Descobri, nas minhas navegações pela net, um blog espanhol Asco de Vida onde as pessoas contam algumas das situações acontecidas com eles que os fizeram sentir, nesses momentos, um verdadeiro asco pela vida...
No final, vou colocar duas ou três situações passadas comigo.
E o que é que acham de nos darem a conhecer alguns dos vossos "Ascos de Vida"?
Hoy, me enteré de que soy estéril y lo he sido toda mi vida. Tengo tres hijos.
Hoy, mi abuelo me estaba contando que con 84 años que tiene aún puede mantener relaciones sexuales. Yo tengo 32 y tengo disfunción eréctil.
Hoy, la chica con la que salgo ha terminado conmigo. Según ella no la satisfago sexualmente. Tengo 27 años. Ella 16.
Hoy, la chica con la que perdí la virginidad me ha dicho que está embarazada. Sólo lo hicimos una vez. Mis amigos me llaman “El Francotirador”.
Hoy, le propuse a mi novia practicar sexo anal. Ella me contestó que primero debo aprender “a follar bien”.
Hoy, mi marido de 9 años me ha confesado que es gay. Ha insinuado que sólo tenía erecciones porque yo era lo más parecido a un hombre.
Hoy, mi hermano trajo a su novia para presentarla toda la familia. Nos pareció muy simpática a todos y mi madre le dijo que ella era como la hija que nunca tuvo. Y yo soy su hija.
Hoy, fui al médico con mis padres. El médico me preguntó si era sexualmente activo y le dije “Sí”. Mi madre se rió y dijo “Muy buena”. Mi padre, con su tono gracioso de siempre dijo “Tu mano no cuenta”.
Hoy, estaba leyendo en un foro que una chica no sabe cómo contarle a su novio Javi que le ha sido infiel varias veces. He mirado su perfil y la chica tiene la misma edad, el mismo coche y vive en el mismo pueblo que mi novia. Me llamo Javi.
E agora alguns"Ascos de Vida" meus, bem reais. Só sintetizei, e coloquei com data de hoje, para entrar no espírito dos restantes...
Hoje conheci um casal com uma filha e disse que a rapariga era a cara do Pai. E a Mãe respondeu "É verdade, mas o Pai não é este, é o meu primeiro Marido..."
Hoje revi uma rapariga muito bonita que já não via há algum tempo e que me disse ter casado há seis ou sete meses. E eu olhando a envergadura actual dela " Parabéns, casou há tão pouco tempo e já está grávida !" E ela, meio envergonhada "Não, estou é Gorda ..."
Hoje conheci um senhor de idade que vinha acompanhado pelo "filho" trinta anos mais novo e disse " Ali, o seu filho, bla, bla, bla...". E o homem muito ofendido " Não é meu filho !" ( Eram um casal).
Agora, fico à espera dos vossos "Ascos de Vida"...
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Os 5 Judeus mais importantes
Os cinco judeus que mais mudaram o mundo foram:
Moisés quando disse
" A Lei é tudo"
Cristo quando disse "O Amor é tudo"
Marx quando disse " O Capital é tudo"
Freud quando disse "O Sexo é tudo"
Etiquetas:
Einstein Corner
A escolha da nova vítima
52
Os últimos dias tinham sido cheios de adrenalina.
Primeiro, o encontro, melhor seria chamar-lhe encontrão, com a portuguesa morena lá no alto da Vista Chinesa.
Quando a vi chegar com o tira brasileiro, apercebi-me de que tudo teria que ser rápido, que não podia perder tempo.
Por isso, enquanto ela, feita turista basbaque, olhava a vista, fi-la saltar para o vazio e, em poucos segundos, com a asa delta bem afivelada, lançava-me também eu no espaço, só que em vôo planado em direcção à praia, lá em baixo.
Mas, antes, deixei o habitual galito sobre o muro de pedra...
Tive sempre o cuidado de, na descida, não deixar que o policial, que sentia observar-me, lá em cima, visse o meu perfil, não fosse ele reconhcer-me, apesar do gorro que tivera o cuidado de enfiar na cabeça..
No areal, completamente vazio aquela hora, fora rápido a dobrar a asa deltae a colocá-la no jeep que, antecipadamente, estacionara no local.
A minha única pena foi não me ter demorado a retalhar o cadáver da portuguesa, mas há que fazer opções.
Depois, toda a excitação no enterro, comigo a caminhar entre amigos e conhecidos, jornalistas e policiais, como se de nada se tratasse.
A explosão, da qual não conheço a autoria, foi um final de espectáculo perfeito.
Corpos ensanguentados, desfeitos em pedaços, sangue a rodos, pessoas espezinhadas na multidão, as sirenes das ambulâncias, os gritos das vítimas e familiares, numa visão dantesca, uma orgia de prazer, um bacanal de emoções.
Só que tanta excitação não se apaga como, habitualmente, com um duche frio ou uma masturbação demorada na água tépida da grande banheira do hotel
Para dar vazão a este frenezim só há uma solução...
O local já escolhera há muito, seria no Jardim Botânico.
Queria um local com grande visibilidade turística. Chegara a pensar no Corcovado, no Maracanã ou no Pão de Açúcar, mas razões de ordem logística tinham-me levado a optar pelo jardim, mais tranquilo mas, igualmente, mediático.
Quanto à vítima, queria sair do universo das prostitutas, massagistas e similares...
Nesse momento, um leve bater na porta, fez-me interromper os meus agradáveis pensamentos.
Era a Marisa, a empregada que sempre à mesma hora vinha-me abrir a cama e repor, na geladeira, as bebidas consumidas, na véspera.
Sorria-me de um modo convidativo, debruçava-se de modo a evidenciar os seios volumosos e despedia-se sempre com um " Se precisar de mais alguma coisa, seja o que fôr, é só pedir"que deixava muitas portas abertas.
Já ouvira dizer que muitas empregadas do hotel, arredondavam os seus diminutos salários com alguns servicinhos extras aos hóspedes mais habituais.
Por isso não estranhei que perante o meu convite para, na sua folga, darmos um passeio até ao Jardim Botânico, ela tivesse respondido, sem hesitações:
" Com certeza, a que horas?".
Primeiro, o encontro, melhor seria chamar-lhe encontrão, com a portuguesa morena lá no alto da Vista Chinesa.
Quando a vi chegar com o tira brasileiro, apercebi-me de que tudo teria que ser rápido, que não podia perder tempo.
Por isso, enquanto ela, feita turista basbaque, olhava a vista, fi-la saltar para o vazio e, em poucos segundos, com a asa delta bem afivelada, lançava-me também eu no espaço, só que em vôo planado em direcção à praia, lá em baixo.
Mas, antes, deixei o habitual galito sobre o muro de pedra...
Tive sempre o cuidado de, na descida, não deixar que o policial, que sentia observar-me, lá em cima, visse o meu perfil, não fosse ele reconhcer-me, apesar do gorro que tivera o cuidado de enfiar na cabeça..
No areal, completamente vazio aquela hora, fora rápido a dobrar a asa deltae a colocá-la no jeep que, antecipadamente, estacionara no local.
A minha única pena foi não me ter demorado a retalhar o cadáver da portuguesa, mas há que fazer opções.
Depois, toda a excitação no enterro, comigo a caminhar entre amigos e conhecidos, jornalistas e policiais, como se de nada se tratasse.
A explosão, da qual não conheço a autoria, foi um final de espectáculo perfeito.
Corpos ensanguentados, desfeitos em pedaços, sangue a rodos, pessoas espezinhadas na multidão, as sirenes das ambulâncias, os gritos das vítimas e familiares, numa visão dantesca, uma orgia de prazer, um bacanal de emoções.
Só que tanta excitação não se apaga como, habitualmente, com um duche frio ou uma masturbação demorada na água tépida da grande banheira do hotel
Para dar vazão a este frenezim só há uma solução...
O local já escolhera há muito, seria no Jardim Botânico.
Queria um local com grande visibilidade turística. Chegara a pensar no Corcovado, no Maracanã ou no Pão de Açúcar, mas razões de ordem logística tinham-me levado a optar pelo jardim, mais tranquilo mas, igualmente, mediático.
Quanto à vítima, queria sair do universo das prostitutas, massagistas e similares...
Nesse momento, um leve bater na porta, fez-me interromper os meus agradáveis pensamentos.
Era a Marisa, a empregada que sempre à mesma hora vinha-me abrir a cama e repor, na geladeira, as bebidas consumidas, na véspera.
Sorria-me de um modo convidativo, debruçava-se de modo a evidenciar os seios volumosos e despedia-se sempre com um " Se precisar de mais alguma coisa, seja o que fôr, é só pedir"que deixava muitas portas abertas.
Já ouvira dizer que muitas empregadas do hotel, arredondavam os seus diminutos salários com alguns servicinhos extras aos hóspedes mais habituais.
Por isso não estranhei que perante o meu convite para, na sua folga, darmos um passeio até ao Jardim Botânico, ela tivesse respondido, sem hesitações:
" Com certeza, a que horas?".
Etiquetas:
Os Crimes do Galo
O que se quer - Miguel Esteves Cardoso
Querer alguém, ou alguma coisa, é muito fácil.
Mesmo assim, olhar e sentirmo-nos querer, sem pensar no que estamos a fazer, é uma coisa mais bonita do que se diz.
Antes de vermos a pessoa, ou a coisa, não sabíamos que estávamos tão insatisfeitos.
Porque não estávamos.
Mas, de repente, vemo-la e assalta-nos a falta enorme que ela nos faz.
Para não falar naquela que nos fez e para sempre há-de fazer.
Como foi possível viver sem ela? Foi uma obscenidade.
Querer é descobrir faltas secretas, ou inventá-las na magia do momento. Não há surpresa maior.
O que é bonito no querer é sentirmo-nos subitamente incompletos sem a coisa que queremos.
Quanto mais bela ela nos parece, mais feios nos sentimos.
Parte da força da nossa vontade vem da força com que se sente que ela nunca poderia querer-nos como nós a queremos.
Querer é sempre a humilhação sublime de quem quer.
Por que razão não nos sentimos inteiros quando queremos?
É porque a outra pessoa, sem querer, levou a parte melhor que havia em nós, aquela que nos faz mais falta.
É a parte de nós que olha por nós e nos reconcilia connosco.
Quanto mais queremos outra pessoa, menos nos queremos a nós...
Querer é mais forte que desejar, pelo menos na nossa língua.
Querer é querer ter, é ter de ter.
Querer tem mesmo de ser.
Na frase felicíssima que os Portugueses usam, "o que tem de ser tem muita força".
Desejar tem menos. É condicional.
Quem deseja, desejaria. Quem deseja, gostaria.
Seria bom poder ter o que se deseja, mas o que se deseja não dá vontade de reter, se calhar porque são muitas as coisas que se desejam e não se pode ter todas ao mesmo tempo.
Querer é querer ter e guardar, é uma vontade de propriedade; enquanto desejar é querer conhecer e gozar, é uma vontade de posse.
O querer diminui-nos, mas o desejar não.
Sabemos que somos completos quando desejamos - desejamos alguém de igual para igual.
Quando queremos é diferente - queremos alguém com a inferioridade de quem se sente incapacitado diante de quem parece omnipotente.
O desejo é democrático, mas o querer é fascista.
O que desejamos, dava-nos jeito; o que queremos fez-nos mesmo falta (...)
Miguel Esteves Cardoso
Mesmo assim, olhar e sentirmo-nos querer, sem pensar no que estamos a fazer, é uma coisa mais bonita do que se diz.
Antes de vermos a pessoa, ou a coisa, não sabíamos que estávamos tão insatisfeitos.
Porque não estávamos.
Mas, de repente, vemo-la e assalta-nos a falta enorme que ela nos faz.
Para não falar naquela que nos fez e para sempre há-de fazer.
Como foi possível viver sem ela? Foi uma obscenidade.
Querer é descobrir faltas secretas, ou inventá-las na magia do momento. Não há surpresa maior.
O que é bonito no querer é sentirmo-nos subitamente incompletos sem a coisa que queremos.
Quanto mais bela ela nos parece, mais feios nos sentimos.
Parte da força da nossa vontade vem da força com que se sente que ela nunca poderia querer-nos como nós a queremos.
Querer é sempre a humilhação sublime de quem quer.
Por que razão não nos sentimos inteiros quando queremos?
É porque a outra pessoa, sem querer, levou a parte melhor que havia em nós, aquela que nos faz mais falta.
É a parte de nós que olha por nós e nos reconcilia connosco.
Quanto mais queremos outra pessoa, menos nos queremos a nós...
Querer é mais forte que desejar, pelo menos na nossa língua.
Querer é querer ter, é ter de ter.
Querer tem mesmo de ser.
Na frase felicíssima que os Portugueses usam, "o que tem de ser tem muita força".
Desejar tem menos. É condicional.
Quem deseja, desejaria. Quem deseja, gostaria.
Seria bom poder ter o que se deseja, mas o que se deseja não dá vontade de reter, se calhar porque são muitas as coisas que se desejam e não se pode ter todas ao mesmo tempo.
Querer é querer ter e guardar, é uma vontade de propriedade; enquanto desejar é querer conhecer e gozar, é uma vontade de posse.
O querer diminui-nos, mas o desejar não.
Sabemos que somos completos quando desejamos - desejamos alguém de igual para igual.
Quando queremos é diferente - queremos alguém com a inferioridade de quem se sente incapacitado diante de quem parece omnipotente.
O desejo é democrático, mas o querer é fascista.
O que desejamos, dava-nos jeito; o que queremos fez-nos mesmo falta (...)
Miguel Esteves Cardoso
domingo, 29 de novembro de 2009
O Sucateiro, a Sucata e o País da dita
Havia um Sucateiro que, como o próprio nome indica, comprava Sucata.
E esse Sucateiro tinha muitos amigos, muitos deles, também Sucata, que gostavam de o ajudar nas suas compras de Sucata, no sentido mais lato, ou lata se preferirem, da palavra.
Um dia, um desses amigos, que tinha muita Lata, e que gostava de xafurdar na Sucata, quiz fazer umas negociatas, porque o Mercedes que tinha estava bom era para ir para a Sucata, e ele precisava de outro que não fosse uma Lata velha.
Só que, ganda lata, a PJ estava a gravar todas estas conversetas.
Mas como o gravador era uma autêntica sucata, a coisa ficou mesmo assim... e as gravações foram ter à Feira da Ladra, curioso nome, onde foram vendidas como Sucata que eram.
E com tantos Sucateiros, e seus Amigos Sucata, e amigos dos Amigos, este País arrisca-se a tornar-se, se é que já não é, ele próprio um grande monte de Sucata...
Moral da História :
Quem não quer tornar-se Sucata
é melhor, não frequentar Sucateiros.
E esse Sucateiro tinha muitos amigos, muitos deles, também Sucata, que gostavam de o ajudar nas suas compras de Sucata, no sentido mais lato, ou lata se preferirem, da palavra.
Um dia, um desses amigos, que tinha muita Lata, e que gostava de xafurdar na Sucata, quiz fazer umas negociatas, porque o Mercedes que tinha estava bom era para ir para a Sucata, e ele precisava de outro que não fosse uma Lata velha.
Só que, ganda lata, a PJ estava a gravar todas estas conversetas.
Mas como o gravador era uma autêntica sucata, a coisa ficou mesmo assim... e as gravações foram ter à Feira da Ladra, curioso nome, onde foram vendidas como Sucata que eram.
E com tantos Sucateiros, e seus Amigos Sucata, e amigos dos Amigos, este País arrisca-se a tornar-se, se é que já não é, ele próprio um grande monte de Sucata...
Moral da História :
Quem não quer tornar-se Sucata
é melhor, não frequentar Sucateiros.
Etiquetas:
Fábulas das Fontaínhas
Surpresa Dominical
E, porque, como hoje é Domingo, não acordar
o seu Amor, com um brunch especial?
Sugerimos uns ovos estrelados ( ver foto acima),
um sumo de laranja, café com leite,
umas Tostas Prada ( ver receita aqui no blog),
e umas pitadas generosas de Love, Amour,
Liebe, Amore , Amor( a marca não interessa)...
...E sejam Felizes !
o seu Amor, com um brunch especial?
Sugerimos uns ovos estrelados ( ver foto acima),
um sumo de laranja, café com leite,
umas Tostas Prada ( ver receita aqui no blog),
e umas pitadas generosas de Love, Amour,
Liebe, Amore , Amor( a marca não interessa)...
...E sejam Felizes !
Etiquetas:
Prazeres da Mesa
A Capa do Dia
400 padres católicos casados em Portugal, fartaram-se de ser empatas; as 8 medidas de Menezes contra a corrupção, este, sim, um verdadeiro empata; Freitas do Amaral"Cavaco anda mal aconselhado", andam a empatar o homem; Sporting - Benfica, zero a zero, empatas profissionais...
Etiquetas:
1ª Página
Bohemian Rhapsody - The Muppets
E se lhes apetece ouvir uma versão muito especial
da Bohemian Rhapsody aqui fica esta dos The Muppets...
da Bohemian Rhapsody aqui fica esta dos The Muppets...
Etiquetas:
Música no Coração
A Vida aos quadradinhos
Etiquetas:
Câmara Escura
Casamento Perfeito
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo.
Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas:
a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas... Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.
Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa.
É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".
Luís Fernando Veríssimo
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo.
Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas:
a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas... Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.
Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa.
É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".
Luís Fernando Veríssimo
Etiquetas:
Olhares do Brasil
sábado, 28 de novembro de 2009
Escândalos: vantagens e vantagens ainda maiores - Ricardo Araújo Pereira
Estar envolvido num escândalo é grave;
estar metido em vários
é uma garantia de segurança
Há mais de dez minutos que não vem a público um escândalo envolvendo o nome de José Sócrates.
Que se passa com este país?
O escândalo Face Oculta perdeu o encanto inicial, o escândalo Freeport deixou de produzir notícias, o escândalo das escutas ao Presidente da República esmoreceu, o escândalo da Universidade Independente parece estar parado, o escândalo das casas projectadas na Guarda prometeu mais do que cumpriu, e confesso já ter esquecido o que estava em causa no escândalo Cova da Beira.
Julgo falar em nome de todos quando digo que precisamos urgentemente de um novo escândalo.
José Sócrates, certamente, não se importa: o primeiro-ministro parece ter tomado uma vacina contra os escândalos.
Não há suspeita de indecência escabrosa à qual ele seja vulnerável. Políticos menos resistentes já foram obrigados a demitir-se por causa de anedotas, de sisas que afinal tinham pago, de corninhos.
O primeiro-ministro transita de escândalo em escândalo como Tarzan de liana em liana.
Nenhum homem é uma ilha, diz o poeta, mas José Sócrates é um homem rodeado de escândalos por todos os lados.
Não há escândalo que consiga verdadeiramente furar a barreira de escândalos que o rodeia.
Aparece um escândalo novo e a opinião pública boceja: já vimos melhor. Surge uma suspeita inédita e o País encolhe os ombros: podia ser mais escandalosa.
Estar envolvido num escândalo é grave; estar metido em vários é uma garantia de segurança.
O povo conhece José Sócrates há já algum tempo e sabe que ele pode estar envolvido num escândalo, mas duvida que ele tenha a iniciativa, o desembaraço e a capacidade de trabalho para estar envolvido em tantos.
O problema da oposição é, justamente, de abundância: encontra-se perante os escândalos como o burro de Buridan em frente ao feno.
De todos os paradoxos filosóficos em que comparecem asnos, este é o meu preferido: o burro faminto tem diante de si dois montes de feno exactamente iguais.
Não havendo uma razão para optar por um em vez de outro, é incapaz de escolher e morre de fome.
No caso de Sócrates, os escândalos são os montes de feno e a oposição é o burro (há acasos felizes na vida de quem se entretém a compor símiles).
A única diferença é que o burro morre sossegado, enquanto os dirigentes dos partidos da oposição definham aniquilando-se mutuamente.
Mas ninguém espera que os militantes do PSD tenham o discernimento de um burro.
Ricardo Araújo Pereira in Boca do Inferno (Visão)
estar metido em vários
é uma garantia de segurança
Há mais de dez minutos que não vem a público um escândalo envolvendo o nome de José Sócrates.
Que se passa com este país?
O escândalo Face Oculta perdeu o encanto inicial, o escândalo Freeport deixou de produzir notícias, o escândalo das escutas ao Presidente da República esmoreceu, o escândalo da Universidade Independente parece estar parado, o escândalo das casas projectadas na Guarda prometeu mais do que cumpriu, e confesso já ter esquecido o que estava em causa no escândalo Cova da Beira.
Julgo falar em nome de todos quando digo que precisamos urgentemente de um novo escândalo.
José Sócrates, certamente, não se importa: o primeiro-ministro parece ter tomado uma vacina contra os escândalos.
Não há suspeita de indecência escabrosa à qual ele seja vulnerável. Políticos menos resistentes já foram obrigados a demitir-se por causa de anedotas, de sisas que afinal tinham pago, de corninhos.
O primeiro-ministro transita de escândalo em escândalo como Tarzan de liana em liana.
Nenhum homem é uma ilha, diz o poeta, mas José Sócrates é um homem rodeado de escândalos por todos os lados.
Não há escândalo que consiga verdadeiramente furar a barreira de escândalos que o rodeia.
Aparece um escândalo novo e a opinião pública boceja: já vimos melhor. Surge uma suspeita inédita e o País encolhe os ombros: podia ser mais escandalosa.
Estar envolvido num escândalo é grave; estar metido em vários é uma garantia de segurança.
O povo conhece José Sócrates há já algum tempo e sabe que ele pode estar envolvido num escândalo, mas duvida que ele tenha a iniciativa, o desembaraço e a capacidade de trabalho para estar envolvido em tantos.
O problema da oposição é, justamente, de abundância: encontra-se perante os escândalos como o burro de Buridan em frente ao feno.
De todos os paradoxos filosóficos em que comparecem asnos, este é o meu preferido: o burro faminto tem diante de si dois montes de feno exactamente iguais.
Não havendo uma razão para optar por um em vez de outro, é incapaz de escolher e morre de fome.
No caso de Sócrates, os escândalos são os montes de feno e a oposição é o burro (há acasos felizes na vida de quem se entretém a compor símiles).
A única diferença é que o burro morre sossegado, enquanto os dirigentes dos partidos da oposição definham aniquilando-se mutuamente.
Mas ninguém espera que os militantes do PSD tenham o discernimento de um burro.
Ricardo Araújo Pereira in Boca do Inferno (Visão)
Etiquetas:
Crónicas dos Bons Malandros
A Capa do Dia
Oposição sufoca Governo na AR, até a mim me falta o AR; os sete encontros e as 15 escutas contra Vara, vai ser um Ar que lhes deu; a menina da fotografia falou ao Expresso, imagem de cortar a respiração; Espanha quer Península Ibérica a uma só voz na UE, Ay que me hace falta el Ayre...
Etiquetas:
1ª Página
Assinar:
Postagens (Atom)