Desenvolveu trabalhos em diversas disciplinas como Arquitectura, Pintura, Decoração, Cerâmica e Cenografia sendo, para além de tudo isso, um nome incontornável no Design Gráfico nacional.
Nesta última área, serviu de ponte de ligação entre o humor e a uma estética depurada, criando alguns dos momentos mais altos da sátira política portuguesa.
Ficou famoso o seu cartoon acerca do Nacional Cançonetismo em que o facto de ter utilizado uma Bandeira Nacional, como pano de fundo, foi considerado ultrajante, tendo sido JAM julgado, por tal.
Os seus trabalhos podem encontrar-se em inúmeras publicações onde colaborou, permitindo-me eu destacar o Almanaque, de que um dia destes farei um trabalho próprio, e o Jornal das Artes e Letras, para o qual desenhou alguma caricaturas inultrapassáveis.
Publicou, ainda, dois álbuns: “Cartoons”, em 1975,
e “Caricaturas Portuguesas dos anos de Salazar”, em 1978.
A sua colagem, talvez excessiva, ao período conturbado conhecido como Gonçalvismo, e os diversos trabalhos emblemáticos sob o tema Povo/MFA, dataram a sua obra em demasia, o que, quanto a mim foi uma pena, porque João Abel Manta é, sem sombra de dúvida, um dos mais importantes criadores, nesta área artística.
Obteve vários prémios nacionais e estrangeiros: 1961, Prémio de Desenho
na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian;
1965, Medalha de Prata na Exposição de Artes Gráficas de Leipzig;
e 1975, Prémio de Ilustração na Exposição de Artes Gráficas de Leipzig
Para os mais esquecidos, ou mais jovens, aqui ficam alguns dos seus trabalhos.
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