sexta-feira, 24 de abril de 2009

I want to see your Bag = Yo soy Hija de Puta

Este pequeno e bem humorado vídeo, que a Quimera nos enviou, retrata bem como muitos americanos, principalmente os chamados redneck, tratam os empregados latinos ( com ênfase especial nos mexicanos). Vivi em Houston, Texas, durante um breve, felizmente, período de tempo e pude constatar situações semelhantes, inúmeras vezes...

6 comentários:

  1. Claro que os americanos, do norte, como imperialistas que são, encaram todos os outros povos como inferiores e nascidos aprenas para servirem os seus interesses.

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  2. Very Good = Gringos de Merda

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  3. Apesar de andar com os minutos contados e de frequentar menos assiduamente a Capoeira, não posso deixar de comentar este post. Porque aqui se fala de preconceitos e por isso considero ter responsabilidades acrescidas, enquanto dinamizadora de um blog que pretende contar histórias contra a exclusão social e cultural. Mas este não é um tema simples. Nem que se analise rapidamente...

    Quando vi este vídeo lembrei-me imediatamente de um outro a que assisti na Faculdade, sobre estereótipos. Nos anos 70, uma professora primária de uma escola segregacionista no interior dos EUA, num estudo que roçou os limites da ética profissional, dividiu a turma de alunos em "meninos de olhos azuis" e "meninos de olhos castanhos". Durante um dia inteiro um grupo sentiu-se cognitivamente inferior e o outro usou e abusou da sua suposta superioridade intelectual. No dia seguinte, inverteram-se os papéis.

    A professora filmou. Debateu a "brincadeira" com eles. Reuniram-se passados 10/20 anos e os testemunhos destas crianças, agora adultas, são brutais. E brutal é o único adjectivo que me ocorre para descrever esta experiência, o impacto que teve nas pessoas envolvidas e nas ciências humanas. Mas também em mim, que assistia à aula e estudava estes assuntos...

    Não consigo encontrar as referências na net. Varreram-se-me os nomes todos. Mas fica aqui a promessa de um destes dias procurar à maneira antiga, desempoeirando as sebentas antigas da faculdade.

    O que o estudo demonstra é que, e novidades???, os preconceitos, os estereótipos, o racismo e a xenofobia são fenómenos sociais. Não nascem connosco, são-nos transmitidos pela Educação (aqui no seu sentido amplo).

    E, por isso, muitas vezes me pergunto se não tivesse sido educada para não ter medo de conhecer o Outro (para lá dos preconceitos que existem na minha cabeça, que tenho e muitos!), alguma vez estaria a passar pelas experiências que me têm acontecido ultimamente? E teria perdido todas as oportunidades de conhecer pessoas ciganas extraordinárias e de aprender com elas...

    Porque ideias pré-concebidas, todos as temos. Mais importante é termos consciência que as temos e estarmos disponíveis para as desmontar.

    E já vai longo... Deixo um desafio matemático, para quem se quiser entreter. E, nem de propósito, sobre capoeiras...

    "Num galinheiro existem 20 galinhas. Vai lá um cigano e leva 10. Quantas ficam?"

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  4. Trinta!!!

    Também sou preconceituoso... a primeira conta deu-me 10!

    Belo comentário!

    Grato.

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  5. A mim, num primeiro relance, também me deu 10.
    Não foi por serem ciganos, mas por serem humanos...
    Cada vez acredito menos nesta raça, na qual me incluo e, cada vez mais, com poucas e honrosas excepções a confirmarem a triste regra.
    Infelizmente, basta ver um Noticiário, ler um Jornal ou, no nosso caso concreto, sair pela cidade, a guiar um carro, em hora de ponta...
    Cada vez com maior frequência, o Outro, é apenas Eu...

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  6. "Todos os animais são iguais...
    mas alguns são mais iguais que outros."

    Actualíssimo, Orwell em 1945.
    Será que os porcos vieram para ficar?

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