o momento último de consagração de um artista
- evento raro de se dar em vida.
Paula Rego, claramente, não necessitava de um museu em Cascais
para a sua consagração. É uma questão de afectos.
Nascida no Estoril em 1934, apesar de radicada em Londres
há mais de 30 anos, a artista preserva uma casa de família
no Estoril, onde fica quando vem a Portugal.
Depois de um protocolo de empréstimo e doação
de mais de uma centena de obras da sua colecção pessoal
por dez anos à Casa das Histórias, diz:
"O meu sonho seria trazer para o quotidiano a nossa vitalidade.
Os portugueses têm uma vitalidade muitas vezes escondida.
É o medo."
"À medida que as pessoas envelhecem
vão passando a gostar de arquitectura não tão radical,
mas onde é agradável viver",
afirma Eduardo Souto de Moura, o arquitecto autor
do projecto da Casa das Histórias, sentado na esplanada do museu.
A sua nova obra partiu e foi desenhada à volta
de uma única preexistência - que entretanto desapareceu:
uma série de árvores que o arquitecto quis preservar
mas que acabaram por ser cortadas,
ou porque estavam a morrer ou porque eram infestantes.
Ficou o edifício.
E que tal uma saltada até à Casa das Histórias,
em Cascais, para ver, ou rever,
os magníficos quadros da Paula Rego
e este novo edifício de Souto Moura?
Lembrem-se "Jacaré que fica quieto vira bolsa..."
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Bela sugestão. Hoje é dia de almoço familiar em Cascais e depois vou dar uma saltada ao Museu.
ResponderExcluirO Galo cada vez mais actual, interveniente e interessante. Parabéns mais uma vez...
Vou hoje com os meus "petizes".
ResponderExcluirSe calhar ainda vou encontrar alguns "galináceos"...
Abstenho-me.
ResponderExcluirFinalmente um Artista homenageado ainda em vida.
ResponderExcluirBelo programa...
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