segunda-feira, 28 de setembro de 2009

David Hockney, o Fotógrafo

Todos conhecemos a faceta do David Hockney pintor.
Principalmente, o período californiano com a sua obsessão pelas piscinas e casas hollywoodescas e a séries de desenhos e pinturas dos modelos masculinos, no shower...
O que talvez muitos nunca tenham visto
( e que hoje aqui trazemos, por sugestão da Moira de Trabalho)
são as suas fotografias.
Temas vulgares, como o retrato de sua Mãe, acima,
que através da multiplicidade de planos,
ganham uma vida nova.












Dezenas de polaroides, num mosaico imenso que,
ao distorcer a perspectiva e a realidade,
nos transportam para um outro universo paralelo.










Um mundo onde os artistas são livres de recriar a Natureza, a seu belo prazer.













E, assim, vos deixamos um David Hockney,
diferente do famoso e internacional Pintor pop britânico
- o David Hockney, fotógrafo.

9 comentários:

  1. Desde já muito obrigada, Monsieur Le Coq, pela bonita e rápida postagem [isto soa a CTT...].

    Gostari de acrescentar duas coisas, if I may:

    Uma, é a questão da técnica.
    Conseguem imaginar o que é tirar UMA polaroyd?
    Sim? Bate a foto, espera, ela sai da máquina, espera que se revele e bate outra.
    Pois bem, o Sr. Hockney faz isto sem tripé.
    Não estou a elogiar-lhe as capacidades circenses mas que anda lá perto anda - porque, não esqueçamos, as fotos são SEQUENCIAIS! E são muitas!

    Outro asunto, o conceito:
    Durante muitos anos, enquanto foi pintor, Hockney fotografou por lazer, como a maior parte de nós [viagens, família, paisagens, etc.].

    Um dia foi-lhe pedido que fizesse uma exposição dessa fotos e não se achou capaz porque como tinha "espírito de pintor" achou os instantâneos isso mesmo - rápidos demais, sem tempo, sem duração - ao contrário dos quadros que tomam tempo a Fazer e a Ver.

    Este processo de sequência de fotos nasceu, então, da tentativa de transportar o fenómeno Tempo para dentro das fotos e daí vermos 5 ou 6 pernas em várias posições, de uma mesma pessoa, e por aí fora.

    Thanks J!
    Ou, como diria A., just my 2 cents!

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  2. Pode ser que cheire a fundamentalismo, mas do Hockney eu sou um incondicional absoluto.

    Nunca vi nada dele que não gostasse, incluindo o que está acima, e acho que conheço tudo...
    :-)

    Lembro-me de há uns anos estar a matar tempo no aeroporto da Portela com um amigo que é um pintor conhecido --- e portanto é claro não vou dizer o nome.
    Ele também é um excelente fotógrafo, fazia os portfolios dos outros, dele e meus amigos.
    Não só: a Contessa tem uma jóia desenhada por ele... pois, faculdades, épocas, amizades, cumplicidades. É assim.


    Ele ia para Itália receber um prémio daqueles big e prestigioso, eu para Manchester em serviço. Encontrámos-nos por acaso na mesma 'sala de espera', e lembro-me de termos concordado que não gostávamos de tudo do Picasso (sacrilégio !!!) mas de entre ambos termos dificuldade de nos lembrar de coisas que não gostássemos do David Hockney. Gostos e cores não se dicutem, mas identificam-nos um pouco, verdade ??


    Parabéns João e Moira.
    :-)

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  3. Acho óptima a tua discrição british que, neste caso, não tem qualquer razão de ser.

    Pintor premiado, fotógrafo de alto gabarito, criador de jóias,amigo do seu amigo, pessoa civilizadíssima...

    Bingo!!!!

    PEDRO CALAPEZ

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  4. Excelente post e óptimos comentários.

    Adoro o David Hockney e, já agora, também gosto muito do Calapez.

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  5. desconstruir, construir, sempre gostei de montagens.

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  6. A propósito de fotografia e de polaroid recomendo a exposição "Exposed Cities" , de Guillaume Zuili, que está na Galeria Pente 10, em Lisboa.

    A não perder !

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  7. Alvega...

    a Contessa tem uma jóia do Pedro Calapez, que comprou (os artistas também têm que comer e, naquela altura, ele ainda não tinha o "nome" que tem hoje...), e o desenho da jóia que ele, muito gentilmente, lhe quis oferecer!
    Aliás, lá mais para os primeiros tempos de vida do "Galo", houve um post que lhe foi dedicado!

    E já agora, que de polaroids se acabou de falar, vale a pena conhecer o trabalho de André Gomes, o mesmo que é, igualmente, actor muito querido da Companhia do Teatro Municipal de Almada e de grande parte dos filmes de João Botelho - "Conversa Acabada", por exemplo, um belíssimo filme!
    Vale a pena dar uma espreitadela...

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  8. Já agora também, para os mais distraídos, aqui fica o site do Guillaume Zuili.


    Obrigado pelo heads up Armando Cardoso
    :-)

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