terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Livros em papel, 'espécie' em vias de extinção

2009, o ano de viragem no mundo dos livros electrónicos, originou uma data histórica - no Dia de Natal a Amazon, pela primeira vez, vendeu mais livros electrónicos do que livros em papel...A Amazon informou, igualmente, que o Kindle (o mais conhecido leitor de e-books no mercado) foi o produto mais vendido durante a época natalícia.
Ao todo, a Amazon tem 390 mil livros electrónicos disponíveis, muitos dos quais best-sellers. Para comprar estes livros não é necessário ter um Kindle.
Os e-books podem ser lidos num iPhone ou iPod Touch ou simplesmente num computador.
Em todos esses casos, é necessária uma aplicação da Amazon.

Portanto, comece a olhar com um sentimento de saudade para as belas lombadas dos livros que, quais cogumelos, se espalham pelas nossas casas enchendo estantes, prateleiras, caixas e caixotes, garagens e arrumações - são uma espécie que, mais ano, menos ano, será olhada como os discos de 78 rotações, os telemóveis tijolo ou as grafonolas, o são agora.
E aquele conto da Pinta ( em que uma fulana fica muito decepcionada por, numa primeira visita ao apartamento de um mancebo, não vislumbrar nenhum livro) deixa de ter razão de ser, porque os livros, milhares deles, poderão estar arquivados no computador, no iPod ou em qualquer iPhone.
Le Livre est Mort, Vive le Livre ( electronique)...

5 comentários:

  1. EStou apavorado, emm panico mesmo ! O paulatino desaparecimento do papel, agora em livros mais tarde sabemos lá em que outros suportes, colocará dilemas, direi mais, verdadeiros trilemas especialmente no campo da higiene pessoal !
    Alguem já pensou na solução ?

    ResponderExcluir
  2. Eu consigo (mas normalmente não me apetece...) ler e-books e qq. outra coisa na i-net.

    Não compro raspas de coisa nenhuma, já me chega pagar a pôrra da conexão/ligação/wtf à intermete, gracias Herman.

    Não é preciso ter Kindle nem coisa nenhuma, há "n" bibliotecas disponíveis on-line, vcs. são tontos ou o quê ??

    ResponderExcluir
  3. Eu sinto-me uma privilegiada por ter vivido nesta década, e espero que na próxima, em que o mundo mudou, muito por via da tecnologia, para o bem e para o mal. Sobretudo por se tratar de mudanças muito visíveis e quase sempre de efeitos imediatos.Não temos mais de esperar anos para sentir o efeito de uma mudança.
    Agora, esta cena do e-book põe-me nervosa.Gosto de manusear os livros, de os cheirar, gosto quando o livro me escorrega das mãos e adormeço. Assim sendo, penso logo em possíveis vantagens da nova tecnologia e a primeira que me ocorre é que pode levar as novas gerações a ler, coisa que hoje não faz.
    E se a Pinta reescrever o conto talvez descreva qualquer coisa do tipo: "e no ecrã dele, nem um único e-book..."

    ResponderExcluir
  4. Q. entendo-te perfeitamente, todavia nota isto: os miúdos não são como nós.


    Gostam de casas despojadas, sem livros a atravancar o espaço disponível, gostam de 'multitasking' (coitado do meu Pai, ele era aluno de 19 e 20 e dixia que só conseguia faxer bem uma coisa de cada vez...) e estão-se nas tintas para manusear e cheirar seja o que fôr...

    Esta tecnologia está no sabor dos tempos que correm, é assim. E bem vistas as coisas, pelo menos poupa-se em árvores...


    Aqui fica um book já antiquiquinho que eu só li porque estava online aqui ....

    Acontece.

    :-S

    ResponderExcluir
  5. Acho mesmo que não me fiz entender, Alvega.
    Que os miúdos não são iguais a nós, e ainda bem, é algo com que me confronto todos os dias.
    Que esta tecnologia está de acordo com os tempos que correm sei-o muito bem e mais: não quero contrariar os tempos que correm!Comecei por dizer que me sinto uma privilegiada por viver nos tempos que correm.
    Continuo a gostar de livros em papel.Porém!

    ResponderExcluir