Aquele Político andava a ser perseguido
pelos Meios de Comunicação nacionais e estrangeiros.
Não o largavam, com insinuações de corrupção,
de que recebera milhões por baixo da mesa.
Acenavam com provas, faxes, tráfico de influências,
off shores, e por aí fora.
Mas ele estava seguro de si,
de consciência tranquila e mãos limpas.
Por isso marcou aquela conferência de Imprensa
para resolver, de uma vez por todas, a situação.
Durante horas falou, com inegável facilidade,
respondendo a todas as dúvidas,
esclarecendo todos os pormenores.
No final, foi muito aplaudido.
Suspirou, aliviado.
Fechou-se no seu gabinete.
Colocou a peruca ruiva aos caracóis e o bigode postiço.
Depois entrou no jacto particular
e rumou à ilha tropical, adquirida uns anos atrás,
para um bem merecido fim-de-semana.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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Este nosso 1º ministro que realmente parece não deixar e não ter margem para dúvidas, aproximando-se cada vez de outro 1º que já tivemos, esse que não se enganava e raramente tinha dúvidas, devia, para além de colocar a peruca ruiva aos caracóis, pintar a cara de preto e talvez daí resultasse mais um boneco, tipo Sócrates Saudade (Nenhuma) a lembrar o impagável Serafim Saudade (Imensa).
ResponderExcluirMas o pintar a cara de preto tem sobretudo a ver com a vergonha que este 1º devia ter quando o seu admirável Joe Berardo, apoiado e apaparicado por ele e governo ad náusea, Figura do Ano de 2007 (se não foi, andou lá perto), estoirou e quase faliu na semana passada!
Foi de facto mais uma vítima da crise, mas sobretudo uma vítima do seu jogo de investimentos e da ganância associada, levando-o a pensar que podia controlar o BCP e quiçá o país, sempre apoiado, directa ou indirectamente, pelo nosso 1º.
A história não acaba aqui, pois Joe quase faliu apenas! Lá estiveram para o salvar os bancos habituais, não por acaso, dado que também já eram os que estavam cravados com a dívida de Joe. E mais, o negócio ainda acabou por ser favorável a Joe, já que segundo os ditos bancos ele constituía-se como um risco sistémico.
Acredito que os bancos envolvidos o vejam como risco sistémico, mas julgo que o risco sistémico que Joe Berardo constitui, pode ser sim muito mais pernicioso para o país que somos neste momento, vulnerável como nunca, cheio de fragilidades aos vários níveis e em quase todos os domínios, parco em valores e referências, com lideranças musculadas apologistas de notoriedades fáceis.
Quantas mais destas figurinhas, like Joe, não poderão vir a emergir, sabendo que Sócrates, Lino e Pinho lá estarão para o que der e vier…e que nós, senão aplaudirmos, pelo menos, permitiremos.
Pois…Sócrates Saudade, Nenhuma. E de nós?
Margarida Ferreira dos Santos
Guidinha demorou...mas arrecadou!!!
ResponderExcluirAí a temos com todo o seu fulgor e verve acutilante,ainda mais significativa por sabermos que Sócrates lhe merecia até algum tempo atrás,como aliás a muitos de nós,algum capital de esperança.
Claro que depois de Santana,Barroso e Guterres qualquer um pareceria um Príncipe Encantado mas mesmo assim Sócrates,no seu início,deu alguns sinais de vontade de mudar, cortar a direito e assumir a resolução de várias questões "fracturantes".
Por cansaço,desinteresse ou corrupção do Poder,para além de todos os Pinos&Linos que o rodeiam, essas boas intenções já há muito se diluiram num mar de arrogância,compradio e navegação à vista.
Como muito bem observas,Margarida,o Comendador Berardo é bem o exemplo da boçalidade,do enriquecimento próprio pela especulação,sem criar qualquer riqueza para o País e do provincianismo lusitano que o elevou às nuvens, lhe deu honras de capa de revistas( e não falo só das del corazon!)de entrevistas no prime time das televisões, etc...
Basta ler o Triunfo dos Porcos,está lá tudo!
É!
ResponderExcluirTodos os animais são iguais, mas...... há uns mais iguais do que outros!!!
Orwell, há muitos muitos anos atrás, já sabia do que estava a falar...
Já cá faltava uma citação para dar um ar intelectual.
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