O terapeuta pede a um dos participantes que conte até dez.
O sujeito conta:
- Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um.
- Por que é que contou dessa maneira? -perguntou o médico.
- Sabe doutor? Eu trabalhei muito tempo com a NASA,
numa base de lançamento de foguetões.
Por isso habituei-me a contar assim.
O psicólogo pede a outro participante do grupo
que também conte até dez.
-Dois, quatro, seis, oito... Um, três, cinco, sete, nove.
- Meu Deus! E o senhor? Por é que conta dessa maneira?
- É que eu sou carteiro e estou habituado a ir primeiro
às casas de número par e depois às de número ímpar.
Então o psicólogo dirige-se ao terceiro paciente:
- E o senhor, trabalha em quê?
- Eu sou funcionário público.
- E consegue contar, normalmente, até dez?
- Perfeitamente!
-Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, dama, valete e rei...
Boa piada mas vai haver reacção da grossa.
ResponderExcluirOs f.p. não gostam de escutar certas verdades mesmo sob a forma de piadas.
Cheguei a trabalhar para o Estado...
ResponderExcluirHá muitos anos, era mais - um, dois, três, quatro... Porta-Avião ao fundo!!!
Contessa quem confessa tem mil anos de perdão, a menos que tenha perdido as batalhas...ou deixado cair a célebre boquilha em cima de um chefe com cara de..."porta-aviões".
ResponderExcluirZé Manel...
ResponderExcluirBatalhas, perdi várias, por isso me vim embora cedo!
E porta-aviões, também tive vários na vida...
Quanto a incêndios, ficaram-se só pela papelada, pelos teclados dos computadores e... em imensos corações...
E começo a sentir-me repetitiva... Mas fazer o quê? Parece-me que com este post voltámos à temática dos preconceitos e não vou escrever outra vez o que já escrevi. Deixo só um dito popular: "Não se deve tomar a árvore pela floresta"...
ResponderExcluirPara mim, ser F.P. significa:
- Ser avaliada com base em objectivos definidos quantitativamente, num trabalho que não se compadece com números;
- Ganhar UM ponto por cada BOM na avaliação e ser aumentada quando conseguir amealhar DEZ pontos;
- Descontar um terço do ordenado, sem protestar, para IRS, CGA e outras coisas que nem sei bem o que são ou para que servem;
- Usar o telemóvel pessoal e o carro para trabalhar, porque não existem disponíveis;
- Trabalhar sábados, domingos e feriados, sem receber nem mais um tusto, porque não há orçamento;
- Fazer relatórios em computadores que bloqueiam, que não fazem backups e se perde tudo num ápice, a imprimir quando a impressora quer e não quando precisamos, a precisar de enviar aquele email urgentíssimo e o servidor em baixo;
- A conviver diariamente com baratas, pulgas e outros insectos que não reconheço o nome, e a levar a bicheza pra casa, contaminando a família;
- A ter de preencher mil e um papéis para justificar uma acção, em nome da transparência democrática;
- A ouvir os lamentos das pessoas que vivem vidas difíceis e a ter de ser porta-voz de decisões políticas, definidas lá longe na capital e em Bruxelas;...
... A aguentar isto tudo porque acreditamos naquilo que fazemos e porque o serviço público (ainda) serve os cidadãos e (ainda) trabalha para criar situações de igualdade. Até quando?
E quando leio estas coisas... Só me apetece baixar os braços e dizer: "Porta-Aviões ao fundo!"
Ponto 1:
ResponderExcluir- Não pensem os marotos, finórios e astutos que os funcionários públicos se escusam a uma boa piada. E até podemos contar algumas. Grande é a capacidade daqueles que se conseguem rir de si mesmos.
Ponto 2:
- Não gostamos de ouvir/ler a verdade sob a forma de piadas? Mas qual é a verdade? Também há certas verdades, como as que aqui foram tão bem e fielmente apresentadas que ninguém gosta de ouvir. Verdades que, em si mesmas, são uma piada. E só mesmo com muito sentido de humor é que conseguimos viver com elas.
E contra factos, não há argumentos! Esta realidade existe. Mas não tem piada, não é?
E subscrevo o que escreve Funcionário Público (grande nick!!).
ResponderExcluirE para que não me acusem de falta de sentido de humor, que tenho, e a minha reacção ao post foi de riso (aos comentários é que foi outra história), aqui fica o meu contributo:
Quatro homens estavam a discutir quem tinha o cão mais esperto.
Um Engenheiro, um Matemático, um Químico e um Funcionário Público.
Para se exibir, o engenheiro chama a sua cadela:
-Régua, faz aquilo!
Prontamente, a cadela sobe para uma mesa, pega num papel, caneta e desenha
um circulo, um quadrado e um triângulo.
Todos, assustados, concordaram que era um animal BEM esperto...
Então o Matemático disse que o seu era melhor... Chamou sua cadelinha e disse:
-Equação, vai fundo!
A cadela entrou na cozinha e de lá saiu com 12 biscoitos, os quais dividiu em 3 pilhas de 4.
Ainda mais assustados, todos concordaram que aquilo era surpreendente...
Mas o Químico também mostrou as habilidades do seu bicho:
-Molécula, força!
A cadela levantou-se, abriu o frigorífico, pegou num litro de leite, num copo de 300ml e colocou exactamente 200ml de leite nele sem derramar uma gota sequer;
Silencio... todo mundo ficou abismado...
Num instante, alguém se virou para o funcionário público e perguntou:
- E o seu cão, o que faz?"
O funcionário público fala então para o seu cão:
-Descanso, é a tua vez!"
Descanso pulou do seu canto, comeu os biscoitos, bebeu o leite, cagou no papel do desenho, "arrasou" com as 3 cadelas, alegou que se aleijou nas costas ao fazer isso, elaborou um relatório de dispensa por falta de condições de trabalho e foi pra casa o resto do dia por dispensa médica!!!
La Payita...
ResponderExcluirFuncionário Público...
Parabéns por "os terem no sítio" e por terem pegado neste assunto da forma como o fizeram!
Este post tem pano para mangas e, como graças aos deuses, tenho um prazenteiro sentido de humor e gosto de me rir, até de mim própria, resolvi abordá-lo pelo lado da "piada", não o levando muito a sério...
Trabalhei para o Estado e nunca joguei Batalha Naval...
Nos últimos anos, antes de me livrar do pior dos patrões, desenvolvi o meu trabalho, com enorme gosto, na área da Cooperação para o Desenvolvimento, com os Países de Língua Oficial Portuguesa, acreditando que o prazer que tirava do meu esforço me compensava, a mim e aos outros - os destinatários do meu trabalho - de todos os males por vós descritos.
E durante bastante tempo compensou, cheguei mesmo a encará-lo como se fosse uma missão...
Mas depois - imagine-se quando... as coisas pioraram muito.
Participei, também com o coração, na selecção de centenas de jovens licenciados para o exercício da docência em países longínquos e difíceis, e fui podendo constatar a degradação a que, apesar das leis vigentes, as suas vidas foram sofrendo, em termos de direitos, perante o "Estado".
Apenas dois testemunhos:
- a duas jovens mães, foi-lhes retirado o direito ao alojamento, no país de destino, não fossem as crianças incomodar os outros elementos que viviam no bairro...
- a uma jovem, com uma gravidez de risco, e que por isso teve que regressar a Portugal, foi-lhe denunciado o contrato anual, ficando no desemprego, sem direito a subsídio...
Durante noites, não dormi bem, de raiva com o mundo inteiro e comigo própria. Por estar atada, de pés e mãos, perante os vazios destas leis permissivas, feitas em gabinetes, por gente que há muito tempo perdeu o contacto com a realidade, num país que está a envelhecer e onde é necessário que a natalidade aumente, que nasçam muitas crianças...
Estas, foram batalhas que perdi!
Felizmente pude fazê-lo e, passado algum tempo, deixei a Administração Pública.
Pelo que vou sabendo, as coisas continuam ainda piores...
Eu cá só trabalhei para o Estado uns 4 e picos aninhos --- por junto --- e logo que pude pirei-me para a privada, thanks god. :-)
ResponderExcluirContessa a grande questão é a da alienação (v. K. Marx, um tal com barbas)! A falta de sentido da realidade nas leis não será intencional? Quem as aplica são lacaios, pequenos agentes cuja realidade é umbigal. O povo nem cheira a bola. Deixa-se caminhar "com a cabeça entre as orelhas"
ResponderExcluirRosalinaAlice...
ResponderExcluirGosto de te ver aqui e o Galo também...
Bela estreia!
Volta mais vezes!
Que delícia ler-vos a todos...
ResponderExcluirEstou tão feliz por "usufruir" desta tertúlia tão viva quanto educada!