sábado, 15 de novembro de 2008

Paula Rego, Pintora de Mulheres

Para que não se criem mal entendidos, quando digo de Mulheres, não quero dizer para Mulheres.
Paula Rego, a nossa Pintora contêmporanea com maior projecção internacional, tem como assunto principal A Mulher nas suas inúmeras actividades, situações ou estados de alma.
O Homem, nas suas poucas aparições, serve apenas de suporte à protagonista que é sempre um, ou mais, elemento feminino.
Claro está que existem algumas, poucas, excepções mas estas, como é sabido, só servem para confirmar a regra.
Paula Rego naseu em Lisboa, no seio de uma família de classe média-alta, tendo estudado no St.Julian's School, antes de ter sido enviada para Kent, para prosseguir a sua educação anglófona.
Paula, que já pintava desde os quatro ano de idade, prosseguiria os seus estudos na Slade School of Arts, onde conheceu Victor Willing, seu futuro marido.















A sua Pintura conhece várias fases, como das colagens e assemblages dos anos 50 e 60, às séries de realismo mágico com animais dos anos 80, antes de chegar ao período maduro dos nossos dias.




Sente-se em muitos dos temas escolhidos, a influência dos anos de infância no Portugal salazarento em que cresceu e dos contrastes entre a sua família de alta burguesia e o contacto mais íntimo e permanente com o pessoal doméstico.







A sua Pintura retrata de modo único, as mitologias contemporâneas, os livros infantis de histórias de encantar, mostrando, muitas vezes,
o lado cruel e subversivo dessas situações.
Cada quadro conta sempre uma história,
ou não fosse Paula Rego uma emérita Storyteller( basta vermos qualquer entrevista sua
para o comprovarmos).
Nessas obras podemos sentir os sonhos, experiências, memórias e medos da Autora.








No incêndio do seu estúdio londrino, em Momart, perderam-se quatro das suas pinturas, para além de trabalhos de muitos outros artistas.
Um desses quadros tinha um profundo valor sentimental, para além do obviamente material, por ter sido a última obra vista por Victor Willing, antes da morte deste por arterosclerose múltipla.

Terminamos com as palavras de
Robert Hughes, crítico, escrito e autor de documentários televisivos"...a melhor Pintora das experiências femininas,
viva, dos nossos dias...".












Um comentário:

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