Como todo o bom brasileiro que se preza, Sérgio Cassini tinha um forte pendor para o misticismo e para a magia negra, embora não desse a conhecer essa sua faceta, para que não o julgassem frágil ou vulnerável.
Sempre que estava no Rio, deslocava-se todas as semanas a um terreiro em São Cristóvão, o Templo de Umbanda Caboclo Mata Virgem, onde a sua Mãe-de-Santo o ouvia e aconselhava, com a sabedoria popular de quem tinha entre os seguidores, clientes era palavra proibida, pessoas tão importantes como Eduardo Paes, prefeito do Rio ou Roberto Carlos o “Rei” da MPB romântica.
Não havia negócio escuro, a maioria, ou mesmo algum legal, a excepção, em que Sérgio se metesse, sem antes ter escutado a opinião da Mãe Preta Iyalorixa, assim se chamava a matrona, que com as suas rugas bem vincadas e os, cerca de, 150Kg de carne alimentada a vatapá e carurú, acumulava as funções da mãe ausente, de guia espiritual e de consultora profissional.
A sala, pouco iluminada, onde se encontravam os dois, tinha diversas estatuetas representando alguns dos 600 orixás existentes, com destaque para Iemanjá. Filha de Ólokun, a mais popular entre as Iabás, festejada em todo o Brasil, como a Rainha do Mar.
Ao fundo da sala, onde duas mulatas, assistentes da Mãe Preta, permaneciam estáticas e silenciosas, via-se uma enorme figura em talha de um São Jorge tradicional, a matar um dragão mas que na umbanda é chamado de Ogum, orixá do ferro, da guerra e do fogo.
Era deste que Sérgio era devoto convicto, considerando-se de corpo fechado, sem que nada de mau, doença, tiro ou facada entrasse nele.
Naquela tarde, porém, não eram os negócios que o tinham levado até junto da médium baiana”Estou seguro que minha mulher me engana” a voz tremia-lhe de raiva”mas se eu tiver a certeza, lhe acabo com a raça…”
A anciã olhou-o no fundo dos olhos”Se queres saber a verdade, a verdade ouvirás pela boca de Odô Iyá…” e estalou os dedos.
De imediato, uma das jovens assessoras avançou com uma caixa de vime de onde saltaram vários búzios.
A Mãe Preta Iyalorixa, gemendo uma reza ancestral, lançou os búzios e, logo depois, analisou-os com intensidade.
“Está aqui representada Obá, esposa de Xangô, a deusa do Amor…amor que sua mulher, Gabriela, está fazendo em este momento” e, dizendo isto, pareceu entrar em transe, adormecendo com respiração pesada.
O que se esqueceu(?) de acrescentar, foi que os outros búzios indicavam a existência de Oyá ou Iansã, outro orixá, igualmente feminino, sinal de ventos e tempestades.
Sem saber como, Sérgio Cassini, entorpecido, chegou ao Copa e entregou as chaves do Ferrari ao porteiro uniformizado.
Em três passadas atravessou o lloby e recolheu a chave do quarto da mulher, na recepção.
Se ainda alimentava algumas dúvidas, estas dissiparam-se quando ao percorrer o corredor que levava aos aposentos de Gabriela, começou a ouvir gemidos.
Gemidos, sussurros e rugidos, numa banda sonora excitante que nunca lhe fora dado escutar.
O coração parecia-lhe saltar do peito. Na mão a Beretta estava pronta para cuspir fogo e morte.
Abriu a porta, de sopetão.
Na cama, entrelaçada em Gabriela, que o olhava surpreendida, estava uma outra mulher.
Sempre que estava no Rio, deslocava-se todas as semanas a um terreiro em São Cristóvão, o Templo de Umbanda Caboclo Mata Virgem, onde a sua Mãe-de-Santo o ouvia e aconselhava, com a sabedoria popular de quem tinha entre os seguidores, clientes era palavra proibida, pessoas tão importantes como Eduardo Paes, prefeito do Rio ou Roberto Carlos o “Rei” da MPB romântica.
Não havia negócio escuro, a maioria, ou mesmo algum legal, a excepção, em que Sérgio se metesse, sem antes ter escutado a opinião da Mãe Preta Iyalorixa, assim se chamava a matrona, que com as suas rugas bem vincadas e os, cerca de, 150Kg de carne alimentada a vatapá e carurú, acumulava as funções da mãe ausente, de guia espiritual e de consultora profissional.
A sala, pouco iluminada, onde se encontravam os dois, tinha diversas estatuetas representando alguns dos 600 orixás existentes, com destaque para Iemanjá. Filha de Ólokun, a mais popular entre as Iabás, festejada em todo o Brasil, como a Rainha do Mar.
Ao fundo da sala, onde duas mulatas, assistentes da Mãe Preta, permaneciam estáticas e silenciosas, via-se uma enorme figura em talha de um São Jorge tradicional, a matar um dragão mas que na umbanda é chamado de Ogum, orixá do ferro, da guerra e do fogo.
Era deste que Sérgio era devoto convicto, considerando-se de corpo fechado, sem que nada de mau, doença, tiro ou facada entrasse nele.
Naquela tarde, porém, não eram os negócios que o tinham levado até junto da médium baiana”Estou seguro que minha mulher me engana” a voz tremia-lhe de raiva”mas se eu tiver a certeza, lhe acabo com a raça…”
A anciã olhou-o no fundo dos olhos”Se queres saber a verdade, a verdade ouvirás pela boca de Odô Iyá…” e estalou os dedos.
De imediato, uma das jovens assessoras avançou com uma caixa de vime de onde saltaram vários búzios.
A Mãe Preta Iyalorixa, gemendo uma reza ancestral, lançou os búzios e, logo depois, analisou-os com intensidade.
“Está aqui representada Obá, esposa de Xangô, a deusa do Amor…amor que sua mulher, Gabriela, está fazendo em este momento” e, dizendo isto, pareceu entrar em transe, adormecendo com respiração pesada.
O que se esqueceu(?) de acrescentar, foi que os outros búzios indicavam a existência de Oyá ou Iansã, outro orixá, igualmente feminino, sinal de ventos e tempestades.
Sem saber como, Sérgio Cassini, entorpecido, chegou ao Copa e entregou as chaves do Ferrari ao porteiro uniformizado.
Em três passadas atravessou o lloby e recolheu a chave do quarto da mulher, na recepção.
Se ainda alimentava algumas dúvidas, estas dissiparam-se quando ao percorrer o corredor que levava aos aposentos de Gabriela, começou a ouvir gemidos.
Gemidos, sussurros e rugidos, numa banda sonora excitante que nunca lhe fora dado escutar.
O coração parecia-lhe saltar do peito. Na mão a Beretta estava pronta para cuspir fogo e morte.
Abriu a porta, de sopetão.
Na cama, entrelaçada em Gabriela, que o olhava surpreendida, estava uma outra mulher.
Estava mesmo à espera desta...agora é que o Cassini ficou de queixo caído e de...levantado!
ResponderExcluirOh diacho J.V....
ResponderExcluirÁtão a Gabs deu em sapatão ??
:-)
E Cassini terá mandado limpar a Beretta ??
(aquilo tem uma certa tendência para encravar, italianos... são bem melhores em comida e trapos).
Bandoleiro, pega uma Taurus, produto nacionáu, mata que se farta...
:-)
Sapatão?
ResponderExcluirSAPATÃO??!
Com aquela figura deu mais é em sandalinha!
Ó alvega, que maldade...
O que não falta por aí - e o Brasil seguramente não é excepção - são garotas lindas... em ambos os times!
MdT como se precisasse de me dizer essa...
ResponderExcluir(brincando, excepto na parte das garotas lindas.)
'Cê acha que eu sou cego ??
:-))