domingo, 24 de maio de 2009

Pai distraído

Enviado por Quimera

Nota do"Galo": À boa maneira da MTH, que, quer queiramos ou não já criou ,um estilo, o chamado descasca pessegueiro, tenho a dizer que é com este tipo de filmes, a que todos achamos graça, que se constroi a ideia que os Pais não conseguem tratar das indefesas criancinhas neste trabalho quase divino a que só as Mães têm capacidade de aceder. Mas como somos pela Democracia aqui fica a peça, para auscultarmos opiniões. Opinem, opinem...

5 comentários:

  1. Por razões que não interessam ao caso, tomei conta dos meus filhos, ainda crianças, durante dois anos e conheço casos de amigos meus em circunstâncias semelhantes.
    Mas tentar provar que, quando queremos, temos competências similares às maternais, é um bico de obra.
    De qualquer maneira o filme é engraçado ( ...mas, por isso, mesmo perigoso).

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  2. Mas será que algum pai que queira ser honesto poderá achar que uma criança pode ficar melhor com ele do que com a Mãe?

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  3. Porquê? A MTH não admite que, por vezes ( e note que eu nestou a dizer, por vezes)um Filho fica mais bem a um Pai equilibrado do que a uma Mãe com perturbações?
    Pensa que um casal de lésbicas, em que , pelo menos uma, é comunista ortodoxa,transmite um ambiente mais equilibrado do que, e vou utilizar a palavra eventual,um Pai que viva num ambiente "normal"?

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  4. Apesar dos destemperos do PMP ( mas que até são compreensíveis)eu acho que ele tem razão.
    Existem pais, eu conheço alguns, muito melhor preparados do que certas mães, para educarem os respectivos filhos.

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  5. O que é "normal"?
    Quererá dizer-se "habitual"?

    Quem pode julgar a normalidade pela habitualidade? É habitual ver-se homens a cuspir no chão, para usar um exemplo preverso.
    Nenhum de nós, penso, achará isso "normal".
    Mas à porta de qualquer tasca, assim o é entendido por qualquer um dos frequentadores.

    O conceito de "normalidade" está, portanto, repleto de subjectividades.
    O contexto social, geográfico e, sobretudo, cultural, ditam mais regras que as escritas nos compêndios.

    E a "nossa casa" é um sub-contexto de tudo isso. Provavelmente, na minha casa dá-se um exemplo de "anormalidade" para muitos. Para a minha família, no entanto, é a normalidade que se pode arranjar. Vivemos bem com as escolhas que fizémos e isso é a nossa felicidade.

    Julgar-se um pai mais competente só porque vive em "ambiente normal" em detrimento de uma mãe gay de opções radicais políticas, distorce por completo o conceito de imparcialidade na apreciação de qualquer situação.

    Não conhecemos os outros aspectos importantes dessa família e, como todos sabemos, julgar as partes não é igual a julgar um todo.
    Holisticamente dá erro.

    Se há coisa que, pelo menos, joga a favor dessa mãe é a sua autenticidade - o que não quer dizer que o pai não a tenha também.

    E educar crianças em regime de honestidade só pode ser bom.

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