terça-feira, 31 de março de 2009
Meio Século depois. Porquê? E para Quê?
Viagem Cultural a Barcelona
Confesso que foi com preocupação que, ao ver a documentação fotográfica, constatei que o rapaz passou estes dias enfiado em Museus e Bibliotecas, a analisar manuscritos e a estudar estilos pictóricos.
O Galo USA
já nasceu nos states mas os pais, açoreanos da velha cepa,
emigraram para a Califórnia em busca do American Dream.
Os Calafonas, como são conhecidos na sua terra natal, costumam
vir de férias, de dois em dois anos, e trazem penas de ganga,
para os primos locais, chewing gum com sabor a milho e Cock Corn.
Às miúdas chamam chiken, odeiam a rede KFC,
e ao breakfast não querem nem cheirar ovos mexidos ou estrelados.
As mães são umas autênticas Mães Galinha,
e os pais cantam de Galo.
Na "Amérca" têm capoeira em San José, Fall River e Providence,
mas sonham com um poleiro, sobre a praia, em Malibu.
Sempre que vêm ao "Contenênte", visitam,
como este post comprova,
o seu Primo mais célebre - O Galo de Barcelos.
Já tentaram convencê-lo, até, a ir para Hollywood.
... mas ele recusou porque não canta em inglês
nem gosta de milho em lata !!!
Nota do "Galo" - O Galo USA foi criado por António Azevedo 100maosamedir.blogspot.com
First Day of my Life - Bright Eyes
Podem pôr esta música a tocar, enquanto lêem o MicroConto abaixo...
Mazurkas
Nos dias que se seguiram, as coincidências. A encontrarem-se por acaso nas muitas tendas do Festival. As conversas. Os púcaros de alumínio pendurados nas mochilas. O vegetarianismo partilhado. Ele, com o chapéu preto na cabeça. Ela, com as chanatas do Lago Titicaca nos pés. Ele, com cheiro a manteiga de ovelha embrulhada em papel de borrão das mercearias antigas. Ela, com cheiro a terra molhada dos primeiros dias de chuva. Ele, a falar do Fórum Mundial Social. Ela, a falar do Protocolo de Quioto. Duas pessoas, habitantes de diferentes lugares do Planeta. A entrelaçarem experiências, afectos e sentidos, no ritmo cadenciado de uma mazurka. 1, 2, up, 1, 2, 3... As coincidências são acasos com sentido, ouvi dizer certa vez.
Trocaram emails e moradas. Nos meses que se seguiram, as conversas na world wide web, acompanhadas pela troca de correspondência postal, a lembrar tempos antigos. A colecção de selos dos sítios do Mundo por onde passavam. A troca de livros e músicas, histórias de vida que se contavam. Uma história comum que se construía. Uma história de Amor, em sintonia com as personagens de ficção dos livros que partilhavam pelo correio, embalada por uma música que ouviam em simultâneo: “First day of my life”, Bright Eyes (http://www.youtube.com/watch?v=zwFS69nA-1w). A música do email thing, como lhe chamavam, e que fez disparar o número de vizualizações no youtube à escala planetária...
Encontraram-se no Verão seguinte. Numa eco-aldeia, os púcaros de alumínio pendurados nas mochilas, a tenda montada em frente a um lago de nenúfares. Os chorões faziam uma cortina até ao chão para que pudessem, quase em segredo, experimentar a Política dos 3 R’s. Reduziram as diferenças que os separavam. Reutilizaram as fórmulas antigas para expressar a ternura. Reciclaram o que sabiam sobre o afecto. E reinventaram o Amor... Comeram iogurte, com mel e frutas. E dançaram nús. Despidos de fronteiras culturais, redescobriram-se no ritmo cadenciado de uma mazurka. 1, 2, up, 1, 2, 3...
E o projecto de vida. Ele, a querer saber mais sobre o mundo. Os planos para aprofundar o saber, a montar a tenda em local fixo. Ela, a querer saber mais sobre o mundo. Os planos para viajar, a montar a tenda em local incerto. E no ritmo cadenciado de uma mazurka, a busca de um Planeta sustentável. E a descoberta da insustentabilidade de um Amor. 1, 2, up, 1, 2, 3...
Um Peixe chamado Wanda
Isto sim, é um Open
Se a troca de camisolas, entre tenistas, se torna um hábito, estou certo que o número de espectadores subirá em flecha...
Ginásios, para quê?
Muitas pessoas se perguntarão porque não haveria Ginásios nos longínquos Anos 50. Este documento, raro e precioso, parece dar-nos a resposta a tão pertinente questão. Ora observem... Para os mais curiosos, a música de fundo é de Bill Halley and his Comets.Uau !!!
Enviado por Contessa
segunda-feira, 30 de março de 2009
A Revolução dos Lápis
Definiram-se objectivos...
...Estabeleceu-se a hierarquia necessária
e a cadeia de comando.
A Paisagem da Vizinha
sinuoso e, por vezes, inútil.
Mas uma vez percorrido, é ver ali
uma auto-estrada de oportunistas,
buscando dividendos
e apregoando mecenatos.
Paisagem: do francês Paysage.
Extensão de território que se abrange num só lance de vista;
panorama; vista;
espaço geográfico com determinadas características.
"...Já morei em vários locais, sempre na mesma cidade.
Também passei infâncias e adolescências em casas de férias,
de avós ou, mais recentemente, minha.
Em qualquer uma delas, habituei-me a olhar pela janela
e chamar ao que via paisagem.
Pode ser um risco essa decisão, vim a perceber mais tarde,
quando confrontei o conceito geográfico de paisagem
com aquele retrato ambíguo,
emoldurado pela janela do meu quarto.
É que a definição sugere uma certa, se não harmonia,
pelo menos unidade; refere “determinadas características”
que, tomadas de levezinho podem, de facto, ser quaisquer umas.
Mas se formos mais puristas não é estranho concluirmos
que essas características deverão ser definidoras
de uma certa matriz, envolvendo objectos, floras, arquitecturas,
aparentadas entre si, como uma família.
Já os conceitos que assimilámos de forma intuitiva raramente
Não admira, pois, que a Paisagem tenha sido um elemento
Não raras vezes saí de casa, de caneta em riste e bloco à bandoleira,
Se assim for – e pela minha própria experiência diria que sim – importaria saber o que leva o artista a seguir convenções pseudo-sociais em detrimento de seguir o instinto observador que, em princípio lhe dá razão, e em fim lhe trará alento. O caminho da arte é sempre duro, sinuoso e, por vezes, inútil. Mas uma vez percorrido, é ver ali uma auto-estrada de oportunistas, buscando dividendos e apregoando mecenatos.
Frase do Dia
Nunca assinam nada, sem terem um terço na mão.
Enviado por Contessa
Slideshow
com uma tesoura na mão:
Depois seguiu-se
“- E quem é o Papá? Quem é ?”,
“- É mesmo a minha cara, não é?”.
Durante algum tempo, passava muitas horas a dormir.
A imagem mais recorrente, dessa altura,
Mas avancemos, com a projecção, porque não podemos
Colheres de papa, lenços de papel no nariz,
A professora a olhá-lo nos olhos “-Tem cara de esperto!”.
A bolada na testa, o murro no nariz,
O quadro preto, o caderno diário, os desenhos e os problemas.
O projector a mostrar todos os dias os mesmos slides,
mas de repente – um bolo rei, o presépio, a árvore de Natal,
Ou então, quando chegava o Verão
E depois, a imagem no espelho a rapar os pelos do bigode.
A primeira boca a aproximar-se da sua. Uma língua…
Roupa a ser dobrada e metida na mala.
As árvores a passarem muito depressa.
As ruas e as luzes da cidade grande.
O néon da pensão manhosa. A menina da recepção.
A escada da universidade. As praxes. Os docentes.
O sexo sem graça. Pormenores de corpos misturados .
Os seios das colegas. As nádegas da recepcionista.
Torso duma, pernas doutra, rostos nebulosos,
O diploma. A placa a dizer “Sr. Doutor”.
A aliança. A festa do casamento. Os sapatos apertados.
O bolo de noiva. O sogro a discursar. Os amigos aos vómitos.
A lua de mel na Costa Rica.
A primeira filha. Sardenta como a mãe.
O rapaz há muito esperado. Muitas fotos de bebés.
O apertar de mãos. Os envelopes com dinheiro. O cofre no banco.
O colar para a mulher. O relógio suíço. A casa nova.
Imagens rápidas, muito rápidas. A amante brasileira.
Flashes de sexo como nunca tinha visto. Uma tontura.
O desmaio. O branco do hospital.
Um cirurgião. Um bisturi. Uma máscara sobre o rosto.
A última imagem que viu, foi a de uma senhora de branco.
“- Não respira, desliguem a máquina”.
E depois o écran ficou ás escuras…
Érre Érre
Preços sensacionais na TAP
Fonte - Herberto Helder
a grande fonte
em que todos pensaram. Quando no campo
se procurava o trevo, ou em silêncio
se esperava a noite,
ou se ouvia algures na paz da terra
o urdir do tempo ---
cada um pensava na fonte. Era um manar
secreto e pacífico.
Uma coisa milagrosa que acontecia
ocultamente.
Ninguém falava dela, porque
era imensa. Mas todos a sabiam
como a teta. Como o odre.
Algo sorria dentro de nós.
Minhas irmãs faziam-se mulheres
suavemente. Meu pai lia.
Sorria dentro de mim uma aceitação
do trevo, uma descoberta muito casta.
Era a fonte.
Eu amava-a dolorosa e tranquilamente.
A lua formava-se
com uma ponta subtil de ferocidade,
e a maçã tomava um princípio
de esplendor.
Hoje o sexo desenhou-se. O pensamento
perdeu-se e renasceu.
Hoje sei permanentemente que ela
é a fonte.
Herberto Helder
Mulholland Drive - David Lynch
Onde começa o sonho e termina a realidade?O que inicialmente era para ser uma série televisiva, à boa maneira da emblemática e viciante Twin Peacks, e que teve direito até a um episódio-piloto, transformou-se num filme com uma beleza exuberante, desempenhos fascinantes e um enigma que não nos é dado desvendar mesmo após o The End aparecer. O realizador de No Céu tudo é perfeito(1977),Veludo Azul(1986), Um Coração Selvagem(1990) ou Estrada Perdida(1997) no máximo da sua confusão, surrealismo e sensualidade que transformam esta película numa obra intrigante e magnífica que fez os meus encantos, neste fim-de-semana. A ver por quem não conhece, a rever por quem jamais a esquece...
domingo, 29 de março de 2009
18ª Ladra Alternativa/09
A Ladra Alternativa procura evidenciar o trabalho dos criativos portugueses em áreas como a joalharia, pintura, roupa, fotografia, objectos decorativos e os mais variados
Aliada à criatividade dos produtos mantêm-se também a preocupação da reutilização e da reciclagem de materiais.
Porque não estás?
os teus sonos irrequietos
das noites dos primeiros
tempos, quando ainda
faltavam quatro horas
para que
também eu acordasse.
Lembro o cheiro da tua pele,
a doçura dos teus abraços,
a alegria transformada em sorriso com que os lábios beijavam todos os dias.
Como um ribeiro fresco arrefecias a minha vontade de tudo querer fazer ao mesmo tempo.
Lembro-me de ti nas minhas primeiras guerras vitoriosas, nos jogos em que ganhava sempre e só mais tarde descobri que estavam viciados por amor.
Vivo agora um rio vazio quando sinto a tua ausência, quando estás esquecida no teu mundo que já não é nosso, quando me atiras com palavras até então desconhecidas ou quando caminhas sem me querer ao teu lado.
Convivo mal com a bicicleta cor de sangue que me deste e ainda tenho, com o Taihti pintado por Gaugin ou Diego Rivera que tu sempre adoraste, com as fotografias de Marraquexe repletas de cores e cheiros diferentes que ambos fizemos.
Lembro-me de ti, Mãe, sempre, mas já não suporto a dor das recordações. Quero-te!
Procuro-te continuamente e perco as forças, perco o ânimo, pergunto-te, pergunto-me porque não estás?
Quin
New York, I Love You
Existem três Cidades na minha Vida - Lisboa, a dos Afectos; Rio, a dos Sentidos; Nova Iorque a de Tudo o Resto...
Silêncio entre o Casal
decidiu não falar um com o outro, durante uns tempos.
Mas de repente, o homem lembrou-se de que no dia seguinte
iria precisar que a sua mulher o acordasse às 5:00 da manhã
pois tinha um voo de negócios que não podia perder.
Não querendo ser o primeiro a quebrar o silêncio,
escreveu a seguinte mensagem num papel,
"Por favor acorda-me às 5 da manhã".
Depois foi só deixar o bilhete preso
no espelho da casa de banho.
Na manhã seguinte, o homem ao acordar,
descobre que já são 9h e que perdeu o avião.
Furioso, levanta-se e quando ia perguntar à mulher
porque é que esta não o tinha acordado,
reparou num bilhete deixado na cabeceira da cama.
O papel dizia,
"São 5:00 horas. Acorda!" .
O Juca no Jô
No outro dia, a propósito de coisa nenhuma, como é hábito por estes lados, falou-se no Juca Chaves. Fiquei com vontade de encontrar algum material interessante para postar por aqui mas quando parti para a "investigação" deparei-me com um vazio quase absoluto. O pouco material que encontrei referia-se,apenas, ao festejo dos 50 Anos de Carreira do Menestrel ( como é uso chamá-lo) com algumas entrevistas,à mistura, sobre o tema. Em simultâneo, descobri também vídeos da Campanha para Senador(?) em que o Cantor/Humorista se envolveu recentemente. E ainda por cima por um Partido Democrata Cristão, o que não augura nada de bom. Acabei por escolher uma parte do Programa do Jô Soares, em que, antes, Juca dá uma extensa entrevista, sem grande graça. Aqui fica então o fim desse mesmo programa, com a noção de que não fará inteira justiça ao irreverente e sarcástico artista brasileiro.
Para os mais Distraídos...
sábado, 28 de março de 2009
O Desporto faz mal à Saúde
A Alma toda satisfeita com a leitura de um bom livro,
com a visão de um entusiasmante filme
ou ao escutar uma música inesquecível.
E o Corpo, são da Vida, estendido num sofá, enterrado numa poltrona
ou estirado nas areias de uma qualquer praia tropical
ou, mesmo, algarvia, que eu não sou de gostos caros.
Esta sempre foi a minha interpretação da frase e, pensava eu,
até há pouco tempo, a única possível...
Porém os meus Filhos, erros da puberdade,
não pensam como eu.
Ginástica, Desporto Escolar, Natação, FutSal,
Futebol e Ténis, são o pão nosso de cada dia...
Não percebo como é que não vão de touca para o Ténis,
raquete para a Ginástica e bola para dentro da Piscina.
Hoje foi a vez do Afonso
participar num Torneio de Ténis.
A ventania era de tal ordem
que os jovens competidores, rapazes e raparigas,
poderiam ter jogado sózinhos,
desde que lançassem a bola contra o vento.
A última vez que fui a um jogo de FutSal fiquei constipado durante três semanas.
Se desta vez, fôr parar à cama, de novo, já sabem...
A culpa foi do malvado do Desporto.
Publicidade ABSOLUTamente Fantástica
é também uma forma de Arte
ficam aqui alguns anúncios ABSOLUTos.