Agustina Bessa-Luís, que festeja hoje o seu 87º aniversário,
nasceu em Vila Meã, Amarante em 1922, descendente
de uma família de raízes rurais de Entre Douro e Minho
e de uma família espanhola de Zamora, por parte da mãe.
A sua infância e adolescência passou-as nesta região,
cuja ambiência marcou fortemente a obra da escritora.
Fixou-se, depois, no Porto, onde reside.
Estreou-se como romancista em 1948, com a novela
Mundo Fechado, tendo mantido um ritmo de publicação
pouco usual nas letras portuguesas e ultrapassado já,
a meia centena de obras.
Em 1954, com o romance A Sibila, Agustina Bessa-Luís
impõe-se como uma das vozes mais importantes
da ficção portuguesa contemporânea.
Vários dos seus romances foram já adaptados ao cinema
pelo realizador Manoel de Oliveira,
caso de Fanny Owen ("Francisca"), Vale Abraão
e As Terras do Risco ("O Convento"), para além de "Party",
cujos diálogos foram escritos pela escritora.
É também autora de peças de teatro e guiões para televisão,
tendo o seu romance As Fúrias sido adaptado para teatro
e encenado por Filipe La Féria.
Recebeu aos 81 anos o mais importante prémio literário
da língua portuguesa: o Prémio Camões, em 2004.
E, hoje, tem direito aos Parabéns do "Galo",
o que, reconheçamos, não é menos importante...
Tem direito aos parabens do Galo e aos meus, claro.
ResponderExcluirE bem merecidos pela idade e pelo saber bem escrever, coisa que começa a rarear .
A escrita de Agustina transpira Trás-os-Montes, Douro. Embrenho-me na sua escrita densa e tenho relutância em fazer pausas.
ResponderExcluirAcho que outro escritor ( um bom bocado mais novo) mas com forte inspiração Agustiniana é Mário Cláudio.
Parabéns Agustina e continue a deliciar os seus leitores!
Vou ser políticamente incorrecto, não aprecio por aí além a escrita da senhora.
ResponderExcluirNevertheless, os meus parabéns com certeza, 87 são muitos anos...
:-)
Devo confessar que a única coisa que consegui ler até ao fim, foi a Sibila, e por dever de ofício...
Isso não me impede, óbviamente, de gostar das coisas que a Anabela B. desenha, não é preconceito nem mal de família. :-)
A inteligenzia nacional não aprecia, muitas vezes, a Agustina pelas suas opções políticas, assumidamente de direita, que não é coisa, essa sim, politicamente correcta, nos meios intelectuais.
ResponderExcluirConfesso que também só li "A Sibila". Comecei a ler por obrigação e custou-me um bocadinho a "entrar" no texto, mas depois de "entrar" gostei bastante. Se calhar era nova demais para a Agustina, vou aproveitar a lembrança do Galo e voltar a pegar neste livro ou até tentar outro. Sugestões?
ResponderExcluirSugestões.
ResponderExcluir:-)
Mas eu também sou um cidadão do mundo, os nacionalismos podem-me excitar ás vezes, mas realmente dizem-me pouco...
Marguerite Yourcenar - Alexis ou le Traité du vain combat
Nadine Gordimer - A World of Strangers
E em mais recente,
Jean-Louis Fournier - Où on va Papa ?
Gostos e côres não se discutem, verdade ??
Jóia de Família, os Meninos de Ouro, por exemplo.
ResponderExcluirEu gostei muito, mas não se pode fazer ninguem gostar. Talvez a minha estrutura nortenha tenha a ver com o meu gosto por este tipo de linguagem. Estou a ver e a cheirar os ambientes e os tempos que descreve...
Demasiado burguesa e conservadora para o meu gosto pessoal.
ResponderExcluirMas é bem verdade, gostos não se discutem, apesar de o fazermos a todo o momento...
Pedro Miguel P.
ResponderExcluirI beg to differ.
Uma boa metade da inteligenzia nacional lisboeta (por exemplo) está com o Santana Lopes e por aí vai, por aí fica.
Em conhecendo o personagem, vou-me abster de dizer mais seja o que fôr...
:-)
Os meus parabéns à Agustina Bessa-Luís pelos seus 87 anos uma das grandes figuras do panorama nacional. A sua escrita não é muito do meu agrado, mas gostos são gostos.
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