Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas
iam para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres.
Com elas, formavam um ramo com: espigas de trigo,
folhagem de oliveira, malmequeres e papoilas.
O ramo pode também incluir centeio, cevada, aveia, margaridas, pampilhos, etc.
Cada elemento simboliza um desejo:
- A espiga = que haja pão (isto é, que nunca falte comida, que haja abundância em cada lar)
- A espiga = que haja pão (isto é, que nunca falte comida, que haja abundância em cada lar)
- O ramo de folhas de oliveira = que haja paz ( a tal história da pomba da paz com um ramo de oliveira no bico) e que nunca falte a luz (divina e da EDP, porque dantes as pessoas alumiavam-se com lamparinas de azeite, e azeite/ azeitonas/oliveiras, elementar meu caro Watson)
- Flores (malmequeres, papoilas, etc.) = que haja alegria (simbolizada pela cor das flores - o malmequer ainda «traz» ouro e prata, a papoila «traz» amor e vida e o alecrim «traz» saúde e força).
O ramo deverá ser guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
Acredita-se que este costume, com mais força no centro e sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos.
No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que pode vir bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
Acredita-se que este costume, com mais força no centro e sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos.
No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que pode vir bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
E agora, vá lá comprar um Raminho de Espiga para o seu Namorado/Mulher/Amante, Marido/ Amigo/Familiar/Colega, ou como lhe quiser chamar...
Ou até mesmo ao patrão, quem sabe !
ResponderExcluirTem graça o Galo pegar neste tema que nem sabia ter alguma importância em Lisboa, onde penso que esteja baseado, porque hoje mesmo, como faço aliás todos os anos, fui com o meu grupo de alunos apanhar Ramos de Espiga que depois são expostos, sendo premiado o mais votado.
ResponderExcluirOs ramos para além dos elementos tradicionais podem ter desenhos recortados em cartão e outros adereços.
Mas é bom que o Galo vá, de certo modo, incentivando estes aspectos da nossa tradição, que para mim não são religiosos mas sim pagãos.
Eu já sou do tempo... que...vou agora sair do trabalho, buscar a minha filha ao colégio e, não comprar mas, apanhar a espiga ao campo.
ResponderExcluirPrometo apanhar a espiga ao Galo
Alguém me compra/colhe uma, por favor?
ResponderExcluirÉ que já as vi, esta manhã, pela janela do carro, enquanto esperava o verde; afinal, veio mais cedo do que é costume e não pude comprá-la à menina...
Interessante este assinalar do Dia da Espiga, uma tradição que me leva para os tempos de menino quando via um ente muito querido chegar a casa com a espiga que ia buscar a uma courela no Monte da Caparica, bem junto à Igreja onde fui baptizado não sei bem porquê.
ResponderExcluirTenho uma memória saborosa de idas à espiga nos tempos de liceu com a prof de inglês.No ano passado na zona das Amoreiras distribuiram raminhos. A papoila é fundamental.
ResponderExcluirTodos os anos compro três - um para cada filha e outro para nós.
ResponderExcluirComo não me lembrei e tal como a Moira de Trabalho só os vi através da janela do carro, o meu Amor encarregou-se de apanhar em Azeitão e fez três belos raminhos!!!
Com tudo a que temos direito...cumpre-se a tradição.