sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Monstro - Vasco Pulido Valente


Nota do "Galo"- Para melhor leitura, clicar em cima do texto.

E já agora, está de acordo com o VPV? Ou, pelo contrário, pensa que soluções musculadas não nos levam a lado nenhum? Ou opta por uma terceira via, de nem tanto ao mar nem tanto à terra, no meio é que está a virtude, e por aí fora? Mais autoridade, com a expulsão dos elementos perturbadores? Deixa estar, que assim está muito bem? Temos que encontrar outra solução? E neste último caso, qual ou quais ?

5 comentários:

  1. Ai! que não concordo nada com isto e agora não tenho tempo para comentá-lo...

    Volto depois. Está prometido. :)

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  2. Só um atrasado mental, snob e alcoólico como este senhor, poderia avançar com uma barbaridade destas.
    E porque não Polícia de Choque nas Escolas, para acabar com os conflitos.
    E já agora para acabar com os Alunos...
    E com os Professores.

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  3. E como é que alguém escolhe um adiantado mental como este ( que pode ser muito inteligente e culto mas quase sempre só escreve disparates)para comunicar na televisão se ele não tem carisma, nem imagem, nem capacidade de expressão? Só se fôr para a Manela brilhar...

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  4. "O director chegou e disse: "Este é o seu reino e aqui tem os seus "meninos"." E sorria.
    Se tiver sarilhos - há-de tê-los, mas não estranhe! -, a esquadra da polícia fica no fim da rua e eu estou ao seu dipôr. Para as necessidades imediatas, aqui tem isto! (a régua) Tem de escolher desde o princípio: ou a senhora, ou eles! Sem complacências, se quiser sobreviver. Lamento dar-lhe a escória mas, aqui, é do que temos. Paciência..."

    Este excerto faz parte um texto lindíssimo da Maria Rosa Colaço, na introdução ao livro "A criança e a vida", uma colectânea de textos infantis coligidos por ela, professora primária (usando aqui uma expressão do antigamente).

    Quando li este artigo do VPV o livro assomou-me à memória. Ontem, mais liberta dos meus afazeres profissionais e pessoais, fui espreitar este livro maravilhoso, que me acompanha desde a infância. E percebi o porquê da associação. É a antítese!

    Não vou comentar o óbvio. Já escrevi que não concordo com o que é defendido no artigo e os leitores habituais do Galo já me conhecerão o suficiente para perceber porquê. Mas não queria deixar passar a oportunidade de partilhar convosco este testemunho poético, vivido e sentido, de uma professora que fez o impensável nos tempos tristes da Ditadura, um livro que subitamente voltou à minha memória. Fui ler outra vez.

    Esta professora teve a sua primeira experiência profissional com uma turma de 45 alunos, oriundos de barracas e outras vidas tristes. Quando ninguém dava nada por eles, ela "traduziu-lhes" a poesia que, nua e violenta, lhes morava lá dentro. Deitou fora a régua. E abriu o coração. O resultado é impressionante, comovente. A ternura a espreitar na violência.

    Diz ela, noutro momento do texto:

    "Ouvir e auscultar, fazer a aprendizagem das várias faces das coisas e das pessoas, para que se saiba, desde muito cedo, que nada é estável e tudo flui e tende para o alto, é um trabalho de muita esperança e paciência que tem de se começar desde os primeiros encontros. E, sobretudo, ter a certeza convicta de como é errado o caminho para o coração das pessoas quando lá se quer entrar apenas com compêndios, regras preestabelecidas e deveres e disciplinas a horas certas."

    Maria Rosa Colaço - A criança e a vida


    Deste artigo do VPV, resulta em mim a suspeita inquietante de que existem monstros debaixo da cama. O Vasco Pulido Valente será um deles.

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  5. Não irei tecer comentários acerca do autor do artigo. Não me interessa a sua eventual tendência etílica ou estado mental, como já aqui foi referido. Pois isso seria redutor. Fernando Pessoa também bebia e não sei bem o que dizer do seu estado mental e no entanto...
    Interessa-me, sim, a posição defendida no artigo. Aí reside o cerne da questão. Aí reside o motivo da reacção espelhada nos comentários. O que é sugerido é absurdo, que trás consigo o arrepio de outros tempos, de outras memórias que ao fim de 35 anos ainda tentamos esquecer.
    Tenho uma proposta a fazer. A única que me ocorre e que me faz verdadeiramente sentido: enviem-se estes e outros comentários ao autor do artigo!
    Mostre-se ao autor do artigo o quão errado ele está. Mostre-se-lhe outros pontos de vista. De que adianta, verdadeiramente, contestetarmo-lo aqui se isso nem sequer lhe passa ao lado? É como estar a atirar a um alvo que não está lá, onde não é feita uma beliscadura, mínima que seja.
    Fica a sugestão.

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