Será porque as mulheres, com mais facilidade, encaixam na imagem mulher-objecto? Serão os receios, sempre presentes no homem, das possiveis dúvidas sobre a sua virilidade? Terá a ver com, eventuais, esqueletos guardados no armário?
Claro que não sei responder a estas perguntas, mas lembrei-me de as fazer porque Robert Mapplethorpe, fotógrafo de génio, homossexual assumido que viria a morrer de SIDA, com apenas 43 anos, é muito mais vezes associado à sua orientação sexual do que à sua fantástica forma de fotografar flores, de um modo erotizado, mulheres... e, também, homens, em geral, nus.
Não querendo ser manipulador, reconheço que muitas das fotos de Mapplethorpe poderão ser chocantes para os espíritos, ou olhos, mais sensíveis, mas isso não explica as Exposições canceladas, depois de tudo preparado, os livros proibidos, e queimados, e outras manifestações homofóbicas que perseguiram este fotógrafo durante toda a sua curta vida.
Robert Mapplethorpe começou a fotografar com uma Polaroid e, só depois, compraria uma Hasselblad com que fez retratos de muitos nomes in, da New York da época, Andy Warhol, Richard Gere, Grace Jones, Patti Smith ou Peter Gabriel.
O seu primeiro studio, que depois manteria como camâra escura, foi na Bond Street, em Manhattan, mudando a seguir para uma penthouse, na West 23rd Street.
o caso em que uma Galeria de Arte,
com o mesmo nome,
se recusou a abrir as suas portas ao público
ao deparar-se com algumas
das fotos de Mapplethorpe.
Este, alegando que
aquando do pedido de Exposição,
nenhuns limites censóricos tinham sido estabelecidos, fez accionar uma cláusula de penalização existente no contracto.
Em virtude de usar muitas vezes como modelos, homens negros,
o fotógrafo foi, também, acusado , para além de obscenidade,
de racismo, o que é , isso sim, uma manifestação profundamente...racista..
João isto sou eu também na versão alter-ego...
ResponderExcluirAs fotografias que aqui deixas são poesia pura e ilustram, cada uma com mais de mil palavras, as tuas próprias.
Parabéns.
Mapplethorpe, junto com Man Ray, Sebastião Salgado, Robert Doisneau e Nan Goldin, mais o mestre Cartier-Bresson (ok, podemos incluir também o Jorge Molder...) são figuras obrigatórias da cultura do séc. XX.
E estou a ser injusto, e a deixar montes de nomes de fora, mas há limites para o name dropping.
Grande post.
P.S.
Como incluis (e muito justamente) muitas imagens nos teus posts, o blog fica muito 'pesado', i.e. demora muito tempo até carregar no /navegador/browser, porque está tudo na mesma página.
A minha sugestão -- e fica óbviamente ao teu critério -- é que faças o login e descubras no canto superior direito, num URL que há-de ser parecido com
http://www.blogger.com/posts.g?blogID=uns_8_dígitos_aqui
uma opção para limitares o nº de posts por página. Assim fica mais rápido a carregar...
Do Doisneau já tenho um post lá mais atrás. De todos os outros que falaste, e mais alguns, terei em breve.
ResponderExcluirQuanto à demora em carregar, ainda não me apercebi disso, cada página tem só 25 pots.
Saudações revolucionárias.
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