Maio o mês, na cidade de Paris
sessenta e oito, era o ano
em que trabalhadores e estudantes
operários, lavradores
fizeram do antes, depois,
flores, das pedras da rua,
e dos amores, alegria.
68 era o ano
na cidade de Paris,
em que o povo disse e quiz
a palavra liberdade,
em que a anarquia viveu
em que eu, tu e aquele
eramos todos irmãos.
Proibido era proibir
e as mãos uniam-se em esperança
na crença dum outro dia
na lembrança mais feliz
sonhos tidos em criança.
Mês de Maio, num País
que ardeu, por uns breves dias
com as fábricas ocupadas
e bombas dos militares,
com o choque das polícias
e das calçadas, as pedras
no ar, voam como pombas.
Sejam realistas
exijam o impossivel
e, se possivel
sejam felizes, artistas
apaixonados, amantes
os primeiros no prazer
sem temer se é pecado
sem saber como era dantes.
E se a arte morreu
que renasça das cinzas
com mais sexo,
sangue, veias e artérias
e se faça a Festa
festa em toda a cidade
dos párias e dos burgueses
franceses
que todos eramos
então .
Com paixão e com ternura
coragem, humanidade.
Nesses dias, nesse mês
Maio, cidade de Paris
Fomos todos mais Poetas
E abertas as janelas
vimos luz , sonhámos mais
e os jornais
traziam Vida, de fugida
mas traziam.
Era Maio. Sessenta e oito.
Na cidade de Paris.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Bravo!!!
ResponderExcluirJá agora, são só 40 segundos, mas é o suficiente, com 2 escolhas possíveis:
ver Danny
ou
baixar Danny
Acho que te vais lembrar da música... esta é uma canção com a letra e o espírito da época, just my 2 cents...
ResponderExcluir"Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em Cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigite Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço, sem documento, u vou
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do Brasil
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu sou sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou
Por que não, por que não..."