É já hoje, lá mais para a noite, que Vitorino apresenta o seu novo álbum, no Centro Cultural de Belém. Um álbum de tangos, gravado em Buenos Aires, seguindo as memórias da infância." O Tango é mais malandro, marginal e trágico do que o Fado e isso vive-se nas ruas de Buenos Aires" referiu o autor, continuando "o Tango é macho e chulo. Todos os Tangueros usavam pistola, enquanto os faias de Lisboa usavam faca".
O cantor, também ele associado a uma certa imagem de boémia marialva, não deixou de acrescentar "Na década de 60 era fundamental dançar bem o tango para se ter a menina
mais bonita".
Tango, assim se chama esta obra ( a capa é do pintor João Vieira, falecido recentemente e, também ele, um exímio cantador de tangos), reune títulos como"El dia que me quieras","Toda mi vida", "Mano a mano", para além de um original, com letra de António Lobo Antunes " Infiel Tango"."O Tango é uma cantiga de chegada enquanto o Fado é de partida e adeus. Fado e Tango têm um percurso paralelo, mas ao contrário"conclui este natural do Redondo, onde no seu típico monte alentejano, faz criação de burros, uma espécie considerada em riscos de extinção. Conhecendo todos os animais pelo nome e mostrando grande afeição pelosmesmos, Vitorino diz-nos" este aqui , o mais novo,
chama-se Jorge Palma, mas o Padrinho ainda não o veio visitar"
( just my two cents, seguindo o Alvega).
Centro Cultural de Belém
Grande Auditório
6ª feira, dia 16, 21h00
Bilhetes 10€ / 30€
O Vitorino era completamente wild, (bastava ver as cenas que ele armava na leitaria ao pé de Belas Artes, e nas tascas do Bairro Alto, voavam cascas de melão pelo ar e tudo...), mas eu gosto dele.
ResponderExcluirMenina estás à janela é um clássico daqueles que se entende mesmo que só se fale mandarim....
:-)
Esperemos que ele se dê bem, na medida em que
o nível de exigência aqui é muito alto.
:-)
Também há magníficos filmes, por exemplo, do Saura e do Fernando Solanas sobre o assunto, que se recomendam vivamente.
:-))
O Pai foi colega dele em Belas Artes, embora estivesse em Arquitectura, e conta histórias de estarrecer. Depois o Vitorino foi para França...
ResponderExcluirEmbora esteja nos meus antípodas, também lhe acho graça e acho que é dos poucos artistas verdadeiramente POP que nós temos. O outro era o Variações...
Adoro o Vitorino e o seu ar de eterno matador...
ResponderExcluirLá estarei no CCB. Obrigado pela dica.
Um dos vários tipos de homens que detesto e não suporto.
ResponderExcluirGostei do que ouvi. Muita influência Piazzola...acho eu!
ResponderExcluirDo que contaram acima lhe deve ter vindo a inspiração para Leitaria Garrett.
Gostei também muito da banda sonora de João Semana.É um castiço, mais do que anarquista (isso está guardado na gaveta...)
Muito do que posso não gostar num homem, é representado por este rapaz.
ResponderExcluirO homem tem cara de cafajeste !!!
ResponderExcluirPois...
ResponderExcluirMTH, a memória do 'povo' é curta com'o caraças.
Junto com o o Adriano, o Zeca, o Zé Mário, o Fausto (presidente da AEISCSPU, 70-71) aí o tens, e sei eu lá quantos mais.
E agora, donzela ?
Vais pôr o Brezhnev a cantar ??
:-))
Mais o Barata Moura e o José Freire...
ResponderExcluirJust my two cents :-)
Onde escrevi José é para se ler Manuel ( o da Pedra Filosofal).
ResponderExcluirO José era locutor do Rádio Clube Português...