quarta-feira, 13 de maio de 2009

Don Giovanni - Mozart

Wolfgang Amadeus Mozart , autor de mais de 600 obras,
um dos compositores de música clássica mais popular
de todos os tempos, nasceu em 1756, em Salzburgo, Áustria,
tendo sido baptizado com o nome latino
de Johannes Chrysostomus Wolfgang Gottlieb Mozart.


Foi uma criança prodígio.
Filho de uma família musical burguesa, começou a compor minuetos para cravo com a idade de cinco anos.
Entre 1770 e 1773 visitou a Itália por três vezes, onde compôs a ópera Mitridate, re di Ponto que obteve um êxito apreciável.

O resto dessa década foi passado em Salzburgo, onde cumpriu os seus deveres de "Konzertmeister" (mestre de concerto), compondo missas, sonatas de igreja, serenatas e outras obras.

Mas o ambiente de Salzburgo, cada vez com menos perspectivas, levava a uma constante insatisfação de Mozart com a sua situação.


















Insatisfeito por ser colocado entre os criados, pediu a demissão.
A partir daí passou a viver da renda de concertos, da publicação das suas obras e das aulas particulares.

O período seguinte é um dos mais ricos de toda a sua carreira, com óperas (Idomeneo e O Rapto do Serralho ), sonatas para piano, música de câmara e, principalmente, com uma deslumbrante sequência de concertos para piano.
Em 1786, compôs a primeira ópera em que contou com a colaboração de Lorenzo da Ponte: As bodas de Fígaro.
A ópera fracassa em Viena, mas faz um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebe uma encomenda de uma nova ópera.
Esta viria a ser Don Giovanni, considerada por muitos a sua obra-prima.

Mais uma vez, a obra não foi bem recebida em Viena.
Mozart ainda escreveria Così fan tutte, com libreto de Da Ponte,
em 1789 (que seria a última colaboração entre os dois).
A partir dessa altura, a sua popularidade começou a diminuir junto do público vienense, o que veio agravar a sua condição financeira e nos seus últimos anos a sua produção declinou devido a problemas de saúde, aliados a uma crescente preocupação do compositor em relação à sinceridade do amor que sua mulher, Constanze, lhe dedicava.


Em 1791, compõe as suas duas últimas óperas:
A Flauta Mágica e A Clemência de Tito
e com a saúde cada vez mais enfraquecida,
morreu na madrugada de 4 para 5 de Dezembro.
Até hoje, não se sabe o local exacto de seu túmulo.










ACTO I
Na rua frente à casa de Dona Ana

Don Giovanni está dentro da habitação, mascarado, tentando seduzir Dona Ana, filha de um Comendador. Cá fora, o criado Leporello espera pelo seu amo que sai a correr da casa de Dona Ana, seguido por esta e pelo Comendador .
O velho pai bate-se com Don Giovanni em duelo, caíndo morto.













Don Giovanni e Leporello fogem. Ana e o noivo D. Octávio, perante o cadáver do Comendador, juram vingar a morte do ancião.
Entretanto, o galã e o seu servo encontram uma mulher a cantar uma canção sobre o amante que a abandonou.
Don Giovanni decide "consolá-la", mas ao aproximar-se descobre que se trata de Dona Elvira, mais uma amante, abandonada por ele.
Escapa-se, de novo, e deixa a Leporello o trabalho de dizer a Elvira a extensa lista das conquistas de Don Giovanni .



















Numa aldeia próxima

Dois camponeses, Masetto e Zerlina, vão casar-se.
Chega Don Giovanni que tenta deslumbrar Zerlina com o seu encanto artificial.
Nesse momento aparece Elvira que adverte Zerlina do mau carácter do aristocrata.
Entra, de seguida, Dona Ana que reconhece Don Giovanni pela voz , informando Octávio.




























Don Giovanni, entretanto convida os aldeãos para uma festa a fim de aumentar as suas conquistas.
Masetto, que estava ofendido com sua noiva, Zerlina,
reconcilia-se com ela.




































Octávio, Ana e Elvira, mascarados, pensam ir à festa atrapalhar Don Giovanni.
No baile, Don Giovanni tenta de novo conquistar Zerlina e quando ela grita, Leporello diz que foi ele o culpado, sendo a verdade reposta por Octávio, Ana e Elvira que se desmascaram.
















ACTO II

Don Giovanni resolve conquistar uma criada de Dona Elvira.
E para atingir esse objectivo, troca de traje com Leporello,
cantando debaixo da varanda de Elvirta uma apaixonada serenata,
em que diz que a ama.
Quando se cala, Elvira recebe Leporello disfarçado de Don Giovanni
e este quando volta a estar só, começa a cantar para a criada,
enquanto toca bandolim.
Chega Masetto com uns amigos, com o propósito de matar Don Giovanni ,
mas este, na penumbra, faz-se passar por Leporello,
afasta os seus amigos e dá-lhe uma grande sova.
Elvira e o disfarçado Leporello encontram-se com Zerlina e Masetto
e de seguida com Dona Ana e Octávio.
Pensando que Leporello é Don Giovanni, os quatro ameaçam-no,
mas, para surpresa deles, Elvira defende-o.
Leporello é obrigado a identificar-se.
Octávio afirma o seu amor por Dona Ana
e Elvira lamenta ter sido atraiçoada, mais uma vez.













No cemitério, para onde haviam fugido, Don Giovanni e Leporello
contemplam a estátua do Comendador.
Ouve-se de repente uma voz “do outro mundo”, a da estátua,
que recrimina a conduta de Don Giovanni e promete vingança.
Leporello fica aterrorizado, mas Don Giovanni, impávido e sarcástico,
convida a estátua para cear com ele.
Nessa noite, durante uma alegre ceia em que Don Giovanni
está rodeado de mulheres, aparece Elvira suplicando-lhe
que mude de vida ao que este responde com arrogância:
“Vivam as mulheres, viva o bom vinho, sustento da glória e da humanidade!”
Quando sai, Elvira dá um grito ao ver a estátua do Comendador,
disposta a cumprir o convite que lhe fez Don Giovanni.
























O Comendador entra e arrasta Don Giovanni consigo
até às chamas do inferno,
enquanto se ouve um invisível coro de demónios.













Entram no castelo Dona Elvira, Dona Ana, Don Octávio,
Zerlina e Masetto, todos com desejos de vingança,
mas Leporello diz-lhes que o Comendador se antecipou..
Elvira resolve ir para um convento, Dona Ana
decide fazer um ano de luto, antes de se casar com Don Octávio,
Zerlina e Masetto celebram as bodas e Leporello
começa procurar um novo amo.
Todos, com alegria, dizem ao público
que aprendam a lição com o destino de Don Giovanni:
" A morte dos pérfidos é sempre igual à sua vida."

E, assim, termina mais um espectáculo de Ópera
em que, aleluia, só morre o protagonista masculino
e , pelo menos, as moçoilas lá se safam...

"Atraiçou-me essa alma ingrata.
Porém, traída e abandonada ,
ainda sinto piedade por ele.
Quando sinto o meu tormento
o coração fala-me de vingança;
mas, se atendo ao perigo que o espreita,
o meu coração começa a palpitar."

Dona Elvira, II Acto
E, agora, deixamo-los com a Abertura e início do 1º Acto


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7 comentários:

  1. Magnifico Mozart como eu te admiro!!

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  2. Excelente ópera e excelente, e muito bonito graficamente, post.

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  3. O don Giovani só não deu em cima de mim.
    Que pena.

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  4. :-) :-) :-)
    A minha:

    Fischer-Dieskau, Nilsson, Arroyo, Schreier.
    Karl Böhm, conductor.

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  5. O mito de D. Juan, dado aqui por mais uma das muitas maravilhosas criações de W.A.Mozart.
    Este mito, que seduziu tantos nomes grandes da literatura, da música e até da pintura, foi, mais recentemente, adaptado ao cinema por J. Losey, num filme de gosto requintado e excelentes interpretações vocais.
    Ainda mais recente, "Amadeus", de M. Forman, que nos retrata, com alguma exactidão, a curta vida deste génio da música ocidental, que acabou os seus dias sózinho, indigente e, diz-se, acompanhado à sepultura apenas por um cão...

    Quanto a mim, "entrei" em Mozart já tarde, com aquele "Requiem", quando soube que o meu Pai tinha partido...
    Deu-me tanto!
    Deu-me mais isto!
    Às vezes, quero estar com ele e, ainda hoje, oiço aquele "Requiem".
    Fico sempre em paz!

    Obrigada ao Galo por mais esta Avenue de L´Opera e por este belíssimo Momento Musical, com ilustrações a condizer...

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  6. Estava a ver que nunca mais tinhamos uma sessão de ópera. E logo Mozart.
    Contessa, também eu tive uma época de Requiem e também eu ainda hoje lá volto com frequência.

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  7. Momento alto na programação do Galo. Bravo !!!

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