sexta-feira, 22 de maio de 2009

E o Alegre se fez Triste?

Quando minha Alma arrefece
E sinto o Coração sangrar
Só me apetece gritar
Pra onde te levam PS ?

Mas depois sigo em frente
Sem tempo para tabús
Apesar dos Ais e Uúhs...
Eu quero ser Presidente.

Há sempre alguém que Resiste
Há sempre alguém que diz Não
E há sempre a transformação
Dalgum Alegre em ser Triste.

Cartoon de Henrique Monteiro

4 comentários:

  1. O Alegre não passa de mais um lobo com pele de cordeiro, para dividir a Esquerda.

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  2. Alegre a 03-07-1976 - "O esquerdismo destrói tudo aquilo em que toca, é da sua natureza a incapacidade de se organizar e de se estruturar".
    Alegre a 07-03-2009 - "Não percebo que se faça um congresso de viragem á esquerda em que se elege como inimigo principal a outra esquerda e até a esquerda do partido!"
    Bem, pelo menos a esquerda já não destrói nada. Alegre, Alegre...é só poesia.

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  3. Prefiro lembrar-me d'isto:

    Pergunto ao vento que passa
    notícias do meu país
    e o vento cala a desgraça
    o vento nada me diz.

    Pergunto aos rios que levam
    tanto sonho à flor das águas
    e os rios não me sossegam
    levam sonhos deixam mágoas.

    Levam sonhos deixam mágoas
    ai rios do meu país
    minha pátria à flor das águas
    para onde vais? Ninguém diz.

    Se o verde trevo desfolhas
    pede notícias e diz
    ao trevo de quatro folhas
    que morro por meu país.

    Pergunto à gente que passa
    por que vai de olhos no chão.
    Silêncio -- é tudo o que tem
    quem vive na servidão.

    Vi florir os verdes ramos
    direitos e ao céu voltados.
    E a quem gosta de ter amos
    vi sempre os ombros curvados.

    E o vento não me diz nada
    ninguém diz nada de novo.
    Vi minha pátria pregada
    nos braços em cruz do povo.

    Vi minha pátria na margem
    dos rios que vão pró mar
    como quem ama a viagem
    mas tem sempre de ficar.

    Vi navios a partir
    (minha pátria à flor das águas)
    vi minha pátria florir
    (verdes folhas verdes mágoas).

    Há quem te queira ignorada
    e fale pátria em teu nome.
    Eu vi-te crucificada
    nos braços negros da fome.

    E o vento não me diz nada
    só o silêncio persiste.
    Vi minha pátria parada
    à beira de um rio triste.

    Ninguém diz nada de novo
    se notícias vou pedindo
    nas mãos vazias do povo
    vi minha pátria florindo.

    E a noite cresce por dentro
    dos homens do meu país.
    Peço notícias ao vento
    e o vento nada me diz.

    Mas há sempre uma candeia
    dentro da própria desgraça
    há sempre alguém que semeia
    canções no vento que passa.

    Mesmo na noite mais triste
    em tempo de servidão
    há sempre alguém que resiste
    há sempre alguém que diz não.


    Manuel Alegre

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  4. Ah, e MTH:

    à beira do Manuel Alegre, tu és menos do que nada, less than zero...

    Compra uma merda de um espelho, e enxerga-te.
    :-\

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