começa hoje. Até ao próximo domingo, todos os olhos estarão postos
no gigantesco palco montado naquela pequena cidade do sul
de França, onde milhares de consumidores vão disputar
os autógrafos e as dedicatórias dos seus autores preferidos..."
"...O programa do certame inclui ainda um sem número
de manifestações paralelas, que incluem lançamentos de obras,
debates, colóquios e exibição de filmes.
Merece ainda destaque o mercado dos livros usados
e das raridades bibliográficas, assim como a área
consagrada aos fanzines e edições paralelas..."
Carlos Pessoa in Público
Esta notícia, bem mais extensa e pormenorizada lida
no diáro Público, trouxe-me à memória uma viagem
feita há alguns anos juntamente com
o meu compagnon de route e cousin, Zé Viegas Soares,
também ele maluquinho desde sempre pela BD,
Histórias aos Quadradinhos, ou como lhes quiserem chamar.
Andávamos a alimentar há tempos uma ida
ao Festval de Angoulême, e naquele ano fomos mesmo...
Metemo-nos no avião até Paris, onde deixamos
as nossas caras metades e enfiámo-nos, de seguida,
no comboio para Angoulême.
Depois de alguns quiproquós com uma típica família francesa
que viajava no mesmo compartimento e nos olhava
com ar suspeito, achando que eramos um casal gay
de meia idade, em viagem de recreio,
lá chegámos à simpática cidade.
Difícil foi encontrar um quarto vago pois durante os dias
do Festival, a cidade fica cheia de maluquinhos de todo o lado.
Só conseguimos um quarto com cama de casal
(...ai se os nossos vizinhos do comboio soubessem!)
e entre ressonos e assobios, lá passamos duas ou três noites.
Mas o importante foram os dias ( desculpa lá ó Zé)
em que as Exposições se seguiam às Palestras
e estas às Feiras de Livros mais espantosas.
Toda a cidade é decorada, nesta altura, com personagens de BD
assim comos os Restaurantes têm ementas especiais
onde se pode encontrar Javali à Obelix ou Spaguetti à Manara,
as montras obedecem à temática geral e, principalmente,
ninguém nos olha de lado por darmos pulos de alegria
ao encontrarmos o número do Charlie Mensuel que nos faltava
ou ao comprarmos, a bom preço, o Foguetão do Tintin
que há imenso tempo namorávamos...
Enfim, uma experiência que recomendo
a todos os amantes da 9ª Arte, mas só a eles...
Eu também sou doido por graphic novels e tenho aliás uma colecção com muitas dezenas de exemplares.Para quando uma referência a este género mais actual e actuante da BD?
ResponderExcluirBoa ideia, começaremos por Persepolis.
ResponderExcluir