A última, a sacada do momento, a piada do ano novo foi o fantástico ator Robin Williams comentar, com seu humor desconexo, que nossa cidade maravilhosa só ganhou a sede das olimpíadas por mandar para a competição meio quilo de cocaína e cinquenta strippers (prostitutas).
O ator, indignado, disse que Chicago perdeu pro Rio por essa razão, onde a cidade gringa só teria mandado pra competir, a primeira dama Michele Obama e a Oprah Winfrey (gente anônima).
Talvez as prostitutas americanas não sejam de pedigree para as olimpíadas, e talvez, o pó americano não seja lá tão forte quanto o nosso.
Aliás, prostituta americana... que nojo... um big mac pornô.
Desculpe, prostituta não, stripper... não é a mesma coisa... As duas são diferentes, como refrigerantes: uma é diet, a outra é zero.
Brincadeiras à parte, minhas e dele, os nossos representantes não gostaram nada da brincadeira do querido Jumanji.
Uma pena, pois eu tenho certeza que todo o recalque americano se representou no gracejo do ator.
Se os EUA quiserem ganhar do Brasil em alguma coisa, vão apelar pra bomba, única qualidade americana, depois dos fast foods e da coca cola.
Se por um lado, o carisma e os atributos sarados do Rio de Janeiro esculacharam na escolha da sede, a cidade de Chicago ficou sem muito para apelar.
Tive medo de uma guerra, uma bomba atômica, ou alguma peleja oportunista por conta de 2016, mas parece que o Barack foi sábio.
Ainda bem.
Sinceramente, hoje eu tenho medo é da realização das olimpíadas por aqui, como já cansei de dizer nos outros textos, acho difícil que consigamos estrutura suficiente pra receber tanto gringo, e termos oferta de protetor solar bastante pra proteger tanto amarelo.
Mas, já que estamos nessa, vamos fazer direitinho.
Falando em fazer direitinho, eu até compreendo a dor que deve ter provocado nos mais patriotas, a declaração do Patch Adams.
E fazendo direitinho é que, nossa nação brazuca e carioca ganhou o título de cidade maravilhosa, purgatório de sacanagem e terra de ninguém.
Culpa nossa, essa coisa de pó e stripper.
Nós é que permitimos nossas mulheres serem levadas legal e clandestinamente ao estrangeiro para se prostituir.
Nós é que permitimos as drogas em quaisquer lugares do nosso país, de modo que qualquer pessoa cega, surda e muda consegue se drogar, mesmo sendo ilegal. Somos nós que acostumamos o estrangeiro, ensinamos essa imagem feia e borrada de BraZil. Vai reclamar agora?
Nós é que permitimos um filme chamado “Turistas – Go Home” passar por aqui. Um filme gringo, nos retratando como terroristas e traficantes de órgãos.
Se ninguém reclamou disso, nem da imagem negativa de TODOS os filmes estrangeiros sobre o BraZil, vai reclamar agora?
Agora que um ator insignificante, um porcaria nenhuma, que só é vencedor do Oscar, Grammy e Globo de Ouro, fez uma piadinha boba sobre o nosso país, a gente inventa de reclamar? Sem essa, pátria amada...
Tem gringo que acredita que por aqui vamos às praias acompanhados de macacos...
Acham que falamos espanhol e que só pensamos em libertinagem, além de passamos o dia inteiro drogados... mas não é esse o paraíso que eles querem?
Eu vou é pra Maracangalha, Pasárgada ou pro Jumanji.
Alguém lembra desse filme?
Gustavo Álvaro ( Cronista carioca, músico, poeta e fofoqueiro)
sábado, 5 de dezembro de 2009
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Olá! Tava navegando pela internet e descobri esse texto publicado! Fico muito feliz por vc ter "retuítado" o trabalho! Acredita que só vi hoje?
ResponderExcluirSó um detalhe, companheiro. O meu nome está ligeiramente grafado errado. Meu Alvaro não possuí acento, o que contraria alguns sistemas linguístico-ditatoriais vigentes, mas é assim mesmo.
Como conheceu o trabalho? Mantenha contato.
Até mais.
Gustavo Alvaro
Esse texto é demais!
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