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Filho de um Professor de Canto e de uma exímia Pianista, Alexandre César Leopold Bizet, que se viria a consagrar como Georges Bizet, foi uma criança prodígio que, mesmo antes de ter completado
os 10 anos, já tinha sido admitido no Conservatório de Paris.
O IV Acto inicia-se no exterior da Praça de Touros de Sevilha onde uma multidão entusiasmada aclama o toureiro Escamillo que chega com Carmen, a sua nova amante.
O público parisiense habituado a histórias moralistas e com final feliz, ficou chocado com a crueza do argumento de Carmen e manifestou a sua indignação.
Carmen está presente no reportório de quase todos os grandes nomes da história da Ópera como Maria Callas, Enrico Caruso, Corelli, Jose Carreras, Placido Domingo, Teresa Berganza, Ileana Cotrubas, Wojciech Drabowwicz, Rinat McCauley, Fernando de la Mora, Regina Berner, Kiri Te Kanawa ou Elena Obraztsova, entre muitos outros.
Mais ou menos famosas são também as adaptações ao Cinema que muitos fizeram, como é o caso da Carmen de Carlos Saura, da película de Francesco Rosi, da Carmen Jones, onde uma Carmen negra contracena com Harry Belafonte, do intelectual Prénom:Carmen de Godard, de U-Carmen Ekhayelitsha
Tendo como professores Zimmermann e Gounod, cedo Bizet mostrou o seu fulgurante talento ao ganhar vários Prémios entre os quais se destaca o de Roma, em 1857,
com apenas 19 anos, ao musicar a cantata Clovis e Clotilde.
Porém as grandes expectativas geradas à sua volta não foram concretizadas e durante a sua curta vida,
viria a morrer com apenas 36 anos,
Bizet conheceu apenas um êxito discreto.
Carmen, estreada a 3 de Março de 1875, na Ópera Cómica de Paris, recebeu críticas impiedosas e o público parisiense escandalizou-se com a sensualidade amoral da protagonista - a cigana Carmen. Também alguns elementos do Coro, obrigados a fumar em palco, manifestaram o seu desagrado.
Nesse mesmo ano, no dia da 23ª representação da Ópera, Bizet viria a falecer com um ataque cardíaco.
A Imortalidade só chegaria alguns anos mais tarde...
a obra-prima de Georges Bizet.
A história que relata os amores entre um ingénuo militar e uma temperamental cigana e tem feito vibrar plateias internacionais, inspirou-se numa novela de Marimée, embora o libreto de Meilhac e Halévy tivesse sofrido alterações profundas.
Na novela Don José é um homem rude, com antecedentes criminais enquanto na Ópera é um militar disciplinado, mas por pouco tempo, tendo como único rival o toureiro Escamillo. Já na novela tem que discutir o amor de Carmen com o marido desta, Garcia"El Tuerto", e com o picador Lucas.
Ópera taurina e cigana, por excelência, com forte sabor espanhol, Carmen fugiu aos desejos do seu autor que se recusou a visitar Espanha pela vontade que tinha de criar uma Ópera francesa sobre um tema universal e sem raízes folclóricas.
Porém a influência hispânica começa logo na "Habanera", adaptação da canção
Porém a influência hispânica começa logo na "Habanera", adaptação da canção
"El Arreglito",
do espanhol Sebastián Iradier, amigo de Bizet.
As habaneras têm a sua origem musical em Cuba,
mais concretamente na cidade de Havana.
A obra divide-se em quatro actos
A obra divide-se em quatro actos
e narra a degradação moral e física
a que a paixão e o ciúme desenfreado
levam Don José, primeiro jovem oficial,
depois desertor e por fim assassino.
No I Acto, conhecemos os dois protagonistas que saiem respectivamente do Quartel dos Dragões de Alcalá e da Fábrica de Tabacos de Sevilha, onde Carmen trabalha.
Dá-se então o coup de foudre, que culmina com a flor que a cigana atira ao garboso oficial e que o faz dizer, prevendo já o futuro negro que se avizinha:
"Cette Fleur ça m'a fait l'effet
d'une balle qui m'arrivait...
Certainement s'il y a des sorcières,
cette fille-lá en est une..."
Seguem-se várias peripécias, no decorrer das quais Don José
é preso.
por parte do toureiro Escamillo e a recusa desta, que espera
Don José.
Quando este chega e após com ele dançar, Carmen convence-o a desertar para a seguir para as montanhas com um grupo de contrabandistas. Após muitas dúvidas, será isso mesmo
que o infeliz enamorado fará.
As desilusões amorosas irão ganhar peso no III Acto, com Carmen, cada vez mais interessada no matador, a aproveitar o facto da mãe de Don José estar agonizante,
para o mandar embora
das montanhas.
O IV Acto inicia-se no exterior da Praça de Touros de Sevilha onde uma multidão entusiasmada aclama o toureiro Escamillo que chega com Carmen, a sua nova amante.
Pouco depois começa a faena do matador e enquanto isso Don José apunhala Carmen, depois de se ver rejeitado
pela última vez.
O público parisiense habituado a histórias moralistas e com final feliz, ficou chocado com a crueza do argumento de Carmen e manifestou a sua indignação.
Também os críticos foram impiedosos com esta obra que viria depois a atrair multidões em todos os locais onde veio
a ser encenada.
nas duas primeiras linhas do libreto:
"L'amour est un oiseau rebelle
que nul ne peut apprivoiser..."
Carmen está presente no reportório de quase todos os grandes nomes da história da Ópera como Maria Callas, Enrico Caruso, Corelli, Jose Carreras, Placido Domingo, Teresa Berganza, Ileana Cotrubas, Wojciech Drabowwicz, Rinat McCauley, Fernando de la Mora, Regina Berner, Kiri Te Kanawa ou Elena Obraztsova, entre muitos outros.
Mais ou menos famosas são também as adaptações ao Cinema que muitos fizeram, como é o caso da Carmen de Carlos Saura, da película de Francesco Rosi, da Carmen Jones, onde uma Carmen negra contracena com Harry Belafonte, do intelectual Prénom:Carmen de Godard, de U-Carmen Ekhayelitsha
ou do mais erotizado
Carmen de Vicente Aranda.
Também Charles Chaplin se viu atraido pelo tema e realizou Burlesque on Carmen,
acentuando o lado mais cómico da trama.
Sevilha, a bela cidade espanhola onde se desenrola grande parte da acção, foi inspiradora de outras Óperas como Fidelio de Beethoven, A Força do Destino de Verdi, As Bodas de Fígaro e Don Juan de Mozart e o Barbeiro de Sevilha de Rossini.
Terminamos com palavras de Carmen, mais uma vez:
"L'amour est enfant de Bohéme
il n'a jamais, jamais connu de loi,
si tu ne m'aimes pas, je t'aime
si je t'aime, prends garde à toi!..."
Corre o pano...
Bravo! Bravo!
ResponderExcluirMesmo eu que se calhar sou um dos mencionados melómanos aprendi várias coisas.Continue.
Bravo!
carmen
ResponderExcluircontribuiçãozinha ;-)
são várias páginas...
http://opera.stanford.edu/Bizet/Carmen/source1.html
a minha carmen aqui:
http://www.crotchet.co.uk/4144892
placido, van damme, te kanawa, magia pura.
Adriano&António,o post agora está mais completo.Dêem nova olhada ao final.
ResponderExcluirApesar de gostar das vozes associadas à Ópera, que de ouvir até arrepia, considero-me um ignorante quanto ao "belo canto" diz respeito. Vou ser um aluno atento às aulas que o "Galo" me vai proporcionar. Grande iniciativa.
ResponderExcluiret cette autre... Freni + Vickers + Bumbry + Karajan equals beaucoup de magie..
ResponderExcluirhttp://img.photobucket.com/albums/v215/lewister/armwen.jpg
internet et mon frère gal, on s'aime...et vous, achetez la chose, s.v.p. ;-p
Há muitos anos atrás, nos bons tempos do jornal "Independente", o prazer da sexta-feira não correspondia, apenas, à perspectiva dos dois dias de liberdade que se aproximavam; corespondia, igualmente, com quase o mesmo peso na balança, ao desejo e à alegria eufórica de, pela manhã, comprar o jornal e mergulhar lá dentro, não apenas para conhecer as notícias mas, e acima de tudo, para me deliciar com a inteligência e a mordacidade dos textos com que, qualquer tema, era tratado.
ResponderExcluirQualquer coisa de semelhante está agora a passar-se, entre mim e este "Galo"!
Com a vantagem de não ser semanário, mas diário!
Como já alguém disse mais atrás, é um prazer chegar a casa, "abrir o Galo" e encontrar temas e textos tão diversos, tratados de forma excelentemente adequada ao conteúdo, ver, ler, rir, sorrir, pensar... Nada astá aqui por acaso.
E é gratificante e digno de agradecimento e aplauso que , mesmo os temas aos quais o Autor é mais "avesso", sejam tratados com o mesmo interesse e igual entusiasmo.
Também eu aprendi algumas coisas.
Bravissimo!
Neste fim de semana, vou a São Vicente, conhecer a Ilha, o Mindelo, a Baía das Gatas...
Vou ter saudades do "Galo".
PS Se não te conhecesse de lado nenhum, diria exactamente a mesma coisa...
Já aqui afirmei que o"Galo" é essencialmente para gozo próprio.
ResponderExcluirCom "ele" tenho aprendido coisas,tenho-me exposto de uma maneira pouco comum em mim,tenho-me divertido,tenho explorado, ensaiado,criado,relembrado,enfim, um mundo de situações...
Mas estaria a fugir à verdade se não dissesse que as vossas reacções,positivas ou negativas,entusiásticas ou nem tanto,são um elemento muito motivador e razão para tentar fazer sempre mais e melhor.
Obrigado, obrigado...(como diria a Amália!).
Magnífico!A qualidade deste trabalho João misturada com a escrita da Contessa, a ópera na Baía das Gatas.
ResponderExcluirTambém eu Contessa estou a ficar addicted ao Galo e é tão bonito sentir a amizade especial que vocês respiram e transpiram.
I look forward Madame Butterfly.
Quimera
Quimera
ResponderExcluirJá podia ter dito há mais tempo que eu transpiro...mas não deve ser nada que um bom desodorizante não resolva!!!
Ele há transpirações que não exigem desodorizante
ResponderExcluirQuimera
Como disse antes não sou apreciador de ópera mas li tudo com grande atençâo e andei o resto do dia a cantarolar as músicas anexas.Um dos trabalhos mais cuidados e conseguidos.Parabéns.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNão faço ideia de quem é xicapain mas eu não removi comentário nenhum.Se quiser reenviar...
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