Adoro Romãs. Começando pelo desenho
- uma esfera meio amolgada com uma coroa graciosa
a culminar, lá em cima.
Continuando na textura da casca, rugosa
e meio brilhante, com manchas,
como que feita de lâminas finas
de madeira envernizada, mal envernizada.
E ao abrir, com muito de sensual,
surgem dezenas de pequenos hímens
de onde saltam aglomerados compactos
de grãos iluminados por uma transparência etérea.
O gosto fresco, o líquido a desfazer-se na boca.
O comer, glutão, às mãos cheias.
O relembrar da infância.
Das poucas coisas boas da minha infância.
Romãs, para mim,
significava que o Natal estava logo ali.
E o Natal sempre era um dia diferente.
Um dia que se destacava do cinzento dos outros.
Um dia que eu sentia vermelho grenadine.
Da cor das Romãs...
- uma esfera meio amolgada com uma coroa graciosa
a culminar, lá em cima.
Continuando na textura da casca, rugosa
e meio brilhante, com manchas,
como que feita de lâminas finas
de madeira envernizada, mal envernizada.
E ao abrir, com muito de sensual,
surgem dezenas de pequenos hímens
de onde saltam aglomerados compactos
de grãos iluminados por uma transparência etérea.
O gosto fresco, o líquido a desfazer-se na boca.
O comer, glutão, às mãos cheias.
O relembrar da infância.
Das poucas coisas boas da minha infância.
Romãs, para mim,
significava que o Natal estava logo ali.
E o Natal sempre era um dia diferente.
Um dia que se destacava do cinzento dos outros.
Um dia que eu sentia vermelho grenadine.
Da cor das Romãs...
Que texto belíssimo! Cheio de sensualidade e também candura! Será do nosso Galo?
ResponderExcluirA romã é um fruto sensualíssimo.
ResponderExcluirTambém gosto muito e misturo romã com tudo, salada de alface com romã, azeite e balsâmico é do melhor.
Aqui está uma situação em que não me importava de ter a empregada da Carolina Patrocínio...
E diria mais... Adoro romãs!
ResponderExcluirNo texto, bonito e fresco, uma frase triste: "Das poucas coisas boas da minha infância." O contraste. Leve pesado. Fresco opressivo. Vermelho cinzento.
...
Também adoro romãs (pommegranate, há um filme belíssimo com esse título de um arménio ou georgiano, já não me lembro... é sensadridral !!
ResponderExcluirA minha falecida Mãe plantou uma romãzeira no nosso jardim, aquilo come-se assim: corta-se a coisa ao meio, e depois é à colherada, com uma daquelas colheres de café... atirar as 'peles' fora.
Ou então misturem no iogurte.
:-)
Todos os textos não assinados ( ou que não tenham a indicação "enviado por") são da minha exclusiva autoria e responsabilidade. Tenho dito ( uma vez mais...).
ResponderExcluirEra só uma provocaçãozinha....
ResponderExcluir...Touché!
ResponderExcluirAmei de mais...mas é um pouco tristinho.
ResponderExcluirVem que eu dou colinho pra você...
Sapho, (não resisto...) 'quirida', sacanage é com vosmicê mêmo !!
ResponderExcluirJ., já que é teu, onde foste buscar isto ?
ResponderExcluir" (...) dezenas de pequenos hímens
de onde saltam aglomerados compactos
de grãos iluminados por uma transparência etérea (...) "
Agora andas a insultar a fruta ou o quê ?
:-]]
Adoro romãs!!! humm... que saudades! Este texto diz-me muito...
ResponderExcluirPor favor, gostaria que voce retirasse as minhas fotos do seu blog. Minhas fotos nao sao de dominio publico e precisam da minha autorizacao e receber credito para serem reproduzidas em outros lugares. Obrigada.
ResponderExcluirFernanda
www.chucrutecomsalsicha.com/
Havia um escritor brasileiro conhecidíssimo com o seu nome.
ResponderExcluirEsperemos que a sua 'choucroute', (na realidade é uma coisinha alemã, básicamente couve "cozida" + vinagre) e a suas 'salsichas' estejam à altura da literatura d'ele.
J., pega nas preciosas fotos dessa senhora e carrega em Delete, não vá a madame meter-te em tribunal...
:-((