Boa noite, damas e valetes!
Venho aqui me apresentar.
Eu sou a fala fácil, macia, arrastada;
A fala que brinca, "na marra",
Meio deitada...
Eu vivo nas bocas da noite,
No sereno sem capa,
No palavriado dos malandros da Lapa;
Sou a poesia carioca.
Vou de chapéu de palha,
Terno de linho branco...
Levo a vida "na malha",
No fio da navalha...
"Aê, me'rmão!" Vê se não espalha,
Mas eu sou a fina flor do Rio de Janeiro!
Vivo "na moral", mas sem moral,
Que moral demais atrapalha.
"Jogo pesado" na esquina,
Mas falo baixinho no ouvido da mina...
E encanto pra "dedel"!
Mas "desencano" é no motel...
Falo alto, beijo, brigo, brinco, faço um "escacel"!
E me "amarro" numa literatura de "bordel"...
Eu sou a poesia carioca.
Cariocamente livre,
Cariocamente feliz,
Cariocamente linda,
Cariocamente...
Carioca mente?
Mente.
Carioca mente.
Ca-ri-o-ca-men-te...
Mas diz a verdade na lata!
Dá a mão, mas mete a pata!
E faz a festa!
É samba, praia, futebol e cama...
Chama na "xincha" quando ama...
Tira onda na boa,
Tira sarro da 'boa'...
Meta a beca do verão:
Boné, chinelo, camiseta e bermudão...
Carioca faz a própria moda;
Carioca é fffogo!
Mas a maioria é MENGO!
Porque o Flamengo é o carioca,
E o carioca é Flamengo.
Eu rolo na vida desse povo,
Que não tem medo de nada
Porque não adianta;
Que cai, levanta,
E vai pra luta de novo...
Eu saio da mente rica do poeta
E da cabeça cheia do trabalhador...
Não babo em romantismos,
Mas quando quero sei falar de amor.
E dou sempre uma olhadinha
Lá pro Cristo Redentor,
Porque afinal de contas
Eu não sou de aço;
E essa cidade é maravilhosa,
mas é um terror...
Tô na área, nêga!
Se derrubar é pênalti...
E como esse povo é grande batedor,
Não inventa não, que vai ser gol!
Eu sou a poesia carioca.
Você vai me encontrar em cada canto que você passar...
No brilho do sol
Ou na luz do luar...
Todo mundo me conhece;
Um sotaque chiado, malandro, maneiro,
Do gingado brasileiro,
Que à 'garota de Ipanema'
coube imortalizar.
Eu sou "marrenta" mesmo!
Esse é o meu jeito de falar.
E é como eu digo:
Eu sempre venço no final.
Até quando perco, eu venço;
Ninguém derruba o meu astral.
Eu sou mais eu!
Sou a poesia carioca.
Sou uma poeta carioca.
Vai encarar?
Nem tenta, valeu?
Nem tenta.
Cacau Rodrigues
Venho aqui me apresentar.
Eu sou a fala fácil, macia, arrastada;
A fala que brinca, "na marra",
Meio deitada...
Eu vivo nas bocas da noite,
No sereno sem capa,
No palavriado dos malandros da Lapa;
Sou a poesia carioca.
Vou de chapéu de palha,
Terno de linho branco...
Levo a vida "na malha",
No fio da navalha...
"Aê, me'rmão!" Vê se não espalha,
Mas eu sou a fina flor do Rio de Janeiro!
Vivo "na moral", mas sem moral,
Que moral demais atrapalha.
"Jogo pesado" na esquina,
Mas falo baixinho no ouvido da mina...
E encanto pra "dedel"!
Mas "desencano" é no motel...
Falo alto, beijo, brigo, brinco, faço um "escacel"!
E me "amarro" numa literatura de "bordel"...
Eu sou a poesia carioca.
Cariocamente livre,
Cariocamente feliz,
Cariocamente linda,
Cariocamente...
Carioca mente?
Mente.
Carioca mente.
Ca-ri-o-ca-men-te...
Mas diz a verdade na lata!
Dá a mão, mas mete a pata!
E faz a festa!
É samba, praia, futebol e cama...
Chama na "xincha" quando ama...
Tira onda na boa,
Tira sarro da 'boa'...
Meta a beca do verão:
Boné, chinelo, camiseta e bermudão...
Carioca faz a própria moda;
Carioca é fffogo!
Mas a maioria é MENGO!
Porque o Flamengo é o carioca,
E o carioca é Flamengo.
Eu rolo na vida desse povo,
Que não tem medo de nada
Porque não adianta;
Que cai, levanta,
E vai pra luta de novo...
Eu saio da mente rica do poeta
E da cabeça cheia do trabalhador...
Não babo em romantismos,
Mas quando quero sei falar de amor.
E dou sempre uma olhadinha
Lá pro Cristo Redentor,
Porque afinal de contas
Eu não sou de aço;
E essa cidade é maravilhosa,
mas é um terror...
Tô na área, nêga!
Se derrubar é pênalti...
E como esse povo é grande batedor,
Não inventa não, que vai ser gol!
Eu sou a poesia carioca.
Você vai me encontrar em cada canto que você passar...
No brilho do sol
Ou na luz do luar...
Todo mundo me conhece;
Um sotaque chiado, malandro, maneiro,
Do gingado brasileiro,
Que à 'garota de Ipanema'
coube imortalizar.
Eu sou "marrenta" mesmo!
Esse é o meu jeito de falar.
E é como eu digo:
Eu sempre venço no final.
Até quando perco, eu venço;
Ninguém derruba o meu astral.
Eu sou mais eu!
Sou a poesia carioca.
Sou uma poeta carioca.
Vai encarar?
Nem tenta, valeu?
Nem tenta.
Cacau Rodrigues
Mara-dara-vilha !!
ResponderExcluiro blog de ele , para quem quiser mais...
:-)