A Ariehen Sekai (televisão de Tóquio, cheguei lá pelo blogue 31 da Armada) entrevistou o cirurgião plástico sul-coreano Kim Sung-min, conhecido por não gostar da fadista Hermínia Silva.
A notícia tem alguma relevância porque, sabe-se, o Japão é dos países onde o fado é mais apreciado.
Apesar disso, Sung-min foi à televisão japonesa dizer que ganha a vida a tentar sabotar a velha Hermínia.
Na sua clínica Imi Plastic Surgery, ele acolhe os jovens que querem mudar de cara nas entrevistas para emprego.
Uns toques cosméticos, sublinhando, reduzindo, torna-os mais confiantes.
Às vezes, disse o cirurgião, eles voltam, três anos depois, para repor a cara original.
Esse regresso deveria ter prevenido Kim Sung-min: o que tem de ser tem muita força.
Apesar disso, ele aceitou - e essa originalidade levou-o à televisão e a esta crónica - passar a outra fase: agora ele muda as linhas da palma da mão.
Ele traça na mão dos clientes as linhas que melhor sorte lhes dêem no emprego.
Homem de demasiada fé, este cirurgião sul-coreano!
Como se o "reza-te a sina nas linhas traçadas na palma da mão" pudesse ser contrariado.
Como se a sina não tivesse de ser cumprida "quer queiras quer não".
Como se as palavras fatais de Hermínia Silva pudessem ser apagadas por um bisturi.
Ferreira Fernandes in Diário de Notícias
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ó Pacheco, tás a ver isto ?
ResponderExcluirComo se um qualquer japona pudesse deitar abaixo a minha inconfundivel voz e presença !
Estas palavras da Dona Herminia captei-as na onda média dos sonhos , recordando uma figura inesquecivel e de forte personalidade, apesar dela própia confessar as suas fraquezas no campo da cultura.
Uma modéstia que hoje desapareceu do mundo dos artistas.