quarta-feira, 29 de abril de 2009

Puedo escribir los versos mas tristes esta noche...


Assim como os Brasileiros adoram, e com razão, Fernando Pessoa, nós Portugueses, temos uma especial predilecção por Pablo Neruda. Aqui fica este vídeo que descobri nas minhas pesquisas.

5 comentários:

  1. Ouvir Neruda em espanhol, logo de manhã...
    Obrigado Galo !!!

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  2. Um assombro de palavra escrita, num casamento perfeito com a palavra dita.
    Ouçam bem esta preciosidade! Arrepiante!

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  3. Na Poesia, onde os Comunistas abundam,
    aceita-se melhor o seu talento talvez por os julgarem inofensivos.
    Mas a Poesia pode ser, é-o muitas vezes, uma Arma, como foi provado por Lorca, Neruda, Zeca Afonso, Ary dos Santos, entre muitos outros.

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  4. "A timidez é uma condição alheia ao coração, uma categoria, uma dimensão que desemboca na solidão."

    Escuche a Neruda recitar algunos de sus famosos poemas.

    http://www.neruda.uchile.cl/obra/obra3.htm

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  5. No mail:

    "Por que te mando isto? Porque sim!


    O."



    Morre lentamente
    quem se transforma em escravo do hábito, quem
    repete os mesmos trajectos, quem não se arrisca, quem não conversa com quem não conhece.


    Morre lentamente
    quem prefere o preto no branco e os pontos nos "is",quem evita uma paixão, justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os tropeços dos corações


    Morre lentamente
    quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca atrás de um sonho,
    quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
    fugir de conselhos sensatos.


    Morre lentamente
    quem não viaja,
    quem não lê,
    quem não ouve música,
    quem não encontra graça em si mesmo.


    Morre lentamente
    quem destrói o seu amor-próprio,
    quem não se deixa ajudar.


    Morre lentamente,
    quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
    ou da chuva incessante.


    Morre lentamente,
    quem abandona um projecto antes de o iniciar, quem
    não pergunta sobre o que desconhece, quem
    não responde sobre o que sabe.



    Evitemos, pois, a morte em doses suaves!




    PABLO NERUDA

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