No aeroporto holandês onde entrou o terrorista nigeriano do voo para Detroit havia scanners de corpo inteiro que teriam descoberto os explosivos com que ele tentou rebentar o avião.
Havia, até, 15 scanners.
Supermodernos, capazes de olhar para lá da roupa e vasculhar tudo.
Esse tudo é que foi o problema.
Os scanners existem mas não se usam, por pudor.
O passageiro passa pelo scanner de corpo inteiro e o corpo inteiro vê-se no ecrã do computador da segurança.
E isso é um horror, como se sabe...
Por exemplo, Ian Dowty, um advogado britânico dos direitos das crianças, da organização Action on Rights for Children, considera que fazer passar um menor de 18 anos pelo scanner viola as leis contra a pornografia infantil.
Daí, os scanners estarem explicitamente proibidos aos menores, na Grã-Bretanha.
E eu que pensava que não havia nada mais pornográfico do que um corpo de criança rebentado por uma bomba.
Além de que, a haver a excepção infantil, ela vai dar ideiazinhas aos radicais islâmicos: suspeito que vão aparecer portadores de bombas inocentes e sem direito a prémio de 70 virgens.
Em todo o caso, a oposição aos scanners faz-me lembrar as minhas iniciais reticências a mostrar as meias nos aeroportos.
Hei-de tirar o resto da vergonha como já tiro os sapatos.
Ferreira Fernandes
sábado, 2 de janeiro de 2010
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De facto a estupidez e a parvoice invadiu a mente daqueles que se arrogam como unicos defensores das prioridades do ser humano.Ver um avião como caixão de dezenas ou mesmo centenas de inocentes não é importante, o que importa é não se ver as "vergonhas" de quem passa num moderno equipamento e que só um ou dois funcionários se encontra operando.Podemos aceitar isto ?
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