Adorava comida de plástico.
Mas da genuína. Da de plástico, mesmo.
Sabia quais os pratos mais finos e delicados.
Por exemplo, os pratos do Burguer King, feitos em poliestireno
na Coreia do Sul, eram muito mais saborosos que os mais espessos,
em polipropileno, da Pizza Hut,
importados em contentores, directamente de Saigão.
Já nos copos, os mais requintados sem sombra de dúvida,
que quase se desfaziam na boca, pertenciam à rede
de fast food Cantina Mariachi, com um ligeiro toque picante
que deveria vir das especiarias mexicanas ou, então,
da nitrocelelulose.
Os do McDonald's não eram maus mas já não eram bem de plástico,
eram mais de papel plastificado com moldagem por compressão,
o que, convenhamos, para um gourmet...
Agora andava a especializar-e se em talheres.
de plástico, folmaldeído, como é óbvio.
Colheres e facas já tinha as suas preferidas.
As do Starbucks que, ainda por cima, vinham envoltas
em cheiro a café da Colômbia.
Com os garfos é que ainda tinha problemas.
Arranhavam-lhe a garganta...
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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A luta contra a fast food que tanto mal faz às nossa crianças, e também aos adultos, é uma das minhas bandeiras e já tenho obtido algumas vitórias significativas que passam pelo encerramento de duas unidades da tal chamada comida de plástico.Porque não alargar essa batalha a mais pessoas?
ResponderExcluirEstive sempre esperando que como amigo dos cariocas falasse no Bob's.
ResponderExcluirEstória bem legal.
E já experimentou os guardanapos?
Ainda pensei mostrar aos meus filhos mas depois arrependi-me. Ainda eram capazes de começar a comer os talheres...
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