Todos se lembram, pelo menos os mais"velhotes", dumas caixas da Regina onde se faziam uns furinhos e conforme a bola que saísse assim era o prémio, que ia de uma simples tablette Coma com Pão até uma Caixa de Bombons (prémio da bola dourada, só uma em cada expositor).
Entretanto, a Regina faliu e foi comprada pela Imperial que relançou vários êxitos antigos como as Sombrinhas de chocolate, de que aqui deixamos uma imagem.
Quando tentaram reeditar as tais caixas com bolas de cores diversas e prémios a condizer, viram a ideia chumbada
pelas "autoridades competentes"
devido ao facto de se tratar de um jogo de fortuna e azar.
Finalmente percebi porque é que eu, depois de ter feito dezenas de furos no stand da Regina na Feira Popular, vim a desgraçar-me em Las Vegas, no casino de Monte Carlo e nos bas-fonds de Macau.
Por favor, salvem as nossas criancinhas das malhas do Vício...
terça-feira, 24 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Hiiiiiiiiiiiiii... As recordações...
ResponderExcluirE aqueles rectangulares fininhos, de morango, laranja e sei lá que mais...
Eu e os meus primos, o que "moíamos" a minha avó para ela nos comprar chocolates da Regina, na mercearia lá da terra! Saudades! Da Regina, da mercearia, da avó, da infância...
Marcas que marcam... Pergunto-me se, perante a diversidade de chocolates e gomas e pastilhas e bolachas e afins que agora existem, a minha filha conseguirá um dia entrelaçar um chocolate à sua infância?
Alguém se lembra da Fábrica Regina, na Rua Sá de Miranda, no Alto de Santo Amaro, junto à velha Estação da Carris ?
ResponderExcluirE do cheiro a chocolate que se espalhava pelas redondezas?
Hoje, no seu lugar, está um prédio de habitação de recente construção que mais aguça as saudades da antiga e doce Regina !
A Sá de Miranda termina num beco onde agora fizeram uma espécie de condomínio(?)e do lado esquerdo, quase junto ao largo e a uma grande escadaria, ficava a Fábrica que impregnava toda a zona do tal cheirinho.Depois foi desactivada, durante uns anos ficou assim mesmo, e agora está lá o tal prédio a que o Zé Manel se refere.
ResponderExcluirUma comentadora do"Galo",desde a primeira hora, diz que "o Mundo é um bidé" e é bem verdade, pois um dos autores de MicroContos morou em frente a essa Fábrica durante vários anos, daí o meu conhecimento da mesma.
Tem piada, eu morava não em frente mas bem pertinho, na esquina da mesma rua de onde saí antes 1965 e hoje trabalho ao lado.
ResponderExcluirA minha vida percorreu assim um caminho de 360º !!!
Curiosidades....
Gostei muito do que disse a La Payita acerca das memórias entrelaçados nos objectos, nos sabores, nos cheiros...
ResponderExcluirPor mim, ainda guardo o sabor desses mesmos que refere: a morango, a laranja, tuttifruti - com um cantinho inferior direito onde se lia Regina, gravado na própria tablete de aspecto semelhante ao papel milimétrico, lembra-se? Veja lá que eu coleccionava esses cantinhos, amontoando-os debaixo da cama. Um dia, o aspirador comeu-os!
Fiz um trabalho para a revista Rotas & Sabores (não confundir com Saberes & Sabores ou Rotas & Destinos) sobre a Regina. Foi pouco tempo antes de a empresa falir. Os gestores da altura procuravam uma saída e olharam para o mercado da saudade, ou seja, o mercado dos nossos 5 milhões de emigrantes, como um espaço com potencial de vendas. Na altura era responsável dessa pequena revista que era enviada mensalmente com o jornal MUNDO PORTUGUÊS, um semanário para as comunidades portuguesas residentes no estrangeiro.
ResponderExcluirEscrever sobre comida e vinhos dava-me um enorme prazer e quando surgiu a oportunidade de fazer um trabalho sobre a Regina, recordo-me de estar hiper curiosa. O maravilhoso cheiro do chocolate foi as boas vindas dessa visita e o que retive de melhor na memória.
De enorme qualidade, os chocolates Regina da minha infância, foram me dados a conhecer em agonia. A fábrica era antiquíssima, alguns dos chocolates eram embalados manualmente dada a forma (recordo-me de uns chocolates em forma de lápis a serem embrulhados pelas funcionárias com papel colorido), mas o perfume do chocolate, fez-me esquecer que a Regina estava claramente em grandes dificuldades e torci para que desse a volta.
Não deu…mas quando li a noticia que a Imperial (outra empresa portuguesa de chocolates) comprou a marca da minha infância, fiquei satisfeita. Tinham se passado alguns anos desde a minha visita à velhinha fábrica da Regina e eu já não escrevia sobre sabores nacionais, mas confesso que continua a seguir com alguma atenção o mundo alimentar e dos vinhos made in Portugal.
Os chocolates já não sabem ao mesmos, talvez porque a receita mudou…ou talvez porque cresci, mas ainda assim, ofereço muitas vezes ao meu filho um chocolate com sabor a morango ou ananás e digo-lhe que eu e o pai gostávamos muitos daqueles chocolates e que os comíamos quando eram pequeninos. E confesso, também trago para mim e para o meu marido.
Nunca gostei de chocolate, mas sempre adorei o cheiro...
ResponderExcluirÉ engraçado como um tema na aparência tão banal como é o dos Chocolates Regina
ResponderExcluirreuniu tantos, tão sensíveis e inteligentes, comentários, com apenas a habitual excepção.
Também para mim, nascida num meio rural,
os chocolates Regina, vendidos na tenda do
Ti Jerónimo eram uma prenda muito apetecida
e só recebida em dias de festa.
A assinatura Marcas que marcam foi também muito feliz.
Chocolate...saboroso...escuro...cremoso...que vício!!!
ResponderExcluir