sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sonho

Uma linha brilhante, de cor forte,
Entrou pelo único rasgo que existia naquele quadrado gigante,
E tocou-me sem medo.
Pestanejei, como se duvidasse que pudesse estar viva.
Era de novo dia e todas as certezas e incertezas
vieram ter comigo mais uma vez.
Juntando os meus sonhos, as minhas realidades são três,
Luto como se guerreira fosse,
Numa mão uma espada afiada,
brilhante e manchada de sangue da última batalha,
Na outra uma flor, de cor branca, que cheira a amor e a paz.
Sento-me e levanto-me,
Corro e tropeço.
Confusa perante as três realidades,
para que lado uso a espada e a quem entrego a flor...

Deito-me novamente e meto a almofada sobre a cabeça.

Pode ser que faça chuva e que nunca mais volte a acordar.

Moral da História:
É mais fácil resolver uma realidade de cada vez,
do que viver com todas elas.
Como qualquer ser humano, começo pela mais fácil.
Pelos sonhos...

Maria Cereja

6 comentários:

  1. Nem sempre é facil seguir a Moral da história mas os sonhos dão forte suporte à vida dura de cada um.
    Estamos juntos, Maria Cereja.

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  2. Muita sensibilidade com angústia à mistura. Parabéns

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  3. Se consigo ler nas entrelinhas, penso que há também muita angústia e frustração à mistura. A escrita pode ser terapêutica.

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  4. Sem me querer deitar a adivinhar, há certamente um problema afectivo por resolver ou uma decisão de mudança importante a tomar, o que pode ser coincidente.
    Pense que só tem uma vida, aproveite-a.

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  5. Deixa a tristeza pra lá e parte para outra, garota. A vida são dois dias e o Carnaval são quatro.

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