segunda-feira, 17 de novembro de 2008

António Variações, entre Braga e Nova Iorque

António Ribeiro, no BI, Variações para a posteridade, nasceu na pequena aldeia de Lugar de Pilar, no distrito de Braga, filho de camponeses e com mais nove irmãos, mas ainda muito novo partiu para Lisboa, onde exerceu modestas e variadas tarefas.
Mais tarde, cumpriu o serviço militar em Angola, e depois disso viajou para Londres, onde ficaria um ano, e para Amesterdão onde aprendeu o ofício de Barbeiro.
O primeiro single que gravou, Povo que Lavas no Rio, foi uma homenagem a uma das suas maiores referências - Amália Rodrigues.
Seguiu-se o 1ºLP, Anjo da Guarda, com dez faixas da sua autoria onde se destacam, É p'ra Amanhã e O Corpo é que paga.
"...Quando a cabeça não tem juizo
E tu não sabes mais do que é preciso
O corpo é que paga..."

Entretanto os espectáculos que faz no Tramps, na época o local alternativo por excelência, ou no Rock rendez vous, acrescidos do seu visual vanguardista cimentaram-lhe a imagem de excêntrico.
A sua Música misturava com harmonia, o Fado,
os Blues, o Rock e o Pop.


O segundo LP, Dar e Receber teria,
como expoente máximo a música
Canção de Engate, que várias décadas depois
continua actual, moderna
e a merecer versões várias.








Delfins, Lena d'Água, Mão Morta, Sitiados, Três Tristes Tigres, Resistência, Sérgio Godinho, Madredeus, Santos e Pecadores e Humanos, são alguns dos músicos portugueses que, muitos anos da morte de Variações, com apenas 39 anos de idade, continuam a gravar as músicas intemporais do Artista.











" Variações
é uma
palavra
que sugere
liberdade,
formas elásticas,
e é exactamente isso que eu sou e o que faço no campo da Música.
Aquilo que canto é heterógeneo.
Não quero enveredar por um estilo.
Não sou limitado..."

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