É Carnaval ninguém leva a Mal...(Parte I)

Para que fique claro desde o princípio, sei que celebram o Carnaval em Veneza e Loulé, em Nova Orleães e Torres Vedras, em Salvador da Baía e, possivelmente, Unhais da Serra, mas para mim Carnaval é no Rio...e está tudo dito.

A Cidade Maravilhosa é o cenário ideal para O Maior Espectáculo do Mundo, com o Clima certo para o evento, as Bebidas próprias, caipirinha, água de coco e chôpe, a Música indicada e as Mulheres, bem, as Mulheres, que não existem em mais nenhuma latitude.

E escusam de vir com as etiquetas do Machismo, porque Carnaval sem Mulher bonita, de preferência com pouca roupa, não é Carnaval...

Os homens estão lá para tocar a cuíca e a pandeireta, para botar um som na bateria, para fazer número, mas as estrelas destes três dias, que no Brasil se prolongam por meses, são Elas.

Mulheres, socialites, das novelas ou do povão, todas elas têm em comum grande desibinição,

um bom rebolado e alegria para dar e vender.

É Carnaval, há que aproveitar a Curtição...

O Carnaval dos Turistas e dos Ricos

Nesta primeira parte do É Carnaval ninguém leva a Mal iremos falar no Carnaval do Sambódromo, o Carnaval especialmente produzido para Turistas do Exterior e do Interior.

Amanhã postaremos a continuação, O Carnaval do Povão, em que retrataremos o Carnaval de Rua, dos Blocos Carnavalescos, e por aí fora...

O Sambódromo é um recinto fechado, projectado por Óscar Niemeyer, e inaugurado em 1984, com capacidade para 88 500 pessoas que assistem, dia e noite, ao Desfile das Escolas de Samba.

Antes da sua criação, o Desfile ocorria na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, com o público acomodado numas bancadas improvisadas que eram montadas para o acontecimento.

Os puristas defendem que o Sambódromo veio tirar grande parte da expontâniedade que havia e, principalmente, negou ao povo a possibilidade de assistir aos festejos.

Pelo meu lado, e já passei quatro Carnavais no Rio, acho que a separação entre Sambódromo e Festejos de Rua, duplicou o prazer do Carnaval e tornou a estadia dos gringos, sentados durante horas em bancadas ou camarotes, mais confortável e segura.

O Carnaval marca o início da Quaresma , o"Adeus à Carne"

ou o "Carne Vale", que originou a expressão, mas o que se vê mais é a celebração da Carne,

e dos prazeres da mesma.

Durante as longas horas, refiro-me à duração, não à monotonia, em que as Escolas de Samba evoluem pela Avenida, acontece um fenómeno interessante.

Enquanto no dia a dia, que dura todo o Ano,

as Brasileiras não fazem topless nas praias,

o que para nós europeus causa algum espanto,

durante os Desfiles, a nudez quase total é comum.

Só não podem mostrar a genitália, como dizem por aquelas bandas...

Mas deixemos o palavreado um pouco de lado, para que todos(as) possam apreciar a Beleza...do Carnaval!

...E pronto, chegámos ao fim da Marquês de Sapucaí, depois de desfilarmos durante mais de 700 metros.

Se acham que hoje houve excesso de Mulher bonita, prometo para amanhã, no Carnaval de Rua,

um número muito maior de Homens.

Drag Queens, Transsexuais, Travestis,

mas isso agora não interessa nada...