sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Michael Crichton, não chegou a Jurássico

Michael Crichton era um daqueles autores a que eu chamo de Aeroporto, sem desprimor para a qualidade dos seus escritos nem para a extraordinária imaginação e conhecimentos técnicos demonstrados. Foi sempre numa escala mais demorada ou numa viagem intercontinental que li alguns dos seus best sellers, em edições paperback que depois se deixam no aeroporto ou no avião, cumprindo a sua missão de passatempo, mas entrando no esquecimento, rapidamente.
Na vida de Crichton, que viveu de 1942 a 2008, tudo foi sempre superlativo.
Estudou em Harvard Língua Inglesa mas acabaria por formar-se em Medicina. Vendeu mais de 150 milhões de Livros, traduzidos em mais de 30 línguas. O seu Parque Jurássico, escrito em 1990, vendido posteriormente a Steven Spielberg, originaria o blockbuster com o mesmo nome e o aumento substancial da fortuna do autor.
Muitas das suas outras obras alcançaram, igualmente, os primeiros lugares nas listas de vendas, como Congo, O Sol Nascente ou O Mundo Perdido.
Foi, ainda, realizador de Cinema e autor da série de televisão mais premiada de sempre - ER Serviço de Urgência, galardoada com 22 Emmy Awards e mais 91 prémios vários.
Escreveu sob vários pseudónimos, tendo ganho o Edgar Allan Poe Award com Um Caso de Necessidade, que assinou como Jeffery Hudson. Outro nome usado foi o de Michael Douglas, porque vira o, então, jovem e desconhecido actor num filme e gostara da assinatura.
Escrevia diariamente dezenas de páginas com novas ideias, romances, argumentos num fervilhar permanente de criatividade.
Foi casado cinco vezes e morreu, no princípio deste mês, em Los Angeles.
Com Crichton foi tudo sempre em Grande - tinha mais de dois metros de altura.

















Na próxima viagem que fizer, de comboio ou avião, não se esqueça, compre um Crichton e vá entretido durante duas ou três horas.


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