Há 55 anos, o primeiro número da Playboy, tendo na capa a sex symbol Marylin Monroe, foi uma verdadeira pedrada no charco.
Produções fotográficas de nível, com modelos e fotógrafos da primeira linha para contrapor às edições porno de produção rasca e apressada.
Os melhores ilustradores de todo o mundo, quer em cartoons , quer a dar imagens aos contos de Mailer, Steinbeck , Miller, e outros que tal.
Entrevistas topo de gama com personalidades como Fidel Castro, Martin Luther King, Carl Sagan, Malcom X, Salvador Dali ou Muhammad Ali, entre centenas mais.
O lançamento dos melhores carros, charutos, relógios ou os mais modernos, para a altura, gadgets que iam aparecendo.
E, finalmente, capas com algumas das mais bonitas mulheres do planeta, como Chalize Theron, Juliette Binoche, Sharon Stone, Madonna, Daryl Hannah ou Adriane Galisteu, em grafismos sempre muito imaginativos, tendo, como ponto de união e clin d'oeil, o célebre coelhinho disfarçado, por entre os elementos existentes.
O jovem, à data, Hugh Hefner, Hef para os íntimos, entraria na História POP do século XX com os seu estilo de vida, as bunnies, as coelhinhas, a mansão Playboy, os robes de cetim, o cachimbo, as festas recheadas de louras explosivas e das stars mais populares do momento...
Só que isto foi tudo há décadas. Quando a Moral era outra, mais puritana e conservadora, a Internet não era presença permanente nas nossas vidas, o Sexo era visto com olhos, ainda, mais hipócritas.
E chegados aos nossos dias, vemos que 55 ANOS DEPOIS, é lançado, com pompa e circunstância, o primeiro número da Playboy portuguesa. Porqué só agora? E para quê agora?
No mínimo, deveria ser um número espectacular, para abrir o apetite para os próximos, para guardar religiosamente. E o que é que aparece?
Uma capa a preto/branco com a célebre(?) Mónica Sofia, tornada popular(?) na Quinta das Celebridades e voz da banda Delirium(?). A jovem, aliás, começa logo por avisar que "...não tirou a roupa toda". E a própria revista alerta para o facto de"...não haver nus frontais".
Só de rabejador e à egípcia, acrescento eu.
Para contracenar com os entrevistados, mencionados lá em cima, escolheram o Costinha(?) internacional de futebol. Dando de barato, o tema do futebol, porque não Luís Figo, Rui Costa ou, mesmo, Carlos Queiroz. Costinha? No nº1 ?!???
Os cartoons, velhos de décadas, são dos magistrais John Dempsey, Buck Brown, Sokol ou Kiraz, mortos e enterrados, todos eles, há mais de dez anos. Não haveria material mais actualizado ?
Nos colaboradores nacionais, uma réstea de esperança, Pedro Paixão, Nuno Markl e Nuno Saraiva, mas não chega.
E, finalmente, o para quê?
No panorama actual, a Playboy portuguesa não tem qualquer mais valia.
Com a Internet à distância de um dedo, com o soft e hardcore por todo o lado, com muitos outros títulos, do mesmo estilo, já instalados.
Uma revista para fechar, em menos de um ano...
Que desperdício...ainda se fosse a Playgirl !!!
ResponderExcluirA morte à nascença
ResponderExcluirestou-me nas tintas para a Mónica Sofia, mas quero ser herdeiro do Hugh Hefner, please ... :-p
ResponderExcluirNão me parece que te safasses muito bem, porque até a Mansão já está à venda. E as coelhinhas, com tanto silicone, não fazem o teu género.
ResponderExcluirVamos lá por partes:
ResponderExcluirvende-se a mansão a uma companhia de capital aberto usando garantias de crédito emitidas pelo Dias Loureiro. Depois trocamos 10 coelhinhas por um reforço do capital, com emissão de 100 acções por cada uma das 15 coelhinhas. De seguida, hipoteca-se a mansão com recurso a capitais oriundos da off-shore que se comprou com os dividendos provenientes da venda das 20 coelhinhas. Os direitos de comercialização dos ovos da Páscoa produzidos por essas 30 coelhinhas são encaminhados para um fundo de gestão de alto rendimento, criado para o efeito por José de Oliveira e Costa. Mais tarde, são transferidas para uma conta das Ilhas Cayman em nome de Isaltino Morais e por fim compradas de novo pelo actual proprietário da mansão hipotecada, pelo valor de 1 US dolar. A mansão cai de podre porque o IGESPPAR não autoriza as obras, as coelhinhas são forçadas a produzir ovos exclusivamente para a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues e todos os professores do país têm direito a um almoço de Páscoa grátis, como prova de boa fé do governo. O prato principal é silicone reciclado.
Sôa bem, não sôa?
Bem-vindos sejamos ao Portugal [su]real!
Porque perder tempo com lixo, que trata as mulheres como lixo?
ResponderExcluirQuem sai a ganhar é a rapariguita que do nada ficou famosa. É a nº 1..., deve ter recebido uma boa maquiazinha.
ResponderExcluirAinda bem que já temos Playboy portuguesa, ficamos a conhecer muito melhor a Mónica Sofia, a Rute Penedo, o Costinha...
ResponderExcluirTambém concordo, não deve chegar ao ano!
Moira, o teu plano é genial !!!
ResponderExcluireu seja cão se não levo a haliburton, cheney e rumsfeld incluidos, a investir nisso... :-))
Moira...
ResponderExcluirPara além do resto que, todos já vimos, faz muitíssimo bem, agora também tem "jeito" para o negócio???!!!
Eu, cá por mim, em relação ao Costinha, prefiro o das comédias de costumes, com o Vasco Santana e, em matéria de coelhinhas, lembro-me é das do Hermann, dos bons tempos, a Natália de Souza e a Helena Isabel...
Atrasados...e mal!!! É o nosso destino.
ResponderExcluirTambém acredito que não aguente um ano, mas o primeiro número tem "material de 1ª".
ResponderExcluirQuando já ninguém lê tal coisa, é que saiu em Portugal.
ResponderExcluirQuem terá tido a ideia?