O pelotão dos ciclistas arrancou com ímpeto.
Comecei a pedalar furiosamente.
Os corredores inclinaram-se para ganhar velocidade.
Crispei as mãos no guiador.
Três ou quatro atletas tentaram fugir
e despegar-se dos restantes.
Os músculos começavam a doer-me,
mas insisti no mesmo ritmo.
Um dos ciclistas sofreu uma queda aparatosa.
O suor escorria-me em bica.
A meta aproximava-se.
Os competidores recolheram as últimas energias
para o sprint final.
Já não sentia as pernas e tinha fortes dores
nos abdominais, mas não parei.
O camisola amarela cortou a meta em primeiro lugar.
A Minha mulher gritou: - Artur, a sopa está a ficar fria...
...só então saltei da bicicleta
que comprara para me fazer perder barriga
e desliguei o rádio, onde acabara de ouvir
a 3ª Etapa da Volta a Portugal.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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