Giacomo Puccini nasceu em Lucca, na Toscânia, em 1858.
Órfão de pai aos cinco anos de idade, com mais seis irmãos
Órfão de pai aos cinco anos de idade, com mais seis irmãos
e sendo a mãe, costureira e porteira, Puccini viu-se empurrado
para a música como forma de garantir a subsistência.
Entrou para o Conservatório de Milão graças a uma Bolsa para estudantes pobres,
tendo tido como professores o violinista Bazzini e Ponchielli, autor da Ópera La Gioconda.
No mesmo ano em que obteve o diploma académico, compôs a sua primeira Ópera, Le Villi,
onde são notórias as influências wagnerianas e que lhe proporcionou a encomenda de novo trabalho para o Scala de Milão e um salário mensal
para a música como forma de garantir a subsistência.
Entrou para o Conservatório de Milão graças a uma Bolsa para estudantes pobres,
tendo tido como professores o violinista Bazzini e Ponchielli, autor da Ópera La Gioconda.
No mesmo ano em que obteve o diploma académico, compôs a sua primeira Ópera, Le Villi,
onde são notórias as influências wagnerianas e que lhe proporcionou a encomenda de novo trabalho para o Scala de Milão e um salário mensal
Cinco anos depois, a segunda Ópera, Edgar, baseada num poema de Alfred de Musset,
não obteria o sucesso que só conheceria com Manon Lescaut
não obteria o sucesso que só conheceria com Manon Lescaut
que narra a relação amorosa entre uma cortesã e um cavalheiro.
Mas as suas Óperas imortais, La Bohème, Tosca e Madame Butterfly
Mas as suas Óperas imortais, La Bohème, Tosca e Madame Butterfly
surgiram na passagem para o sec.XX.
Homem de grandes paixões e grandes ódios Puccini
Homem de grandes paixões e grandes ódios Puccini
teve frequentes discussões com os autores dos seus libretos( Luigi Illica, Giuseppe Adami, entre outros). As suas zangas eram, igualmente, famosas.
Estando de relações cortadas com Toscanini e tendo-lhe enviado um “panettone”
Estando de relações cortadas com Toscanini e tendo-lhe enviado um “panettone”
( bolo doce que se oferece aos amigos no Natal) apressou-se a escrever um cartão :
”Panettone enviado por engano” ao que Toscanini respondeu” Panettone comido por engano”.
Tendo ouvido um dos seus mais implacáveis críticos a assobiar uma das suas músicas,
Tendo ouvido um dos seus mais implacáveis críticos a assobiar uma das suas músicas,
Puccini não resistiu a ironizar: ”Então sempre desprezou
a minha música mas, contudo, assobia-a?”
A resposta do crítico, foi ainda mais contundente:
A resposta do crítico, foi ainda mais contundente:
” Não se deixe enganar. Assobio-a aqui como a assobiaria no Teatro!”.
Giacomo Puccini viria a morrer, vítima de um cancro na garganta, em 1924, deixando inacabada Turandot, que viria a estrear dois anos depois.
com apenas dois actos, foi rejeitada pelo público que se manifestou
com grunhidos, gritos, gargalhadas e cacarejos,
saindo da sala sem quase ter ouvido nada da peça.
Depois de algumas adaptações e tendo passado para os três actos actuais,
Depois de algumas adaptações e tendo passado para os três actos actuais,
a Ópera viria a conhecer o êxito que desde então sempre a tem acompanhado.
Puccini estava certo quando afirmou, no auge das críticas negativas:
Puccini estava certo quando afirmou, no auge das críticas negativas:
” Madame Butterfly está viva, depressa ressuscitará .
Digo-o e repito-o com uma fé inabalável…”
a marinha americana está ancorada .
O tenente Pinkerton acaba de comprar uma casa, vários criados e uma mulher, Butterfly, Cio-Cio-San significa borboleta em japonês,
com apenas quinze anos .
Esta converteu-se ao cristianismo
para partilhar da mesma fé do marido
o que ofende os seus familiares budistas.
e de Suzuki, a fiel empregada, continua à espera da volta do tenente,
rejeitando os convites de ricos pretendentes como o Prícipe Yamadori.
A esperança de Butterfly não morre.
Un bel di vedremo , um belo dia veremos um fio de fumaça no horizonte...
Chega entretanto a notícia que o barco de Pinkerton está de volta.
Chega entretanto a notícia que o barco de Pinkerton está de volta.
No terceiro e último Acto, depois de uma noite de vigília esperando em vão pelo seu amado, Butterfly adormece exausta.
Entretanto Pinkerton, a sua nova mulher americana e o consul chegam
para levar o filho do primeiro, de que este só agora tomou conhecimento.
Ao aperceber-se do que se passa e perante o afastamento do tenente, Butterfly despede-se do filho e pratica hara-kiri, morrendo de imediato.
É o fim de tudo...
no Scala de Milão, Madame Butterfly
tornar-se-ia uma das obras mais vistas
nos prestigiados palcos de todas as latitudes.
Em simultâneo, os nomes mais sonantes do
mundo operático, colocaram esta produção
entre as preferidas para gravações
e desempenhos.
Mas a influência de Madame Butterfly fez-se sentir noutras áreas da cultura e do entretenimento, como foi o caso do Cinema, onde já em 1932,
um Filme bastante clássico, com Richard Troxell e Niang Liang.
Mas de todas, seria M Butterfly a versão mais insólita.
Inspirado na história real dum diplomata francês, Phillipe Bouriscot, apaixonado por uma cantora chinesa de opera, David Cronenberg realizou um Filme magnífico com Jeremy Irons, sempre ele, e John Lone nos principais papéis. O jogo das dualidades e surpresas, prende os espectadores durante toda a exibição.
A letra M. de Monsieur, Madame, Mister ou Mrs, permite um leque vasto de opções...
E assim chegamos ao fim de uma história de Amor, que acaba mal ( como é aliás padrão na vida real).
Agradecemos que abandonem a sala pelas coxias laterais e que vejam se deixaram alguma coisa nos vossos assentos. Esperamos tê-los cá, no próximo espectáculo...
E para deixarmos uma mensagem de Vida, comecemos pela morte de Butterfly e voltemos à Esperança...
Obrigada João. É uma das minhas preferidas.
ResponderExcluirQuimera
upss... acho que deixei cair uma luva no assento !
ResponderExcluirao contrário dos assobios de outros tempos, adorei o espetaculo.
beijos
sandra silva
Quimera e Sandra
ResponderExcluirEstão muito rápidas.O post ainda não estava terminado. Voltem daqui a uma hora que, penso eu, já estará musicado...
Mais um espectáculo,quase,perfeito...só faltou a divina Callas a cantar.
ResponderExcluirSeria fácil colocar a Callas mas os vídeos são todos péssimos,para além de todos termos em casa gravações da "diva". Optei, assim, por versões menos vistas que,principalmente a de animação,serão desconhecidas da maioria,com toda a certeza.
ResponderExcluirEstes textos acerca da ópera são dos que tenho gostado mais cumprindo a função de distrair e de ensinar. Porque não o cinema ou a literatura vistos deste angulo mais didático?
ResponderExcluirO"Galo"não tem pretensões a ter qualquer função didáctica ou instrutiva.
ResponderExcluirO"Galo",aliás, não tem qualquer tipo de função.
Resumindo, o"Galo" é um blog disfuncional...