quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Valentina & Friends by Guido Crepax

Foi nas páginas da Charlie Mensuel, de que falo no post acima, que tive o prazer de encontrar
Valentina, fotógrafa italiana de longas pernas e grande desinibição ao despir-se.
Esta verdadeira musa de papel foi criada por Guido Crepax, arquitecto, ilustrador e artista milanês, inspirado nos traços físicos da antiga estrela de cinema Louise Brooks, de quem era admirador.
Misturando erotismo, fantasmas masculinos, e não só, algumas pitadas de sado-masoquismo e as últimas modas da sociedade italiana, Crepax desenvolveu uma heroína que, tendo começado como coadjuvante de Neutron, a personagem principal da história, lhe tirou o protagonismo, passando ela a ser a requintada star da Banda Desenhada Erótica europeia.

A sofisticada linguagem gráfica de Crepax lembra a montagem no Cinema, tal é o uso de planos que ele utiliza na diagramação de uma prancha, em notáveis composições que, ainda hoje, continuam actuais.







Tendo-se especializado na passagem para BD de muitos dos clássicos da Literatura Erótica, Guido Crepax, desenhou algumas verdadeiras pérolas como a Histoire d'O, Justine, A Vénus das Peles, Emmanuelle ou Casanova.
Noutro registro, recriou ainda O Conde Drácula e Doctor Jekyll and Mister Hyde.

















Mas nem sempre, como convinha nos tempos de liberdade que se viviam, Crepax foi fiel a Valentina.
Anita, Bianca e Belinda foaram algumas dessas outras formosas e sedutoras mulheres de sonho e fantasia, que ele deixou entre nós.

Desde o seu desaparecimento, em 2003 , com a idade de 70 anos, as edições dos seus livros continuam a esgotar-se, as exposições sucedem-se um pouco por todo o Mundo, mostrando que Valentina e as suas amigas, assim como
o seu Autor, estão bem
vivos entre nós.



























2 comentários:

  1. Eu era capaz de me contentar com a Valentina (em B.D. e tudo...) numa ilha deserta. Grande Crepax!!!

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  2. As mulheres de papel podem ser "quase" tão sedutoras como as outras, e dão muito menos trabalho...
    Embora a parte do"trabalho"seja, talvez, a mais interessante!

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