Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris,
ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação
com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo,
que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come,
se passeia, se ama,
se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Os votos do "Galo" para 2010
Que em 2010 consigam realizar, pelo menos,
um dos sonhos que não conseguiram concretizar este ano.
Que tenham Amigos com quem trocar cumplicidades e afagos.
Amores, que transformem a vossa condição de humanos
em quase Deuses.
Que sintam Prazer ao ler um Livro, ao ver um Filme,
ao beber um Vinho.
Que o Prazer, físico e intelectual, vos acompanhe,
aliás, durante todo o Ano.
Que o estarem mais velhos um ano não seja um problema.
Que, em vez disso, se sintam um Ano mais ricos.
Que vivam todos os dias como se fossem o último mas,
sem esquecer que cada um deles "é o primeiro dia
do resto das vossas vidas".
Que apreciem o vento frio na cara, ao passearem
por uma praia deserta e invernosa.
Que inspirem profundamente o cheiro de um assado
a sair do forno.
Que gostem de manusear as páginas de um livro
e, depois, as palavras do mesmo.
Que se emocionem com o som de uma canção que vos faz
recuar no tempo, mas mantenham essa mesma capacidade
de emoção para com uma obra que ouvem pela primeira vez.
Que não estagnem nas vossas preferências,
mas estejam abertos a novas experiências, a novas descobertas,
ao contacto com outras gerações.
Que sejam críticos, mas não rezingões.
Que sejam modernos mas não moderninhos.
Que se mantenham actuais sem serem escravos da moda,
do politicamente correcto, do que está a dar.
Que não se importem de mostrar que não sabem,
que continuem a querer aprender todos os dias.
Que gostem de discutir o sexo dos anjos,
a salvação do mundo.
Que, além de discutirem o sexo dos anjos,
gostem, cada vez mais, de sexo.
Que mantenham alguma coisa de Maio de 68,
de Woodstock dentro de vós,
mas não excluam o Rock in Rio ou o Super Bock.
Que tenham espaço nas vossas estantes para o Paul Auster
e para o MEC.
Que continuem a gostar de descer a 5ª Avenida
e a passear no Largo do Salvador, em Alfama.
Que todos os dias de 2010, em cada uma das 365 manhãs,
tardes ou noites, sintam que é um prazer estarmos vivos,
que é um previlégio termos à nossa volta as pessoas
que nos são queridas e para quem nós próprios somos,
igualmente, importantes.
...Estes são os votos do "Galo" para 2010 !!!
um dos sonhos que não conseguiram concretizar este ano.
Que tenham Amigos com quem trocar cumplicidades e afagos.
Amores, que transformem a vossa condição de humanos
em quase Deuses.
Que sintam Prazer ao ler um Livro, ao ver um Filme,
ao beber um Vinho.
Que o Prazer, físico e intelectual, vos acompanhe,
aliás, durante todo o Ano.
Que o estarem mais velhos um ano não seja um problema.
Que, em vez disso, se sintam um Ano mais ricos.
Que vivam todos os dias como se fossem o último mas,
sem esquecer que cada um deles "é o primeiro dia
do resto das vossas vidas".
Que apreciem o vento frio na cara, ao passearem
por uma praia deserta e invernosa.
Que inspirem profundamente o cheiro de um assado
a sair do forno.
Que gostem de manusear as páginas de um livro
e, depois, as palavras do mesmo.
Que se emocionem com o som de uma canção que vos faz
recuar no tempo, mas mantenham essa mesma capacidade
de emoção para com uma obra que ouvem pela primeira vez.
Que não estagnem nas vossas preferências,
mas estejam abertos a novas experiências, a novas descobertas,
ao contacto com outras gerações.
Que sejam críticos, mas não rezingões.
Que sejam modernos mas não moderninhos.
Que se mantenham actuais sem serem escravos da moda,
do politicamente correcto, do que está a dar.
Que não se importem de mostrar que não sabem,
que continuem a querer aprender todos os dias.
Que gostem de discutir o sexo dos anjos,
a salvação do mundo.
Que, além de discutirem o sexo dos anjos,
gostem, cada vez mais, de sexo.
Que mantenham alguma coisa de Maio de 68,
de Woodstock dentro de vós,
mas não excluam o Rock in Rio ou o Super Bock.
Que tenham espaço nas vossas estantes para o Paul Auster
e para o MEC.
Que continuem a gostar de descer a 5ª Avenida
e a passear no Largo do Salvador, em Alfama.
Que todos os dias de 2010, em cada uma das 365 manhãs,
tardes ou noites, sintam que é um prazer estarmos vivos,
que é um previlégio termos à nossa volta as pessoas
que nos são queridas e para quem nós próprios somos,
igualmente, importantes.
...Estes são os votos do "Galo" para 2010 !!!
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Amigos do Galo,
Divagando se vai Longe
Era uma vez um Homem
Mini Série de 8 Episódios ( 8/8)
Quando retomei a consciência olhei à minha volta.
Estava, de novo, na sala de reuniões da Agência. Os outros sete participantes da reunião olhavam-me com um ar entre o espantado e o interrogativo.
Arthur King, meio soerguido, no cadeirão Stark de cabedal preto, parecia mesmo ir perguntar-me alguma coisa.
Num ápice, tomei uma decisão.
Deixei cair, com ênfase, o dossier que andara a preparar tão cuidadosamente e dirigi-me a todos os presentes, olhando na direcção dos representantes do Cliente.
“Queremos que esta Campanha entre nos anais da História da Publicidade.
Que ganhe todos os Prémios que há para ganhar. Que seja falada no dia a dia das pessoas, nos cafés e nos empregos, nos transportes públicos, nos blogs e nas redes sociais mas, principalmente…queremos que Excalibur se torne líder de Mercado e que vocês” olhos nos olhos com o Cliente” alcancem lucros fabulosos!”
Senti que tinha agarrado a pequena audiência ( só o da Media, o Tavares, é que apresentava um ar de reprovação), por isso continuei, falando enquanto percorria a sala parando junto a cada um dos sete espectadores.
“ A campanha será dividida em 7. Sete filmes para Televisão, sete anúncios para Imprensa, sete outdoors…” as ideias surgiam-me em catadupa “os Actores serão sempre os mesmos, mas desempenharão papéis diferentes em épocas e situações muito distintas.”
E após uma breve interrupção, de segundos” Começaremos numa Agência de Publicidade, mas a seguir viajaremos até Camelot, à Corte do rei Artur e dos seus cavaleiros da Távola Redonda.”
Comecei a vislumbrar os primeiros sorrisos de aprovação” Passaremos depois por Miami, na actualidade, pelo Mundo do Boxe nos Anos 60, viajaremos ao Futuro, ao dia a dia de um astronauta, retrocederemos no tempo, até ao Faroeste e à Paris boémia dos Pintores famosos.”
O Director de Cinema e TV, não resistiu a aplaudir-me. Continuei…
“ Com Excalibur leve no bolso, de Presente, o Futuro…e o Passado!”
Agora, foi a vez do meu boss soltar um “Bravo!”. Agradeci.
“ Excalibur a Robustez de um Pugilista, a Tecnologia de um Astronauta, a Diversidade de um Playboy, a Rapidez de um Pistoleiro, o Cromatismo de um Pintor, a Nobreza de um Cavaleiro…a Criatividade de um Publicitário !”
Agora sim, todos os presentes ( todos, não, o ruço olhava para as unhas) se levantaram, clientes incluídos e deram-me os mais calorosos parabéns.
Com ar modesto, concluí “ Exacalibur o touch screen com 7 vidas !”
Depois dos representantes terem dado a sua aprovação incondicional à Campanha e terem saído, reiterando os seus aplausos, fiquei sozinho na sala com o Administrador delegado que me informou, em primeira mão, ir regressar à sua terra natal e ir-me propor como seu substituto.
“Até hoje estava na dúvida entre si e o Zé Tavares, da Media, mas esta sua apresentação mostrou uma segurança , um brilhantismo que fez pender o balança, sorry, a balança para o seu lado. Congratulations…”
Quando saí da sala, meio atordoado com tanta agitação deparei que a minha secretária, a Cláudia, tinha um sorriso de orelha a orelha ( ouvira, certamente, tudo o que se passara pelo intercomunicador que tinha na secretária).
Um pouco mais afastada, Mrs. Guinny King, a mulher do meu Administrador quase deitada num sofá de pele, mostrava as sua longas pernas que me lembravam, perturbantemente, as da Belucci.
Nesse momento, foi como se todas as luzes explodissem em miríades de pirilampos, senti um arrepio percorrer-me a espinha, uma vertigem e…
Quando retomei a consciência olhei à minha volta.
Encontrava-me deitado na minha cama king size, tendo à minha direita a jovem Cláudia numa esplendorosa nudez …
...enquanto, do lado esquerdo, a madura Guinny em iguais preparos, deslizava cama abaixo.
Senti um arrepio…
Francesco Vecchio
Estava, de novo, na sala de reuniões da Agência. Os outros sete participantes da reunião olhavam-me com um ar entre o espantado e o interrogativo.
Arthur King, meio soerguido, no cadeirão Stark de cabedal preto, parecia mesmo ir perguntar-me alguma coisa.
Num ápice, tomei uma decisão.
Deixei cair, com ênfase, o dossier que andara a preparar tão cuidadosamente e dirigi-me a todos os presentes, olhando na direcção dos representantes do Cliente.
“Queremos que esta Campanha entre nos anais da História da Publicidade.
Que ganhe todos os Prémios que há para ganhar. Que seja falada no dia a dia das pessoas, nos cafés e nos empregos, nos transportes públicos, nos blogs e nas redes sociais mas, principalmente…queremos que Excalibur se torne líder de Mercado e que vocês” olhos nos olhos com o Cliente” alcancem lucros fabulosos!”
Senti que tinha agarrado a pequena audiência ( só o da Media, o Tavares, é que apresentava um ar de reprovação), por isso continuei, falando enquanto percorria a sala parando junto a cada um dos sete espectadores.
“ A campanha será dividida em 7. Sete filmes para Televisão, sete anúncios para Imprensa, sete outdoors…” as ideias surgiam-me em catadupa “os Actores serão sempre os mesmos, mas desempenharão papéis diferentes em épocas e situações muito distintas.”
E após uma breve interrupção, de segundos” Começaremos numa Agência de Publicidade, mas a seguir viajaremos até Camelot, à Corte do rei Artur e dos seus cavaleiros da Távola Redonda.”
Comecei a vislumbrar os primeiros sorrisos de aprovação” Passaremos depois por Miami, na actualidade, pelo Mundo do Boxe nos Anos 60, viajaremos ao Futuro, ao dia a dia de um astronauta, retrocederemos no tempo, até ao Faroeste e à Paris boémia dos Pintores famosos.”
O Director de Cinema e TV, não resistiu a aplaudir-me. Continuei…
“ Com Excalibur leve no bolso, de Presente, o Futuro…e o Passado!”
Agora, foi a vez do meu boss soltar um “Bravo!”. Agradeci.
“ Excalibur a Robustez de um Pugilista, a Tecnologia de um Astronauta, a Diversidade de um Playboy, a Rapidez de um Pistoleiro, o Cromatismo de um Pintor, a Nobreza de um Cavaleiro…a Criatividade de um Publicitário !”
Agora sim, todos os presentes ( todos, não, o ruço olhava para as unhas) se levantaram, clientes incluídos e deram-me os mais calorosos parabéns.
Com ar modesto, concluí “ Exacalibur o touch screen com 7 vidas !”
Depois dos representantes terem dado a sua aprovação incondicional à Campanha e terem saído, reiterando os seus aplausos, fiquei sozinho na sala com o Administrador delegado que me informou, em primeira mão, ir regressar à sua terra natal e ir-me propor como seu substituto.
“Até hoje estava na dúvida entre si e o Zé Tavares, da Media, mas esta sua apresentação mostrou uma segurança , um brilhantismo que fez pender o balança, sorry, a balança para o seu lado. Congratulations…”
Quando saí da sala, meio atordoado com tanta agitação deparei que a minha secretária, a Cláudia, tinha um sorriso de orelha a orelha ( ouvira, certamente, tudo o que se passara pelo intercomunicador que tinha na secretária).
Um pouco mais afastada, Mrs. Guinny King, a mulher do meu Administrador quase deitada num sofá de pele, mostrava as sua longas pernas que me lembravam, perturbantemente, as da Belucci.
Nesse momento, foi como se todas as luzes explodissem em miríades de pirilampos, senti um arrepio percorrer-me a espinha, uma vertigem e…
Quando retomei a consciência olhei à minha volta.
Encontrava-me deitado na minha cama king size, tendo à minha direita a jovem Cláudia numa esplendorosa nudez …
...enquanto, do lado esquerdo, a madura Guinny em iguais preparos, deslizava cama abaixo.
Senti um arrepio…
Francesco Vecchio
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O Homem das 7 Vidas
Brad Holland, um dos meus Amores
Brad Holland ( Fremont, Ohio, 1943 ) é um dos muitos excelentes ilustradores e/ou cartunistas que eu descobri nas páginas da Playboy norte americana.
Depois de, aos 17 anos, ter visto recusada a sua entrada nos Estúdios Disney, Holland arranjou emprego numa Loja de Tattoos e, mais tarde, na Hallmark, em Kansas City, a tempo inteiro.
Em 1967, a sua ida para New York City permitiu-lhe aceder à Playboy, à Avant Garde e ao New York Times.
Em 1967, a sua ida para New York City permitiu-lhe aceder à Playboy, à Avant Garde e ao New York Times.
Desde aí o seu trabalho conhece um reconhecimento mundial e os pedidos de trabalhos sucedem-se.
Considerado por muitos" o mais importante Ilustrador da América actual"( signifique isto o que quer que seja) Brad Holland tem uma obra única, estranha e irónica, em simultâneo, insólita e calorosa, onda técnica e criatividade se entreajudam.
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PINTA Coteca
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Mr Bean, painting his house
Mais uma vez, temos o Mr Bean ( que desperta paixões e ódios,
entre os nossos comentadores), desta feita a pintar a casa,
com a sua capacidade inventiva sempre em alta.
Venham dar uma mãozinha na pintura...
entre os nossos comentadores), desta feita a pintar a casa,
com a sua capacidade inventiva sempre em alta.
Venham dar uma mãozinha na pintura...
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A Caixa que mudou o Mundo,
Rir é a Solução
Souvenir forever ou I love Paris in the Springtime
Tinha apenas 17 anos, quando tudo isto aconteceu...
Era a minha primeira viagem a Paris, tive que pedir
uma autorização especial para sair cá do burgo,
pois muitos jovens da minha idade escapavam-se para fora
para não ir dar com os costados no, então chamado, Ultramar.
A tarde primaveril, estava um bocado fria apesar do sol,
o que não me impediu de escolher uma mesa na esplanada
do Aux Deux Magots,
onde me preparei para saborear um chocolat chaud.
O dinheiro não abundava, mas uma estravagância pequena
ainda me era permitida.
Foi quando levava a chávena à boca, que vi parar a limusine.
A porta abriu-se e mal olhei aquele tornozelo branco,
a perna bem desenhada que aparecia, soube que era ela.
Vira dezenas de vezes o Some Like it Hot,
o Diamonds are a girl best friends e até, o recente, The Misfits,
para conhecer todos os pormenores, todas as curvas e sinuosidades,
da minha estrela favorita.
Sofrera com os seus desgostos amorosos com o Joe di Maggio,
estrela do baseball e com Arthur Miller, escritor que passara a odiar.
Vibrara com os prémios atribuídos,
coleccionava as arrojadas fotos com decotes vertiginosos,
fizera-me sócio de um Cineclube para ver os Filmes
antes de chegarem, quando chegavam, às salas de cinema.
Mas o que não estava à espera, é que ela olhasse à volta,
acenasse para os inúmeros admiradores que a aplaudiam,
e depois se dirigisse à minha mesa, e com um sorriso
que me deixou emudecido, levasse a minha chávena à boca ,
a mais desejada em todo o mundo, e bebesse um gole profundo.
Depois, agradecendo-me num silencioso thanks, tocou ao de leve,
com os lábios generosos no guardanapo de papel,
escreveu umas breves palavras e desapareceu, de novo,
no interior da longilínea viatura, que arrancou de imediato.
Eu fiquei, longos minutos, sem fazer qualquer movimento...
...Depois, acordei, levantei-me da cama
e fui tomar um duche de água fria !
Era a minha primeira viagem a Paris, tive que pedir
uma autorização especial para sair cá do burgo,
pois muitos jovens da minha idade escapavam-se para fora
para não ir dar com os costados no, então chamado, Ultramar.
A tarde primaveril, estava um bocado fria apesar do sol,
o que não me impediu de escolher uma mesa na esplanada
do Aux Deux Magots,
onde me preparei para saborear um chocolat chaud.
O dinheiro não abundava, mas uma estravagância pequena
ainda me era permitida.
Foi quando levava a chávena à boca, que vi parar a limusine.
A porta abriu-se e mal olhei aquele tornozelo branco,
a perna bem desenhada que aparecia, soube que era ela.
Vira dezenas de vezes o Some Like it Hot,
o Diamonds are a girl best friends e até, o recente, The Misfits,
para conhecer todos os pormenores, todas as curvas e sinuosidades,
da minha estrela favorita.
Sofrera com os seus desgostos amorosos com o Joe di Maggio,
estrela do baseball e com Arthur Miller, escritor que passara a odiar.
Vibrara com os prémios atribuídos,
coleccionava as arrojadas fotos com decotes vertiginosos,
fizera-me sócio de um Cineclube para ver os Filmes
antes de chegarem, quando chegavam, às salas de cinema.
Mas o que não estava à espera, é que ela olhasse à volta,
acenasse para os inúmeros admiradores que a aplaudiam,
e depois se dirigisse à minha mesa, e com um sorriso
que me deixou emudecido, levasse a minha chávena à boca ,
a mais desejada em todo o mundo, e bebesse um gole profundo.
Depois, agradecendo-me num silencioso thanks, tocou ao de leve,
com os lábios generosos no guardanapo de papel,
escreveu umas breves palavras e desapareceu, de novo,
no interior da longilínea viatura, que arrancou de imediato.
Eu fiquei, longos minutos, sem fazer qualquer movimento...
...Depois, acordei, levantei-me da cama
e fui tomar um duche de água fria !
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Textos Soltos( por bom comportamento)
As 100 Melhores Frases do Cinema
Numa altura em que saem Listas de tudo e mais alguma coisa
o "Galo" deixa uma modesta contribuição com,
talvez, as 100 Melhores Frases da História do Cinema.
"Go ahead, make my day!","Rosebud...","I will be back"
ou "Life is like a chocolate box" são apenas algumas delas.
Se se lembrarem de outras (...Ó Evaristo, tens cá disto?)
podem enviá-las...
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As Listas do Galo,
Filmes da Minha Vida
Venham todos ao Casamento da Jill e do Kevin
Este casal de jovens, a Jill e o Kevin, resolveram fazer uma 'entrada diferente na Igreja'.
O resultado, inesperado imagino eu, foi tornarem-se o 2º Vídeo mais visto no YouTube em 2009 ( o primeiro foi o da Susan Boyle já aqui mostrado). Venham comer uma fatia...
O resultado, inesperado imagino eu, foi tornarem-se o 2º Vídeo mais visto no YouTube em 2009 ( o primeiro foi o da Susan Boyle já aqui mostrado). Venham comer uma fatia...
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Fait Divers
Paz e Amor para todos menos para mim - Ricardo Araújo Pereira
Acreditar que Deus existe
é uma convicção profunda,
mas acreditar que não existe,
curiosamente, não é
O Natal é tempo de paz, tempo de amor, tempo de lamentar a existência de pessoas como eu.
Não admira que seja uma época que toda a gente aprecia.
No dia que assinala o nascimento do salvador, o cardeal-patriarca não resistiu a lembrar que há quem não tenha salvação possível.
Acaba por ser uma observação animadora.
Se alguma coisa pode transtornar quem mereceu um lugar no paraíso é o facto de haver fila para entrar.
Pois bem, eu serei menos um a obstruir os portões do céu: na homilia da missa de 25 de Dezembro, D. José Policarpo saudou os judeus e todos os que acreditam num Deus único - mas, ostensivamente, não me saudou a mim, que sou ateu.
Os judeus acreditam tanto como eu que o menino cujo aniversário se celebrava é o filho de Deus. No entanto, receberam uma saudação.
Para mim, nem um caridoso aceno de cabeça.
O ateísmo tem sido, para mim e para tantos outros incréus, a luz que me tem conduzido na vida. Às vezes fraquejo, em momentos de obscuridade e de dúvida, mas, mesmo sendo incapaz de provar a inexistência de Deus, tenho conseguido manter a fé - uma fé íntima fundada numa peregrinação que tem a grandeza e a humildade da longa caminhada da vida - em que Ele não exista.
Todos os dias busco a não-existência do Senhor com renovada crença, ciente de que a Sua inexistência é misteriosa demais para que eu a tenha inventado.
É certo que o mesmo D. José Policarpo já havia dito que o ateísmo era o maior drama da humanidade - acima da fome, da guerra e do próprio time-sharing.
Fê-lo, porém, em data menos misericordiosa.
Sonegar saudações no Natal é particularmente cruel.
O anátema mais duro é o que é lançado no tempo do perdão.
Estou habituado a receber anátemas e garanto aos menos experientes que os anátemas natalícios são os que aleijam mais.
Em todo o caso, no fundo eu sei bem que não sou digno de ser saudado.
Acreditar que Deus existe é uma convicção profunda, mas acreditar que não existe, curiosamente, não o é.
Alguém, munido de um aparelho próprio, mediu a profundidade das convicções e deliberou que as do crente são mais fundas que as do ateu.
Quando alguém diz acreditar em Deus, está a exprimir legitimamente a sua fé; quando um ateu ousa afirmar que não acredita, está a agredir as convicções dos crentes.
Ser crente é merecedor de respeito, ser ateu é um crime contra a humanidade.
Ainda assim, esperava ter sido saudado.
Eu não acredito em Cristo, mas sempre acreditei nos cristãos.
É a primeira vez que vejo um deles recusar ao menos uma saudação a um pecador.
Ricardo Araújo Pereira in Boca do Inferno (Visão)
é uma convicção profunda,
mas acreditar que não existe,
curiosamente, não é
O Natal é tempo de paz, tempo de amor, tempo de lamentar a existência de pessoas como eu.
Não admira que seja uma época que toda a gente aprecia.
No dia que assinala o nascimento do salvador, o cardeal-patriarca não resistiu a lembrar que há quem não tenha salvação possível.
Acaba por ser uma observação animadora.
Se alguma coisa pode transtornar quem mereceu um lugar no paraíso é o facto de haver fila para entrar.
Pois bem, eu serei menos um a obstruir os portões do céu: na homilia da missa de 25 de Dezembro, D. José Policarpo saudou os judeus e todos os que acreditam num Deus único - mas, ostensivamente, não me saudou a mim, que sou ateu.
Os judeus acreditam tanto como eu que o menino cujo aniversário se celebrava é o filho de Deus. No entanto, receberam uma saudação.
Para mim, nem um caridoso aceno de cabeça.
O ateísmo tem sido, para mim e para tantos outros incréus, a luz que me tem conduzido na vida. Às vezes fraquejo, em momentos de obscuridade e de dúvida, mas, mesmo sendo incapaz de provar a inexistência de Deus, tenho conseguido manter a fé - uma fé íntima fundada numa peregrinação que tem a grandeza e a humildade da longa caminhada da vida - em que Ele não exista.
Todos os dias busco a não-existência do Senhor com renovada crença, ciente de que a Sua inexistência é misteriosa demais para que eu a tenha inventado.
É certo que o mesmo D. José Policarpo já havia dito que o ateísmo era o maior drama da humanidade - acima da fome, da guerra e do próprio time-sharing.
Fê-lo, porém, em data menos misericordiosa.
Sonegar saudações no Natal é particularmente cruel.
O anátema mais duro é o que é lançado no tempo do perdão.
Estou habituado a receber anátemas e garanto aos menos experientes que os anátemas natalícios são os que aleijam mais.
Em todo o caso, no fundo eu sei bem que não sou digno de ser saudado.
Acreditar que Deus existe é uma convicção profunda, mas acreditar que não existe, curiosamente, não o é.
Alguém, munido de um aparelho próprio, mediu a profundidade das convicções e deliberou que as do crente são mais fundas que as do ateu.
Quando alguém diz acreditar em Deus, está a exprimir legitimamente a sua fé; quando um ateu ousa afirmar que não acredita, está a agredir as convicções dos crentes.
Ser crente é merecedor de respeito, ser ateu é um crime contra a humanidade.
Ainda assim, esperava ter sido saudado.
Eu não acredito em Cristo, mas sempre acreditei nos cristãos.
É a primeira vez que vejo um deles recusar ao menos uma saudação a um pecador.
Ricardo Araújo Pereira in Boca do Inferno (Visão)
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Crónicas dos Bons Malandros
Meninas, ponham-se (ainda, mais) bonitas!!!
É a altura das Festas das Empresas ( não tanto como nos States ou no Brasil, mas, enfim...).
Por isso, girls, caprichem...e vejam o resultado, aqui!!!
Por isso, girls, caprichem...e vejam o resultado, aqui!!!
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Fait Divers,
Jingle Bells
Era uma vez um Pintor
Mini Série em 8 Episódios ( 7/8)
Quando retomei a consciência, olhei à minha volta.
Encontrava-me num atelier cheio de quadros de vários formatos e em variadas fases de gestação.
Telas brancas, encostavam-se, serenas, num dos cantos mais escuros do estúdio.
Outras, apenas esboçadas, outras quase terminadas, amontoavam-se prestes a invadir as demais divisões da casa.
Por uma pequena janela via-se a cúpula do Sacré Coeur. Montmartre, portanto…
Senti, então, a presença de uma outra pessoa.
Dei um pulo quando vi a minha secretária (…mas seria ainda esse o seu papel?) vestida, ou despida, como veio ao mundo!
Ao reparar no cesto com maçãs sobre a mesa e na postura forçada que a jovem ostentava, apercebi-me que a bela posava para algum trabalho que eu estaria a desenvolver.
Olhei o cavalete. Gostei do que vi...até que eu tinha talento.
O nu vigoroso, em tons quentes de carne, as formas voluptuosas, o rosto alongado, as pupilas em branco…reconheci o estilo, sem me lembrar do nome. Mas, foi por pouco tempo.
“Mestre Modigliani, passa-se alguma coisa?" perguntava-me a bela Cláudia, sem falsos pudores e mostrando uma beleza de formas que eu já há muito imaginava, sem ter tido, infelizmente, provas concludentes.
Antes, mesmo, que eu pudesse responder ouviram-se umas fortes pancadas na porta da entrada.
A minha modelo, embrulhou-se num roupão achinesado e perguntou-me, maliciosa:
“Quer que abra a porta, Mestre?”e piscando-me o olho “ deve ser o seu amigo Brancusi...quando eu estou a posar, aparece sempre…”
Mas afinal não se tratava do escultor.
À frente vinha o “meu” amigo e marchand Leopold Zborowski que fez as apresentações.
“Arthur LeRoy, grande colecionador de Arte, e que pretende adquirir alguns quadros do meu amigo Modi.”
O eventual comprador, não era outro senão o PDG/ Rei Artur/ xerife and so on, como já seria de esperar, que me apertou a mão de modo vigoroso, enquanto olhava a bela Cláudia, Claudette no caso, que já deixara tombar o roupão, e olhava com um desdém olímpico para o outro elemento feminino recém chegado – Madame Guy de La Fontaine, que me fez lembrar uma mistura de estrelas de cinema que, todos vocês, já estão carecas de saber...
A balzaquiana figura, mulher madura e com aspecto de ter muita rodagem, de vestido coleante em lamê dourado e um falso sinal pintado no colo alvo, e abundante, olhava com ar guloso os nus espalhados um pouco por todo o lado.
Pendurando-se no tal Arthur LeRoy, perguntou-lhe, dengosa” O chéri não acha que aqui o Amadeo me podia pintar o retrato?.”
Foi nesse momento que o até então mudo último visitante se apresentou, quase cuspindo as palavras, por entre um riso escarninho e um esgar que lhe torcia, ainda mais, a cara já de si pouco atraente..
“ Apresento-me, Kandinsky ao seu serviço “ e penteando a melena ruça” eu, sim, pintor à séria…”
Parecendo, então, esquecer a minha presença, voltou-se para a La Fontaine, despindo-a com os olhos “…e terei imenso prazer em fazer o seu retrato !”
Pelo ar de enfado com que Madame Guy lhe voltou as costas, via-se que não era a primeira vez que o russo pintor ruço (?) lhe fazia tal proposta.
Entretanto, Leopold Zborowski encaminhava Arthur LeRoy para junto dos quadros já terminados e um grupo de esculturas que permaneciam há muito, sem comprador, na outra extremidade do atelier.
Aproveitando a distracção dos dois homens e sem ligar nenhuma ao tal pintor nem à minha modelo, a mulher mais velha aproximou-se de mim e murmurou, com voz rouca.
“ Posso passar por cá mais tarde? Para vermos isso do retrato?” e riu-se, insinuante…
Nesse momento , comecei a ver as telas a girarem como se de um carrossel se tratasse, senti um arrepio percorrer-me a espinha, uma vertigem e…
Encontrava-me num atelier cheio de quadros de vários formatos e em variadas fases de gestação.
Telas brancas, encostavam-se, serenas, num dos cantos mais escuros do estúdio.
Outras, apenas esboçadas, outras quase terminadas, amontoavam-se prestes a invadir as demais divisões da casa.
Por uma pequena janela via-se a cúpula do Sacré Coeur. Montmartre, portanto…
Senti, então, a presença de uma outra pessoa.
Dei um pulo quando vi a minha secretária (…mas seria ainda esse o seu papel?) vestida, ou despida, como veio ao mundo!
Ao reparar no cesto com maçãs sobre a mesa e na postura forçada que a jovem ostentava, apercebi-me que a bela posava para algum trabalho que eu estaria a desenvolver.
Olhei o cavalete. Gostei do que vi...até que eu tinha talento.
O nu vigoroso, em tons quentes de carne, as formas voluptuosas, o rosto alongado, as pupilas em branco…reconheci o estilo, sem me lembrar do nome. Mas, foi por pouco tempo.
“Mestre Modigliani, passa-se alguma coisa?" perguntava-me a bela Cláudia, sem falsos pudores e mostrando uma beleza de formas que eu já há muito imaginava, sem ter tido, infelizmente, provas concludentes.
Antes, mesmo, que eu pudesse responder ouviram-se umas fortes pancadas na porta da entrada.
A minha modelo, embrulhou-se num roupão achinesado e perguntou-me, maliciosa:
“Quer que abra a porta, Mestre?”e piscando-me o olho “ deve ser o seu amigo Brancusi...quando eu estou a posar, aparece sempre…”
Mas afinal não se tratava do escultor.
À frente vinha o “meu” amigo e marchand Leopold Zborowski que fez as apresentações.
“Arthur LeRoy, grande colecionador de Arte, e que pretende adquirir alguns quadros do meu amigo Modi.”
O eventual comprador, não era outro senão o PDG/ Rei Artur/ xerife and so on, como já seria de esperar, que me apertou a mão de modo vigoroso, enquanto olhava a bela Cláudia, Claudette no caso, que já deixara tombar o roupão, e olhava com um desdém olímpico para o outro elemento feminino recém chegado – Madame Guy de La Fontaine, que me fez lembrar uma mistura de estrelas de cinema que, todos vocês, já estão carecas de saber...
A balzaquiana figura, mulher madura e com aspecto de ter muita rodagem, de vestido coleante em lamê dourado e um falso sinal pintado no colo alvo, e abundante, olhava com ar guloso os nus espalhados um pouco por todo o lado.
Pendurando-se no tal Arthur LeRoy, perguntou-lhe, dengosa” O chéri não acha que aqui o Amadeo me podia pintar o retrato?.”
Foi nesse momento que o até então mudo último visitante se apresentou, quase cuspindo as palavras, por entre um riso escarninho e um esgar que lhe torcia, ainda mais, a cara já de si pouco atraente..
“ Apresento-me, Kandinsky ao seu serviço “ e penteando a melena ruça” eu, sim, pintor à séria…”
Parecendo, então, esquecer a minha presença, voltou-se para a La Fontaine, despindo-a com os olhos “…e terei imenso prazer em fazer o seu retrato !”
Pelo ar de enfado com que Madame Guy lhe voltou as costas, via-se que não era a primeira vez que o russo pintor ruço (?) lhe fazia tal proposta.
Entretanto, Leopold Zborowski encaminhava Arthur LeRoy para junto dos quadros já terminados e um grupo de esculturas que permaneciam há muito, sem comprador, na outra extremidade do atelier.
Aproveitando a distracção dos dois homens e sem ligar nenhuma ao tal pintor nem à minha modelo, a mulher mais velha aproximou-se de mim e murmurou, com voz rouca.
“ Posso passar por cá mais tarde? Para vermos isso do retrato?” e riu-se, insinuante…
Nesse momento , comecei a ver as telas a girarem como se de um carrossel se tratasse, senti um arrepio percorrer-me a espinha, uma vertigem e…
Francesco Vecchio
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O Homem das 7 Vidas
Supermãe - Ziraldo
* Espinhas = Borbulhas
A Supermãe, senhora com ar doce e sorridente, mas capaz de tudo pelo bem estar do seu "bébé", é mais uma das magníficas criações de Ziraldo (Ziraldo Alves Pinto, o Zi vem da Mamãe, Zizinha e o final deste nome único, do Papai, Geraldo), o genial gráfico brasileiro, nascido em Minas Gerais, em Caratinga, há 77 anos.
Mas a sua vasta obra espalha-se a muitos outros personagens e campos de actividade gráfica.
Fundador do Pasquim, uma revista mítica, de humor, da Banda de Ipanema, de personagens como o Saci Péréré ou o Mineirinho (...come quieto), de livros ( O Menino Maluquinho, por exemplo, é um best seller), dezenas de cartazes para alguns dos mais importantes filmes (... e não só) do Cinema Brasileiro, Ziraldo já foi até homenageado, em 2002, com um enredo de Escola de Samba.
E que maior honra pode ambicionar um Brasileiro vivo ( ...melhor dizendo, vivo da Silva )?
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Olhares do Brasil
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
The Horribly Slow Murderer with the Extremely Inefficient Weapon
Este filme não é para todos, aviso desde já.
Cerca de 10 minutos em que predomina o humor negro,
misturado com piscadelas cinéfilas ( a cena à la Psico é impagável)
mas, também, alguma vulgaridade e, até, mau gosto.
Escrito, produzido e realizado por Richard Gale esta curta
ganhou 12 Prémios em diversos Festivais,
como foi o caso do Festival de São Francisco do Filme Fantástico
ou o Fantastico Fest, entre muitos outros.
E, agora, prepare-se para o encontro entre um Homem vulgar
e aquele que é, talvez, o Assassino mais lento de todos os tempos...
Ora veja !
Cerca de 10 minutos em que predomina o humor negro,
misturado com piscadelas cinéfilas ( a cena à la Psico é impagável)
mas, também, alguma vulgaridade e, até, mau gosto.
Escrito, produzido e realizado por Richard Gale esta curta
ganhou 12 Prémios em diversos Festivais,
como foi o caso do Festival de São Francisco do Filme Fantástico
ou o Fantastico Fest, entre muitos outros.
E, agora, prepare-se para o encontro entre um Homem vulgar
e aquele que é, talvez, o Assassino mais lento de todos os tempos...
Ora veja !
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