sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Maio de 68 - É Proibido Proibir

Maio o mês, na cidade de Paris
sessenta e oito, era o ano
em que trabalhadores e estudantes
operários, lavradores
fizeram do antes, depois,
flores, das pedras da rua,
e dos amores, alegria.

68 era o ano
na cidade de Paris,
em que o povo disse e quiz
a palavra liberdade,
em que a anarquia viveu
em que eu, tu e aquele
eramos todos irmãos.
Proibido era proibir
e as mãos uniam-se em esperança
na crença dum outro dia
na lembrança mais feliz
sonhos tidos em criança.

Mês de Maio, num País
que ardeu, por uns breves dias
com as fábricas ocupadas
e bombas dos militares,
com o choque das polícias
e das calçadas, as pedras
no ar, voam como pombas.

Sejam realistas
exijam o impossivel
e, se possivel
sejam felizes, artistas
apaixonados, amantes
os primeiros no prazer
sem temer se é pecado
sem saber como era dantes.

E se a arte morreu
que renasça das cinzas
com mais sexo,
sangue, veias e artérias
e se faça a Festa
festa em toda a cidade
dos párias e dos burgueses
franceses
que todos eramos
então .
Com paixão e com ternura
coragem, humanidade.

Nesses dias, nesse mês
Maio, cidade de Paris
Fomos todos mais Poetas
E abertas as janelas
vimos luz , sonhámos mais
e os jornais
traziam Vida, de fugida
mas traziam.

Era Maio. Sessenta e oito.
Na cidade de Paris.































































2 comentários:

  1. Bravo!!!
    Já agora, são só 40 segundos, mas é o suficiente, com 2 escolhas possíveis:

    ver Danny


    ou


    baixar Danny

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  2. Acho que te vais lembrar da música... esta é uma canção com a letra e o espírito da época, just my 2 cents...

    "Caminhando contra o vento
    Sem lenço, sem documento
    No sol de quase dezembro
    Eu vou
    O sol se reparte em crimes,
    Espaçonaves, guerrilhas
    Em Cardinales bonitas
    Eu vou
    Em caras de presidentes
    Em grandes beijos de amor
    Em dentes, pernas, bandeiras
    Bomba e Brigite Bardot
    O sol nas bancas de revista
    Me enche de alegria e preguiça
    Quem lê tanta notícia
    Eu vou Por entre fotos e nomes
    Os olhos cheios de cores
    O peito cheio de amores vãos
    Eu vou
    Por que não, por que não
    Ela pensa em casamento
    E eu nunca mais fui à escola
    Sem lenço, sem documento, u vou
    Eu tomo uma coca-cola
    Ela pensa em casamento
    E uma canção me consola
    Eu vou
    Por entre fotos e nomes
    Sem livros e sem fuzil
    Sem fome sem telefone
    No coração do Brasil
    Ela nem sabe até pensei
    Em cantar na televisão
    O sol é tão bonito
    Eu sou sem lenço, sem documento
    Nada no bolso ou nas mãos
    Eu quero seguir vivendo, amor
    Eu vou
    Por que não, por que não..."

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