Valentina, fotógrafa italiana de longas pernas e grande desinibição ao despir-se.
Esta verdadeira musa de papel foi criada por Guido Crepax, arquitecto, ilustrador e artista milanês, inspirado nos traços físicos da antiga estrela de cinema Louise Brooks, de quem era admirador.
Misturando erotismo, fantasmas masculinos, e não só, algumas pitadas de sado-masoquismo e as últimas modas da sociedade italiana, Crepax desenvolveu uma heroína que, tendo começado como coadjuvante de Neutron, a personagem principal da história, lhe tirou o protagonismo, passando ela a ser a requintada star da Banda Desenhada Erótica europeia.
A sofisticada linguagem gráfica de Crepax lembra a montagem no Cinema, tal é o uso de planos que ele utiliza na diagramação de uma prancha, em notáveis composições que, ainda hoje, continuam actuais.
Tendo-se especializado na passagem para BD de muitos dos clássicos da Literatura Erótica, Guido Crepax, desenhou algumas verdadeiras pérolas como a Histoire d'O, Justine, A Vénus das Peles, Emmanuelle ou Casanova.
Noutro registro, recriou ainda O Conde Drácula e Doctor Jekyll and Mister Hyde.
Eu era capaz de me contentar com a Valentina (em B.D. e tudo...) numa ilha deserta. Grande Crepax!!!
ResponderExcluirAs mulheres de papel podem ser "quase" tão sedutoras como as outras, e dão muito menos trabalho...
ResponderExcluirEmbora a parte do"trabalho"seja, talvez, a mais interessante!