A sua vida e obra foram passadas entre hotéis de luxo, automóveis descapotáveis, amores bissexuais e amizades célebres – D'Annunzio, Greta Garbo, Picasso, Jean Cocteau e André Gide, entre outras celebridades da época.
Era uma vida faustosa que camuflava o abuso de cocaína, a depressão, as dificuldades nas relações familiares e, por fim, a solidão.
Tamara de Lempicka, Maria Górska, por nascimento, que ocorreu em Varsóvia, no seio de uma família abastada , pai advogado e mãe figura da sociedade, viria a mudar-se para Paris, quando tinha cerca de vinte anos, onde estudou Pintura.
Com um talento natural, progrediu rapidamente e, pouco tempo depois, já expunha os seus trabalhos em várias galerias.
Tamara desenvolveu, então, um estilo único e ousado (definido por alguns como "cubismo suave"), que utilizava os ideias do modernismo de vanguarda da art déco.
em 1925, para a qual pintou 28 novas obras em, apenas, seis meses.
Rapidamente tornou-se uma das mais importantes artistas da sua geração, tendo retratado membros da nobreza europeia e da alta sociedade, onde estava integrada.
Famosa pela sua beleza física, era abertamente bissexual e os seus casos com homens e mulheres causaram grande escândalo à época, mas serviram para divulgar, ainda mais, a sua Pintura que misturava o classicismo e sensualidade de Ingres com a depuração de Cezanne e o cubismo, atenuado, de Picasso.
Lempicka pintou, quase sempre, mulheres e os poucos homens aparecem, apenas, como complementos desses quadros femininos.
Em 1962, deixou de pintar e mudou-se , primeiro para Houston, no Texas, e em 1978 para Cuernavaca, no México, aonde viria a falecer, em 1980.
Lempicka pintou, quase sempre, mulheres e os poucos homens aparecem, apenas, como complementos desses quadros femininos.
No entanto, retratou também alguns big shots da época, mas que não têm grande relevância no conjunto geral da sua obra.
Em 1962, deixou de pintar e mudou-se , primeiro para Houston, no Texas, e em 1978 para Cuernavaca, no México, aonde viria a falecer, em 1980.
Conforme expresso no seu testamento, as suas cinzas foram dispersas, pela filha Kizette, retratada em inúmeros quadros, e o Conde Giovanni Agusta, sobre o vulcão Popocatepetl.
Para quem passou pela vida como uma força da natureza, vulcânica e impetuosa, não poderia haver melhor final.
Estou farto de ver inúmeras reproduções destes quadros mas não fazia a mínima de quem era o autor ou autora.
ResponderExcluirMais uma vez, aprendi alguma coisa, nestas visitas, de que se sai sempre mais rico.
Sempre me fascinou a Lempicka.Entre a futilidade e a transgressão era de facto, como diz Galo, uma força da natureza que fez a diferença e deu o seu contributo à pintura.
ResponderExcluirPergunto-me porque não faz esta fascinante figura parte do programa de História da Arte nas escolas portuguesas...
ResponderExcluirFiz 9 anos de História da Arte / História da Arquitectura, entre liceu e faculdade e nunca, mas nunca, me foi apresentada uma figura de proa feminina nas belas artes!
Até as obras de Eileen Gray me foram apresentadas como sendo de Le Corbusier!
Já agora, Galo, que tal um post sobre ela?
Vai-me dizer que também já fez há uns meses e eu não vi, né?
“ Para aqueles que, como eu, vivem à margem da sociedade, as regras habituais não têm qualquer valor”
ResponderExcluirTamara de Lempicka (1898 - 1980)
A mistura do ambiente tertuliano, com as informações bem dispostas e com artigos como este sobre esta pintora, que eu desconhecia , é que me fazem vir todos os dias a este ponto de encontro.
ResponderExcluirCada dia melhor.
Tamara, te amo de morrer
ResponderExcluirOutra bi-polar...
ResponderExcluirE não digo isto com conotação depreciativa, pelo contrário.