sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vejo-te em toda a Cidade

Vejo-te nas texturas das estátuas, das cantarias, das calçadas.
Adivinho-te nos vãos de escada, nas sombras dos prédios.
Desenho-te nos reflexos espelhados das vidraças, nos brilhos dos carros.
Cheiro-te na copa das árvores, nas fragâncias dos canteiros, nos arbustos.
Imagino-te no esguio das torres, no andar dos felinos, num esvoaçar de asas.
Lembro-te no laranja quase nocturno do sol, no negro azul da noite.
Ouço-te no deslizar de um eléctrico, no soprar de uma aragem.
Desejo-te numa bancada de fruta, nas gotas da chuva súbita, no luar.
Descubro-te disfarçada de janela, de porta, porto de embarque.
Vejo-te em toda a Cidade...

5 comentários:

  1. Essa da bancada de fruta é bem pensada.

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  2. Se não tem sensibilidade para perceber não comente.

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  3. Fruta é bem sensual.Já viu o seu amor comendo manga e o suco escorrendo...uau, que calor!!!
    Todo o poema é bem sensual. Vou copiar, fazer xerox e enviar para minhas amizades coloridas.

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  4. Só eu não sei por onde andarás tu, minha doce Pamina.
    Há dias que não leio nem sequer um pequeno comentário. Vais voltar?

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