviar o ambiente, já tenso, só serviam para encher a igrejinha de maus presságios.
Alguém, penso que o Zeca Fininho, tomou a iniciativa de ir buscar o Tó Zé “Dylan”, “Dealer”, para alguns, a casa da Mãe deste.
Meia hora depois, desgrenhado e com ar de quem tinha sido arrancado da cama à força, o que era a mais pura das realidades, o Padrinho fazia a sua entrada triunfal na igrejinha, por essa altura, já apinhada de pessoas, que anteviam uma escandaleira da grossa.
Calças de tecido de capulana, chinelas de couro, camisa indiana aberta até ao umbigo, colete com franjas e a, insubstituível, fita no cabelo, desta feita, ornamentada com pins simbolizando folhas de cannabis. Um espanto…
O velho pároco, benzeu-se três vezes, como se estivesse perante o próprio Belzebu e fez um sinal discreto para que os Pais se aproximassem.
Estes, com o rebento e o vacilante padrinho a tiracolo, avançaram até ao local onde o baptizado se iria consumar.
Nesse momento, a Mãe, como despertando de uma longa letargia, olhou inquisitiva para o Pai. Este, mais lento de espírito, demorava a perceber, tentando ler no movimento dos lábios, a pergunta formulada pela sua companheira. “O nome? Qual o nome da criança ?”
Mesmo entorpecido pelos ácidos e fumos vários, o cérebro do Tó Zé, foi mais rápido, na resposta…
“- O AMOR É… o nome do meu afilhado! Quero que ele seja um símbolo de Paz e Harmonia para toda a Humanidade!”.

J.F. Pinkerton

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mais um lançamento do "Galo"

PRÉMIO “ O AMOR É…”- GALO DE BARCELOS

Mais uma iniciativa literária d’ O Galo de Barcelos ao Poder,
desta feita com uma obrigatoriedade – o uso da expressão
“O AMOR É…”.
Mas, passemos ao Regulamento onde tudo, esperamos,
ficará mais claro.

1 – O Prémio “O AMOR É...”, criado pelo blog
O Galo de Barcelos ao Poder,
vai começar na 2ª feira, dia 19 de Outubro, e terminará
a 14 de Fevereiro de 2010.
2 – Os Prémios serão atribuídos no dia
14 de Fevereiro – Dia dos Namorados.
3 – Os Prémios serão os seguintes:
1º PrémioUm fim-de-semana para duas pessoas, entrada na 6ªfeira e saída no Domingo,
na Quinta da Balaia (Algarve), em moradia de quarto e sala. Transporte
e alimentação por conta do Premiado.
2º PrémioO “Galo do Amor”, troféu criado por António Azevedo,
autor das peças mostradas nos “Primos do Galo”.
3º PrémioO livro “O Amor é fodido” da autoria de Miguel Esteves Cardoso.
4 – O 1º Prémio terá que ser gozado durante a Primavera,
ou Outono de 2010. Findo esse período, perderá a validade.
5 – Os Contos deverão ter um tamanho mínimo de meio A4
e máximo de 1,5 A4. Não serão considerados os trabalhos
inferiores ou superiores a estes formatos.
6 MUITO IMPORTANTE – A expressão “O AMOR É…”
terá que, forçosamente, fazer parte do texto,
em qualquer zona do mesmo, COM EXCEPÇÃO DO TÍTULO,
não podendo ser parte, ou todo, deste.
7 – A frase O AMOR É…” deverá ser escrita em Maiúsculas,
Caixa Alta ou Caps Lock, ou como lhe quiserem chamar.
8 – Embora a inclusão de “ O AMOR É…” seja obrigatória,
o tema dos Contos não tem que ser,
necessariamente, o Amor, o Romantismo, ou afins.
9 – Os autores são livres para escolherem temáticas
relacionadas com o Humor, o Non Sense, o Terror, o Realismo,
a Acção ou o Insólito, entre outras,
desde que coloquem “O AMOR É…” no meio (?) das suas obras.
10 – Todos os textos deverão ser assinados com um Pseudónimo.
Um mesmo Autor poderá utilizar diversos pseudónimos.
11 – Os trabalhos deverão ser enviados para jv@lunebleu.pt.
Nesses envios, para além dos pseudónimos, deverá ser
referido o nome do Autor.
12 – Só serão considerados os textos recebidos
até ao dia 31 de Janeiro de 2010,
mas a partir de agora, poderão, e deverão, começar a enviá-los.
13 – Os últimos Contos deverão ser postados
até ao dia 5 de Fevereiro, desse ano.
14 – A atribuição dos Prémios será feita através
da votação de todos os Autores participantes.
Em caso de empate, o “Galo” poderá exercer o seu voto,
para desempate.
15 – Ao Conto de que mais gostarem, deverão os Autores
dar 3 Pontos, 2 ao segundo
e, por fim, 1 Ponto à sua terceira escolha.
16 – Os autores nunca poderão votar nos seus próprios trabalhos.
17 – As decisões do Júri deverão ser tomadas, como máximo,
até ao dia 12 de Fevereiro.
18 -Os votos que não forem enviados para jv@lunebleu.pt
até essa data, serão considerados sem efeito.
19 – Esta votação será publicada no blog, no dia 14 de Fevereiro – Dia dos Namorados,
aquando do anunciar dos Vencedores.
20 – As decisões do Júri, constituído por todos os Autores,
que tenham enviado, pelo menos, um Conto, serão definitivas.


E penso que está tudo esclarecido.
A eleição pelos próprios “colegas” evitará amargos de boca
e regras mais claras que estas …só as lavadas com OMO!

Agora, é começarem a pôr a Criatividade a trabalhar.
Como apaixonado que sou, gostava que, esta iniciativa,
fosse mais um êxito do”Galo”.
Porque, na realidade, …
”O AMOR É UMA COISA MARAVILHOSA!”