segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Henry Moore - A Escultura Directa

Utilizando, quase sempre, o bronze ou o mármore nas suas esculturas em grande escala,
Henry Moore é considerado um dos maiores Escultores Contemporâneos,
tendo sido agraciado com o Prémio Internacional de Escultura na XXIV Bienal de Veneza,
na II Bienal de São Paulo e na V Bienal de Tóquio.
Influenciado pela arte mexicana pré-colombiana e pelas esculturas temáticas tribais africanas, Moore desenvolveu um estilo de Escultura Directa, mantendo as imperfeições e marcas deixadas pelas ferramentas ou simulando, inclusive, essas mesmas imperfeições o que muito chocou os seus professores iniciais, adeptos de um conceito mais clássico.
Henry Moore nasceu em Yorkshire, em 1898, filho de um Engenheiro de Minas, sendo o sétimo de oito irmãos. Quando aos 11 anos de idade se confrontou com os trabalhos de Miguel Ângelo decidiu ser escultor e logo no ano seguinte conseguiu uma bolsa de estudo para desenvolver as suas, já evidentes, potencialidades.
Já aqui dissemos que os portugueses não têm uma relação chegada com a Escultura.
Estamos habituados a ver estátuas de homenagem
- ao D.José, ao Marquês de Pombal, a Escritores, Poetas
- mas com excepção de alguns poucos jardins
( lembro-me da Gulbenkian e de Serralves) não somos habitualmente confrontados com peças de Escultura lúdicas, no nosso dia a dia no exterior, nem no interior, das nossas casas.
Basta olharmos as fotos seguintes, para percebermos o modo, completamente diferente,
como as peças de Moore dialogam com os transeuntes.
Campos onde pasta o gado, jardins, pátios de residências, ruas de cidade, tudo é habitat natural para estas obras de arte.













Na primeira metade do século XX, Henry Moore, já casado, foi viver para Hampstead, Londres, onde um grupo de arquitectos e criadores morava, tendo criado na área um movimento do qual faziam parte a escultora Barbara Hepworth, amiga prá-Vida, e o seu companheiro Ben Nicholson, Naum Gabo, Roland Penrose e o Crítico de Arte Herbert Read que ajudaria a divulgar e enaltecer o talento de Moore.
















Grupos familiares, compostos
por um casal e dois filhos,
casais e mulheres solitárias
são uma constante
da sua fase figurativa.








Durante muito tempo as Exposições
sucederam-se um pouco por todo o Mundo,
a um ritmo de 40 por ano.

















Com uma enorme fortuna pessoal, Moore viria a criar o Henry Moore Trust e a Fundação Henry Moore para preservar as suas esculturas e promover o reconhecimento público da Arte.
Ao mesmo tempo, apoiar exposições e actividades de pesquisa em Escultura.





















Muitos dos desenhos e litografias, em que Henry Moore
foi também profícuo, poderão ser considerados
estudos para esculturas posteriores
mas a qualidade própria
tem permitido a edição de Litografias,
de livros e exposição pública das mesmas.



































Experiências com outros materiais, foram também tentadas nos anos finais do Escultor, que viria a morrer com 88 anos, em Herfordshire.

Há cerca de quatro anos , ladrões roubaram uma escultura do artista, no valor de 5,3 milhões de dólares e com o peso de 2,1 toneladas. O facto de, desde então, se ter perdido notícias do seu paradeiro, leva a pensar que a mesma tenha sido derretida e vendida como sucata.

Um comentário:

  1. Tive a oportunidade de visitar uma exposição de maquetas e modelos em escala reduzida de esculturas de Henry Moore o ano passado em Birmingham e,eu que mal conhecia o seu trabalho,fiquei totalmente fascinado.

    ResponderExcluir