Mamãe, Mamãe, cádê o Quiristo ???

O Cristo Rei faz hoje meio século. Estava eu nos primórdios da minha adolescência quando foi inaugurado, mas disso não tenho memória.
Vejo-o quase todos os dias, há já alguns anos, mas sem nenhum especial interesse.
Não acho que seja um monumento particularmente atraente e a nível espiritual também não me diz nada.
Nunca o visitei, e, aos inúmeros estrangeiros que já tenho ciceronado por Lisboa, nunca sugeri uma ida até lá.
Por isso, que me perdoem os mais patriotas mas a estória que tenho para celebrar a efeméride é de um outro Cristo, o Redentor, que foi aliás o inspirador para que a Igreja portuguesa tivesse construído este.
No Rio, quando lá vivi, e, posteriormente, sempre que visitei a cidade com alguém que o faz pela primeira vez, a visita ao Corcovado, ao Cristo Redentor, é obrigatória.
Uma dessas vezes, deslumbrado como sempre pela magnífica vista que se vislumbra lá do alto vi um pequeno moleque que, ao colo da mãe, olhava o Pão de Açúcar, o Jockey Clube, as praias da Zona Sul, a Lagoa Rodrigo de Freitas, com um certo ar de perplexidade.
Até que, não aguentando mais, perguntou à sua progenitora:
" - Mamãe, Mamãe, cádê o Quiristo?".
De tão perto que estava da estátua enorme, o miúdo não a conseguia encontrar...
E é esta a minha maneira de homenagear os 50 Anos do Cristo Rei, embora... por tabela.