sábado, 31 de janeiro de 2009
Anúncio Classificado
Diga Não às Ceras e outros tratamentos agressivos!!!
Depilador Profissional, adepto de métodos naturais
vai a casa, hotéis e escritórios ( fora do horário de serviço).
Orçamentos Grátis, dependendo da situação.
English Spoken - On Parle Français - Se Habla Español
- Dá-se uma Mãozinha em Português( já incluída no preço final).
Mi Liga Vai...
Depilador Profissional, adepto de métodos naturais
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A Escultura, essa injustiçada
É mesmo assim. Enquanto todos nós temos os nossos Livros, Discos, Filmes e Quadros preferidos, poucos serão aqueles que se lhes perguntarem quais as esculturas de que mais gostam, saibam muito claramente o que dizer.
E mesmo no caso de alguém, com timidez, falar nas estátuas do Marquês de Pombal, do Camões, do Eça ou do Pessoa, vai ser muito difícil que conheçam os seus autores.
Escultores consagrados, à época ou mesmo nos nossos dias, mas que passam uma vida obscura longe dos holofotes da fama de uma Paula Rego, de um Lobo Antunes, de um Victorino de Almeida ou de um Manoel de Oliveira.
O"Galo" com o seu espírito Robin dos Bosques plus D.Quixote resolveu repôr a Justiça...
Pra que saibam, a estátua do Marquês de Pombal é da autoria de três escultores e não apenas de um (Francisco Sanches, Adão Bermudes e António de Couto), o Camões foi esculpido por Vitor Bastos, Teixeira Lopes é o autor do conjunto escultórico do Eça e, finalmente, o Professor e Escultor Lagoa Henriques é o responsável pelo êxito urbano que é a estátua de Fernando Pessoa, em plena Brasileira, diariamente fotografado por centenas de turistas.
E podemos talvez começar por aí...Porque é que o Pessoa é um êxito tão grande?Porque as pessoas podem interagir com ele, sentar-se ao lado, fazer poses, tirar fotografias em que elas próprias esão presentes, enquanto que, pelo menos no nosso país, muitas das outras estátuas são pesadas, austeras e clássicas, para observar à distância.
Deixamos aqui vários exemplos de esculturas, um pouco por todo o Mundo, divertidas, urbanas e que interagem com os transeuntes de uma forma bem disposta e informal.
Também a Pequena Sereia, em Copenhague, ex libris da cidade é um exemplo vivo de uma estátua que todos abraçam e com querem ser fotografados.
Tenho a noção exacta que muitos dos autores destas peças serão artistas menores, mas estão aqui apenas como exemplos do que a Escultura, arte menosprezada nos nossos dias, poderia fazer pela dinamização e beleza das cidades onde vivemos.
A única excepção no panorama nacional é João Cutileiro que, pelo seu talento e temática habitual, mas também pelas polémicas que rodeiam muitos dos seus trabalhos mais importantes (D.Sebastião em Lagos ou Monumento ao 25 de Abril, em Lisboa, por exemplo) para além da personalidade irónica e mordaz, conseguiu romper a bruma de silêncio que envolve os Escultores.
A próxima vez que viajar até ao Rio de Janeiro, caminhe até ao fim da Praia do Leblon e sente-se num banco a bater um papo como Poeta e Escritor brasileiro Carlos Drummond de Andrade.
Comecei a gostar deste tipo de esculturas, sem pretensões e bem dispostas, numa viagem a Malmo, na Suécia, onde as ruas estão pejadas de casos como os aqui mostrados que podem ir de Bandas com inúmeros elementos até Gatos, Patos ou outras figuras de pequena dimensão.
E mesmo no caso de alguém, com timidez, falar nas estátuas do Marquês de Pombal, do Camões, do Eça ou do Pessoa, vai ser muito difícil que conheçam os seus autores.
Escultores consagrados, à época ou mesmo nos nossos dias, mas que passam uma vida obscura longe dos holofotes da fama de uma Paula Rego, de um Lobo Antunes, de um Victorino de Almeida ou de um Manoel de Oliveira.
O"Galo" com o seu espírito Robin dos Bosques plus D.Quixote resolveu repôr a Justiça...
Pra que saibam, a estátua do Marquês de Pombal é da autoria de três escultores e não apenas de um (Francisco Sanches, Adão Bermudes e António de Couto), o Camões foi esculpido por Vitor Bastos, Teixeira Lopes é o autor do conjunto escultórico do Eça e, finalmente, o Professor e Escultor Lagoa Henriques é o responsável pelo êxito urbano que é a estátua de Fernando Pessoa, em plena Brasileira, diariamente fotografado por centenas de turistas.
E podemos talvez começar por aí...Porque é que o Pessoa é um êxito tão grande?Porque as pessoas podem interagir com ele, sentar-se ao lado, fazer poses, tirar fotografias em que elas próprias esão presentes, enquanto que, pelo menos no nosso país, muitas das outras estátuas são pesadas, austeras e clássicas, para observar à distância.
Deixamos aqui vários exemplos de esculturas, um pouco por todo o Mundo, divertidas, urbanas e que interagem com os transeuntes de uma forma bem disposta e informal.
Também a Pequena Sereia, em Copenhague, ex libris da cidade é um exemplo vivo de uma estátua que todos abraçam e com querem ser fotografados.
Para mim foi uma certa desilusão pois, no meu imaginário, o enquadramento seria diferente...
Tenho a noção exacta que muitos dos autores destas peças serão artistas menores, mas estão aqui apenas como exemplos do que a Escultura, arte menosprezada nos nossos dias, poderia fazer pela dinamização e beleza das cidades onde vivemos.
os nomes ou a obra
de Francisco Simões,
Dorita Castel-Branco,
José Rodrigues
ou Barata Feyo?
Todos artistas com larga produção e trabalhos importantes mas que, mesmo assim, não saiem do círculo restricto dos especialistas.
A única excepção no panorama nacional é João Cutileiro que, pelo seu talento e temática habitual, mas também pelas polémicas que rodeiam muitos dos seus trabalhos mais importantes (D.Sebastião em Lagos ou Monumento ao 25 de Abril, em Lisboa, por exemplo) para além da personalidade irónica e mordaz, conseguiu romper a bruma de silêncio que envolve os Escultores.
A próxima vez que viajar até ao Rio de Janeiro, caminhe até ao fim da Praia do Leblon e sente-se num banco a bater um papo como Poeta e Escritor brasileiro Carlos Drummond de Andrade.
Pode aproveitar para beber uma água de coco ou uma caipirinha...
Comecei a gostar deste tipo de esculturas, sem pretensões e bem dispostas, numa viagem a Malmo, na Suécia, onde as ruas estão pejadas de casos como os aqui mostrados que podem ir de Bandas com inúmeros elementos até Gatos, Patos ou outras figuras de pequena dimensão.
Também na vizinha Copenhaga essa mesma situação se repete.
E, recentemente, em Budapeste tornei a ter a mesma experiência...
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Fotos do Mundo
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
BD de Angoulême começa Hoje
"...A 36ª edição do Festival Internacional de BD de Angoulême
começa hoje. Até ao próximo domingo, todos os olhos estarão postos
começa hoje. Até ao próximo domingo, todos os olhos estarão postos
no gigantesco palco montado naquela pequena cidade do sul
de França, onde milhares de consumidores vão disputar
os autógrafos e as dedicatórias dos seus autores preferidos..."
"...O programa do certame inclui ainda um sem número
de manifestações paralelas, que incluem lançamentos de obras,
debates, colóquios e exibição de filmes.
Merece ainda destaque o mercado dos livros usados
e das raridades bibliográficas, assim como a área
consagrada aos fanzines e edições paralelas..."
Carlos Pessoa in Público
Esta notícia, bem mais extensa e pormenorizada lida
no diáro Público, trouxe-me à memória uma viagem
feita há alguns anos juntamente com
o meu compagnon de route e cousin, Zé Viegas Soares,
também ele maluquinho desde sempre pela BD,
Histórias aos Quadradinhos, ou como lhes quiserem chamar.
Andávamos a alimentar há tempos uma ida
ao Festval de Angoulême, e naquele ano fomos mesmo...
Metemo-nos no avião até Paris, onde deixamos
as nossas caras metades e enfiámo-nos, de seguida,
no comboio para Angoulême.
Depois de alguns quiproquós com uma típica família francesa
que viajava no mesmo compartimento e nos olhava
com ar suspeito, achando que eramos um casal gay
de meia idade, em viagem de recreio,
lá chegámos à simpática cidade.
Difícil foi encontrar um quarto vago pois durante os dias
do Festival, a cidade fica cheia de maluquinhos de todo o lado.
Só conseguimos um quarto com cama de casal
(...ai se os nossos vizinhos do comboio soubessem!)
e entre ressonos e assobios, lá passamos duas ou três noites.
Mas o importante foram os dias ( desculpa lá ó Zé)
em que as Exposições se seguiam às Palestras
e estas às Feiras de Livros mais espantosas.
Toda a cidade é decorada, nesta altura, com personagens de BD
assim comos os Restaurantes têm ementas especiais
onde se pode encontrar Javali à Obelix ou Spaguetti à Manara,
as montras obedecem à temática geral e, principalmente,
ninguém nos olha de lado por darmos pulos de alegria
ao encontrarmos o número do Charlie Mensuel que nos faltava
ou ao comprarmos, a bom preço, o Foguetão do Tintin
que há imenso tempo namorávamos...
Enfim, uma experiência que recomendo
a todos os amantes da 9ª Arte, mas só a eles...
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Banda Desenhada
O Trauma da Morada - Miguel Esteves Cardoso
Um dos grandes problemas da nossa sociedade
é o trauma da morada.
"...Por exemplo. Há uns anos, um grande amigo meu,
que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide.
Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés.
Só tinha um problema. Era em Carnaxide.
Nunca mais ninguém o viu.
Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!
Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide,
como Carnide e Moscavide.
Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide.
Um palácio com sessenta quartos em Carnide
é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais.
É a injustiça do endereço.
Está-se numa festa e as pessoas perguntam,
por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos.
O tamanho e a arquitectura da casa não interessam.
Mas morre imediatamente quem disser
que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém,
Abuxarda, Alformelos, Murtosa, Angeja…
ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola.
Para não falar na Cova da Piedade, na Coina,
no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (...)
Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito,
Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se
porque é que Portugal não está preparado para entrar na CEE.
De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis)
e Deixa o Resto (Santiago do Cacém),
como é que a Europa nos vai querer integrar?
Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia
ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses.
Imagine-se o impacte de dizer
"Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.
Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz
pergunta delicadamente "E a menina de onde é?",
e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).
E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga,
perguntando "E onde mora, presentemente?",
Só para ouvir dizer que a senhora habita
na Herdade da Chouriça (Estremoz).
É terrível. O que não será o choque psicológico da criança
que acorda, logo depois do parto, para verificar
que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro?
Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova,
parece o nome de uma versão transmontana
do Garganta Funda.
Aliás, que se pode dizer de um país que conta
não com uma Vergadela (em Braga),
mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso?
Será ou não exagerado relatar a existência,
no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?
É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
Ninguém é do Porto ou de Lisboa.
Toda a gente é de outra terra qualquer.
Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome
profundamente embaraçante,
daqueles que fazem apetecer mentir.
Qualquer bilhete de identidade fica comprometido
pela indicação de naturalidade que reze
Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro).
É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza
a amigos estrangeiros
("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").
Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque
a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa.
Verá que não é bem atendido. (...)
Não há limites.
Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima!
Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros.
Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus,
ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços,
tipo Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...)
Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa
fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra)
passando pelo Corte Pão e Água (Mértola),
sem passar por Poriço (Vila Verde),
e acabando a comprar rebuçados
em Bombom do "Bogadouro"¹, (Amarante),
depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã)..."
¹ - Bogadouro é o Mogadouro quando se está constipado!!!
Miguel Esteves Cardoso
Enviado por Mário Ortet
Nota do Galo: O talento que MEC tinha, no seu período Drugs, Drinks &Rock'n'Roll, era realmente notável e fez-me recordar um curto episódio da minha Vida que aqui deixo relatado.
Quando cheguei dos Estados Unidos, fui asilar em casa de uma Amiga minha que, pouco tempo depois, me colocou as malas à porta.
Obrigado a arranjar uma casa de um dia para o outro, consegui um pequeno apartamento com vista para o rio, muito simpático, barato, com chão de cortiça, relativamente central, que só tinha um inconveniente...era na Picheleira!
Ainda me lembro de quando me perguntavam onde morava eu responder"- Bem, hum...é na parte de trás da Alameda!".
Mas alguns insistiam"- Onde, nas Olaias?"
E eu, cada vez a falar mais baixinho "-Não, bem...mais abaixo, mais abaixo...".
"-Ah!"- exclamavam os meus interlocutores, triunfantes"- Moras na Picheleira!!!".
E eu olhava à minha volta à procura dum buraco para me enfiar...
é o trauma da morada.
"...Por exemplo. Há uns anos, um grande amigo meu,
que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide.
Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés.
Só tinha um problema. Era em Carnaxide.
Nunca mais ninguém o viu.
Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!
Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide,
como Carnide e Moscavide.
Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide.
Um palácio com sessenta quartos em Carnide
é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais.
É a injustiça do endereço.
Está-se numa festa e as pessoas perguntam,
por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos.
O tamanho e a arquitectura da casa não interessam.
Mas morre imediatamente quem disser
que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém,
Abuxarda, Alformelos, Murtosa, Angeja…
ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola.
Para não falar na Cova da Piedade, na Coina,
no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (...)
Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito,
Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se
porque é que Portugal não está preparado para entrar na CEE.
De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis)
e Deixa o Resto (Santiago do Cacém),
como é que a Europa nos vai querer integrar?
Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia
ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses.
Imagine-se o impacte de dizer
"Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.
Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz
pergunta delicadamente "E a menina de onde é?",
e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).
E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga,
perguntando "E onde mora, presentemente?",
Só para ouvir dizer que a senhora habita
na Herdade da Chouriça (Estremoz).
É terrível. O que não será o choque psicológico da criança
que acorda, logo depois do parto, para verificar
que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro?
Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova,
parece o nome de uma versão transmontana
do Garganta Funda.
Aliás, que se pode dizer de um país que conta
não com uma Vergadela (em Braga),
mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso?
Será ou não exagerado relatar a existência,
no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?
É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
Ninguém é do Porto ou de Lisboa.
Toda a gente é de outra terra qualquer.
Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome
profundamente embaraçante,
daqueles que fazem apetecer mentir.
Qualquer bilhete de identidade fica comprometido
pela indicação de naturalidade que reze
Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro).
É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza
a amigos estrangeiros
("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").
Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque
a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa.
Verá que não é bem atendido. (...)
Não há limites.
Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima!
Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros.
Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus,
ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços,
tipo Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...)
Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa
fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra)
passando pelo Corte Pão e Água (Mértola),
sem passar por Poriço (Vila Verde),
e acabando a comprar rebuçados
em Bombom do "Bogadouro"¹, (Amarante),
depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã)..."
¹ - Bogadouro é o Mogadouro quando se está constipado!!!
Miguel Esteves Cardoso
Enviado por Mário Ortet
Nota do Galo: O talento que MEC tinha, no seu período Drugs, Drinks &Rock'n'Roll, era realmente notável e fez-me recordar um curto episódio da minha Vida que aqui deixo relatado.
Quando cheguei dos Estados Unidos, fui asilar em casa de uma Amiga minha que, pouco tempo depois, me colocou as malas à porta.
Obrigado a arranjar uma casa de um dia para o outro, consegui um pequeno apartamento com vista para o rio, muito simpático, barato, com chão de cortiça, relativamente central, que só tinha um inconveniente...era na Picheleira!
Ainda me lembro de quando me perguntavam onde morava eu responder"- Bem, hum...é na parte de trás da Alameda!".
Mas alguns insistiam"- Onde, nas Olaias?"
E eu, cada vez a falar mais baixinho "-Não, bem...mais abaixo, mais abaixo...".
"-Ah!"- exclamavam os meus interlocutores, triunfantes"- Moras na Picheleira!!!".
E eu olhava à minha volta à procura dum buraco para me enfiar...
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Divagando se vai Longe
Mensagens de Cabo Verde by Contessa
Passeio por Santiago
O presente relato, e outros que eventualmente irei "alinhavar"
para este "Galo", animal de muita estimação para o seu dono,
e meu Amigo Prá Vida, vai ser, acima de tudo,
um relato dos sentidos e das emoções,
que muito pouco terá de página de Internet;
para isso, existe a propriamente dita, onde cada um poderá encontrar
tudo aquilo que quiser, a frio e sem dor...
Esta festa caboverdeana começou há uma semana,
com a visão nocturna da cidade da Praia e um ventinho forte, mas morno,
bem contrastante com aquele que tinha deixado em Lisboa.
A Praia é uma cidade ampla, com edifícios históricos,
de arquitectura colonial, concentrados no chamado "Plateau",
em frente à baía, e que cresceu de uma certa forma desorganizada.
Não se pode dizer que é uma cidade bonita mas, em compensação,
a sua gente, mesmo a mais humilde, comporta uma imponência
e uma dignidade de fazer inveja a muitos dos europeus que conheço,
encolhidos, tristes e de cabeça baixa...
São homens e mulheres muito bonitos, de pele brilhante e lisa
e as crianças - e há muitas- são estatuetas de porcelana,
de muitíssimo bom gosto.
No primeio passeio para fora da cidade, depois de um óptimo pequeno almoço no "Pão Quente" - comi um excelente Bolo Rei, acabadinho de fazer... - esperava-me a grande surpresa de uma paisagem cheia de montanhas e de picos elevadíssimos, autênticas agulhas implantadas no verde das últimas chuvas - é São Domingos, Rui Vaz e o Pico da Antónia, a quase 1400 metros de altitude, a Sintra cá do sítio...
E com a devida proporção, alturas houve em que quase me senti no "Grand Canyon"!
A viagem continuou, debaixo de um sol abrasador, pela cidade da Assomada - nome conhecido em tempos de trabalho de Cooperação - Serra da Malagueta, Chão Bom e Tarrafal.
E o campo de concentração doTarrafal despoletou em mim dois sentimentos muito contraditórios, de polos diametralmente opostos.
Por um lado, o arrepio da visita ao campo para presos políticos, do antigo regime, construído em 1936 e que funcionou, salvo erro, até meados dos anos 50 - felizmente, nem sinais da "Frigideira", lugar de castigo máximo, do qual existe apenas uma pequena "maquette".
O presente relato, e outros que eventualmente irei "alinhavar"
para este "Galo", animal de muita estimação para o seu dono,
e meu Amigo Prá Vida, vai ser, acima de tudo,
um relato dos sentidos e das emoções,
que muito pouco terá de página de Internet;
para isso, existe a propriamente dita, onde cada um poderá encontrar
tudo aquilo que quiser, a frio e sem dor...
Esta festa caboverdeana começou há uma semana,
com a visão nocturna da cidade da Praia e um ventinho forte, mas morno,
bem contrastante com aquele que tinha deixado em Lisboa.
A Praia é uma cidade ampla, com edifícios históricos,
de arquitectura colonial, concentrados no chamado "Plateau",
em frente à baía, e que cresceu de uma certa forma desorganizada.
Não se pode dizer que é uma cidade bonita mas, em compensação,
a sua gente, mesmo a mais humilde, comporta uma imponência
e uma dignidade de fazer inveja a muitos dos europeus que conheço,
encolhidos, tristes e de cabeça baixa...
São homens e mulheres muito bonitos, de pele brilhante e lisa
e as crianças - e há muitas- são estatuetas de porcelana,
de muitíssimo bom gosto.
No primeio passeio para fora da cidade, depois de um óptimo pequeno almoço no "Pão Quente" - comi um excelente Bolo Rei, acabadinho de fazer... - esperava-me a grande surpresa de uma paisagem cheia de montanhas e de picos elevadíssimos, autênticas agulhas implantadas no verde das últimas chuvas - é São Domingos, Rui Vaz e o Pico da Antónia, a quase 1400 metros de altitude, a Sintra cá do sítio...
E com a devida proporção, alturas houve em que quase me senti no "Grand Canyon"!
A viagem continuou, debaixo de um sol abrasador, pela cidade da Assomada - nome conhecido em tempos de trabalho de Cooperação - Serra da Malagueta, Chão Bom e Tarrafal.
E o campo de concentração doTarrafal despoletou em mim dois sentimentos muito contraditórios, de polos diametralmente opostos.
Por um lado, o arrepio da visita ao campo para presos políticos, do antigo regime, construído em 1936 e que funcionou, salvo erro, até meados dos anos 50 - felizmente, nem sinais da "Frigideira", lugar de castigo máximo, do qual existe apenas uma pequena "maquette".
Para quem não saiba, a Frigideira era um pequeno edifício em cimento, de cinco a seis metros de comprimento por três de largura, com ventilação para o exterior apenas permitida através de cinco pequenos orifícios e uma fresta gradeada na porta de ferro, onde os presos eram mantidos à mercê das altas temperaturas da ilha - daí o nome que lhe foi factualmente atribuído...
Do outro lado, uma belíssima baía, uma praia de areias brancas, um mar morno e transparente, um banho celestial há muito desejado, um restaurante com morna, coladera e funaná, uma cachupa deliciosa, duas cervejas "estupidamente" geladas e dois cafés "di terra" para preparar o caminho de volta...
E por agora, que a noite já vai longa, apenas um "até breve" e os votos de que, "quêm me ler" esteja, pelo menos, tão bem como eu estou neste momento!
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Fotos do Mundo
O Diacho do Home tem resposta pra Tudo...
- Diga-nos então o que pensa das suspeitas dos jornais ingleses?
- Aconselho o Sr.Jornalista a que leia o Relatório da Procuradoria Geral da República.
- E então, houve, ou não tentativa de suborno?
- O Sr.Jornalista não leu o Relatório da Procuradoria Geral da República, pois não?
- Porque é que familiares seus aparecem envolvidos neste processo?
- Para saber a resposta basta consultar o Relatório da Procuradoria Geral da República.
- E a celeridade da aprovação, não foi anómala?
- Eu não posso responder a mais do que duas perguntas por
Jornalista, mas mesmo assim digo-lhe que examine, em detalhe,
o Relatório da Procuradoria Geral da República.
- Até quando é que vai aguentar esta pressão?
- Para isso, vou ter que analisar o Relatório da Procuradoria Geral da República.
E por hoje é tudo, muito obrigado a todos os Srs. Jornalistas...
- Sr.Primeiro Ministro, tem horas que me diga?
- Ó homem, que diabo, já lhe disse para ler o Relatório da Procuradoria Geral da República !!!
- Aconselho o Sr.Jornalista a que leia o Relatório da Procuradoria Geral da República.
- E então, houve, ou não tentativa de suborno?
- O Sr.Jornalista não leu o Relatório da Procuradoria Geral da República, pois não?
- Porque é que familiares seus aparecem envolvidos neste processo?
- Para saber a resposta basta consultar o Relatório da Procuradoria Geral da República.
- E a celeridade da aprovação, não foi anómala?
- Eu não posso responder a mais do que duas perguntas por
Jornalista, mas mesmo assim digo-lhe que examine, em detalhe,
o Relatório da Procuradoria Geral da República.
- Até quando é que vai aguentar esta pressão?
- Para isso, vou ter que analisar o Relatório da Procuradoria Geral da República.
E por hoje é tudo, muito obrigado a todos os Srs. Jornalistas...
- Sr.Primeiro Ministro, tem horas que me diga?
- Ó homem, que diabo, já lhe disse para ler o Relatório da Procuradoria Geral da República !!!
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Short Stories
Palya Bea - Tchiki Tchiki
Aqui fica mais uma descoberta do"Galo" tirada de Transylvania, filme realizado por Tony Gatlif.
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Música no Coração
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Pedro y Las Chicas de Almodovar
Óscares em Hollywood, Césares, Goyas, Kikitos em Gramado,
Teddy em Berlim, Osella em Veneza, prémios em Toronto,
Bogotá, Fantasporto, European Film Festival, México,
San Sebastián ou BAFTA, são algumas das manifestações de apreço,
sem ordem nem disciplina, que o mais conhecido
Realizador espanhol, tem recebido um pouco por todo o Mundo.
Pedro Almodóvar, Realizador, Argumentista e, em tempos, Actor,
nasceu na Mancha, em 1951,
e por absoluta falta de meios nunca conseguiu estudar Cinema.
Tendo andado nos Salesianos e nos Franciscanos, perdeu a Fé
devido ao conservadorismo dos seus professores.
Aos 16 anos, foi viver sózinho para Madrid
mas Franco, entretanto, fechara a Escola Oficial de Cinema.
Teddy em Berlim, Osella em Veneza, prémios em Toronto,
Bogotá, Fantasporto, European Film Festival, México,
San Sebastián ou BAFTA, são algumas das manifestações de apreço,
sem ordem nem disciplina, que o mais conhecido
Realizador espanhol, tem recebido um pouco por todo o Mundo.
Pedro Almodóvar, Realizador, Argumentista e, em tempos, Actor,
nasceu na Mancha, em 1951,
e por absoluta falta de meios nunca conseguiu estudar Cinema.
Tendo andado nos Salesianos e nos Franciscanos, perdeu a Fé
devido ao conservadorismo dos seus professores.
Aos 16 anos, foi viver sózinho para Madrid
mas Franco, entretanto, fechara a Escola Oficial de Cinema.
e só ao fim desse tempo conseguiu amealhar dinheiro para comprar a sua primeira Super-8 .
Nessa época, Madrid era o centro da célebre movida espanhola e Almodóvar, com toda a sua irreverência e criatividade,
Nessa época, Madrid era o centro da célebre movida espanhola e Almodóvar, com toda a sua irreverência e criatividade,
era um dos seus elementos mais activos.
se junta ao Grupo
de Teatro Independente
Los Gollardos e forma
a banda Punk-Rock
Almodóvar e McNamara.
Tudo isto sem descurar as suas realizações em Super8,
Tudo isto sem descurar as suas realizações em Super8,
a verdadeira escola de Cinema
onde aprendeu muito, do que viria a utilizar mais tarde.
os objectos ditos pirosos, os personagens castiços e bairristas,
são o resultado da sua observação diária,
durante doze anos, dos milhares de clientes atendidos na Telefónica,
segundo as suas próprias palavras.
Tendo passado depois para os 16mm, Almodóvar realizou a sua primeira longa metragem em 1980.
Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas
já mostrava muitas das características
que viriam a ser a marca registrada do Autor - Mulheres, Transsexuais, Travestis,
Sexo, Amor e Humor.
É curioso mas a primeira vez que ouvi falar de Almodóvar não foi devido ao Cinema, mas sim através do seu livro de crónicas Patty Diphusa.
Muitos dos seus trabalhos seguintes foram também sucesso, como foi o caso de Ata-me, Tacones Lejanos, Tudo sobre a Minha Mãe,
Pedro Almodóvar realizaria ainda
Labirinto de Paixões,Maus Hábitos,Matador, A Lei do Dersejo
e finalmente Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos que o catapultaria
para a Fama a nível mundial.
Muitos dos seus trabalhos seguintes foram também sucesso, como foi o caso de Ata-me, Tacones Lejanos, Tudo sobre a Minha Mãe,
Fale com Ela, Má Educação ou Volver.
Almodóvar é conhecido pela sua preferência
Almodóvar é conhecido pela sua preferência
pelas estrelas femininas,
que interpretam sempre os papéis mais importantes das suas películas.
Victoria Abril, Carmen Maura,
Marisa Paredes ou Penélope Cruz
são algumas das que, em diferentes períodos,
têm percorrido mais frequentemente a sua obra.
com a Religião e Educação Católica
também tem um lugar de honra
na sua Filmografia com especial ênfase
em Má Educação e Negros Hábitos.
Realizador espanhol
a ganhar um Óscar da Academia
tendo ganho, em 1999,
o Óscar do Melhor
Filme Estrangeiro com Tudo sobre a Minha Mãe e em 2002,
o de Melhor Argumento Original com Fale com Ela.
Nas fichas técnicas dos seus Filmes, Pedro Almodóvar
assina, por vezes, como Pepe Patatin.
A sua obra barroca e a forma admirável como dirige as actrizes
já levaram muitos críticos a considerarem-no o Georges Cukor
dos tempos modernos.
Para mim, mordacidade, paixão e desejo, dor e amizade
são as traves mestras de quase todos os trabalhos
deste invulgar Criador.
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Filmes da Minha Vida
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